PERO VAZ DE CAMINHA
50 ANOS 
Pero Uaaz de Caminha

1450 - PORTO - PORTUGAL - 17-12-1500 - CALECUTE - INDÍA

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Missivista português nascido provavelmente no Porto, Portugal, responsável pela redação do primeiro documento da história do Brasil, a famosacarta de Pero Vaz de Caminha ao rei D. Manuel I, relatando o primeiro encontro dos portugueses com os nativos brasileiros, datada de Porto Seguro, sexta-feira, 1º de maio (1500). De uma família próxima da corte e amigo do rei, era filho do mestre da balança da Casa da Moeda, na cidade do Porto, Vasco Fernandes Caminha, que também era cavaleiro das casas do Duque de Guimarães e de Bragança. e, ainda jovem, tornou-se cavaleiro das casas reais de D. Afonso V, D. João II e D. Manuel, e mestre da Casa da Moeda do Porto (1476).  Assim recebeu uma sólida educação humanística, especialmente letras, matemática, astronomia e ciências (1451-1470). Homem de armas e de letras da corte portuguesa, tornou-se (1470) cavaleiro da casa de D. Afonso V, cargo que exerceria ainda nos reinados de D. João II e D. Manuel I. Comandante de uma unidade militar da  portuguesa na batalha de Toro, contra os espanhóis (1475), no ano seguinte foi nomeado mestre da balança da Casa da Moeda de Porto, em substituição a seu pai. Adquiriu grande prestígio por sua capacidade como escrivão e foi encarregado (1497) pela municipalidade de redigir os decretos reais da Câmara Municipal do Porto para apresentação à reunião das cortes no ano seguinte, em Lisboa, capital real. Depois de apresentar relatos de uma viagem pelas costas africanas, provavelmente Guiné, na África Ocidental, foi nomeado escrivão para a Feitoria de Calicute, Índia, criada anteriormente por Vasco da Gama. Partiu, então, na esquadra de Pedro Álvares Cabral em viagem para a Índia, onde também foi encarregado do relato da viagem. E foi nesta condição que enviou pelo navio de mantimentos da esquadra, comandado por Gaspar de Lemos, enviou ao rei D. Manuel a sua histórica carta (1500), em que descrevia a viagem e a chegada à terra que chamou de Ilha de Vera Cruz. Neste documento, datado de 1º de maio e, narrava com espanto e bom humor os fatos desde 22 de abril, quando do mar a frota avistou o monte Pascoal e descobriu um porto seguro. Depois seguiu a viajem para a Índia e já nas terras orientais, teria sido uma das vítimas da tragédia ocorrida nessa feitoria, em que vários comandados de Cabral foram massacrados pelos mouros que atacaram a feitoria portuguesa de Calicute. Foi morto no dia 15 de dezembro, com cerca de meio século de vida.