Professores péssimos mestres, socialistas péssimos humanos

18 de outubro de 2014

São 16h00 - Foi para mim um dia ruim, tenso, irritadiço, não conseguia compreender a falsidade, a hipocrisia de quem se pinta como socialista e progressista como MCR. Neste dia senti só de mim, senti o quanto precisa cuidar de mim, me apoiar, estando sozinho em casa e caminhando sozinho pelas ruas, pensativo no que responder a malevolência de pessoa hipócrita, cuja maldade não consegui calcular em tempo. Andei pelas ruas e fui até as proximidades do Marguerita, para caminhar, ainda que com medo, pelo lugar sombrio que é e pelo contato que tanto me faz bem com a natureza pura, com as árvores, com o cheiro do mato. Pedi a natureza para me libertar daquele misto de ansiedade e ódio. Confesso que o ódio acabou me fazendo bem. Amaldiçoei as horas que parei conversando com essa figura asqueiroza nos corredores do Bloco.

Saí dar umas voltas pela frente do Terminal quando eram 21h30. Ando pela primeira quadra do Calçadão, viro pela Avenida. Me dá uma dupla saudade. Do Cristiano, que mesmo saindo para suas noitadas no sábado, festas e encontros com os amigos, não deixava de deixar sempre comigo o sinal de sua presença. Saudade do Alex, que em geral, estava comigo nessas horas, em casa assistindo a televisão e cuidando da janta. Tem momentos que é bom ter alguém perto ou sentir alguém por perto, para não termos o sentimento de que lutamos sozinhos.

No retorno, um estudante desce correndo da escada e me pergunta em quem votarei para presidente. Fica descompensado quando digo que em Dilma por causa da luta dela pela liberdade e pela democracia. Mas me dá dois apertos deliciosos de mão. Não tenho vontade de lavar as mãos como se aquele gesto me transmitisse energia e coragem. Eu não queria largar da emoção do cumprimento.