Zaíra de Oliveira
(60 anos)
Nascimento 1891
Rio de Janeiro, RJ
Data de morte 1951
Rio de Janeiro, Rj
Cantora
Extensão vocal Soprano
(60 anos)
Nascimento 1891
Rio de Janeiro, RJ
Data de morte 1951
Rio de Janeiro, Rj
Cantora
Extensão vocal Soprano
Soprano brasileira com formação clássica no Instituto Nacional de Música, atual Escola Nacional de Música e que também cantou música popular. Em concurso (1921) na escola de música, venceu o primeiro prêmio, porém a despeito de sua grande versatilidade, não recebeu o prêmio de viagem por ser negra, fato ocorrido 30 anos antes da promulgação da Lei nº 1.390, de 3/7/951, também conhecida como lei Afonso Arinos. Conta-se que isso não a entristeceu, pois naquelas circunstâncias, a alta distinção conquistada no mais importante órgão oficial de ensino artístico da capital do Brasil lhe daria motivo justo de orgulho. Acompanhada pelo regional de Canhoto, a cantora apresentava-se na Rádio Sociedade do Rio de Janeiro. Gravou seu primeiro disco (1924), e no ano seguinte participou de festivais artísticos, dos quais o do Teatro Municipal de Niterói, onde cantou Tosca, de Puccini, Berceuse, de Alberto Nepomuceno e Schiavo, de Carlos Gomes, além de A despedida e Cantiga praiana de Eduardo Souto, com letras de Bastos Tigre e Vicente Carvalho, respectivamente. Apresentou-se também no Casino Copacabana Palace ladeada de Catulo da Paixão Cearense e Gastão Formenti. Casou-se (1932) com o violonista e compositor Ernesto Joaquim Maria dos Santos, o Donga, e tiveram uma filha, Lígia. Cantou ainda em vários coros de igrejas. Em seu livro Não acuso nem me perdôo, o embaixador Paschoal Carlos Magno considerava-a uma das maiores cantores negras do mundo. Morreu no Rio de Janeiro e entre seus sucessos mais populares citam-se:
Cabeleira à la garçonne (1925), Dondoca (1927), Canção dos infelizes (1931), Pode bater (1931), Solange (1931) e Já mandei (1932)