Zélia Ferreira Salgado
103 ANOS
ESCULTORA
1905 - SP - 
26-08-2009 - RJ
Z

  Artista plástica, escultora, desenhista, pintora e professora brasileira nascida em São Paulo, mas carioca de coração, considerada uma das pioneiras na arte de esculturas abstratas no Brasil. Iniciou seus estudos no ateliê particular do pintor, desenhista e gravador chileno-brasileiro, o professor Henrique Bernardelli (1858 - 1936) e, posteriormente, ingressou na Escola Nacional de Belas Artes, a Enba, no Rio de Janeiro. Ganhou o Prêmio de Viagem ao Exterior oferecido pela Enba e mudou-se para Paris, onde freqüentou a Académie de La Grande Chaumière (1930). Na década que seguiu, começou a estudar (1936) seguidamente com Othon Friesz (1879 - 1949), Robert Wlérick (1882 - 1944) e Isaac Dobrinsky (1891 - 1973). Realizou uma amostra individual na Galeria do Palace Hotel da capital federal, Rio de Janeiro (1946), e voltou definitivamente ao Brasil (1947). Fixou-se no Rio de janeiro e passou a  trabalhar com o famoso paisagista brasileiro Roberto Burle Marx (1909-1994), de quem se tornaria grande amiga. Montou seu próprio ateliê em Ipanema (1950) e começou a ganhar prestígio como artista. Participou da Bienal de São Paulo (1951-1959) na qual foi premiada (1957) e cinco vezes do Salão Nacional de Arte Moderna (1952-1958). Também participou da primeira Exposição de Arte Abstrata, Hotel Quitandinha (1953) e do Salão Paulista de Arte Moderna, onde recebeu a medalha de prata (1955). Foi professora no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, o MAM/RJ (1954-1959), onde teve como aluna a artista plástica, pintora e escultora mineira Lygia Clark (1920-1988). Integrou a Comissão Nacional de Belas Artes (1962-1963) e chegou a presidir (1963) a seção brasileira da Association Internacionale des Arts Plastiques, filiada à Unesco. Expôs na Galeria de Arte da Casa do Brasil, em Roma, Itália (1976) e realizou muitas exposições individuais no Brasil, com destaque para a retrospectiva de  no Museu de Arte Brasileira da Fundação Armando Álvares Penteado, em São Paulo (1988). Com significativa longevidade, a artista sofria de câncer de pulmão e, vitimada por um edema pulmonar, morreu no Rio de Janeiro, aos 103 anos, sendo enterrada no Cemitério São João Batista, em Botafogo, na Zona Sul do Rio.
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