BIOGRAFIA JOSÉ HUMBERTO MEIRA MAFRA
JOSÉ HUMBERTO DE MEIRA MAFRA
*26-04-1925
José Humberto de Meira Mafra, com o apelido familiar de Bebé, é filho de José Joaquim Mafra filho e de Maria Rizério Meira. Nasceu em Caetité, no dia 26 de abril de 1925. O casal Mafra teve os seguintes filhos: Maria Celina Mafra Chaves, Terezinha Risério Meira Mafra (Nei), Gileno Otávio de Meira Mafra, Dulce Risério Meira Mafra, Raquel Risério de Meira Mafra e José Humberto de Meira Mafra.
Humberto, como é mais conhecido, estudou em diversas escolas, do primário ao ginásio. O início da sua infância viveu na fazenda Santa Helena, distrito de Caetité, hoje Lagoa Real. Acompanhando os pais, foi para Caetité e entrou na escola infantil, onde estudou com a professora D. Mariana. Indo em seguida para Brumado, fez o curso primário com o professor Farias e a professora Nice Publio de Castro. De volta a Caetité, prestou admissão ao ginásio na escola de propriedade do Padre Palmeira. Antes de ele terminar o ginasial, o Padre Palmeira decidiu ir para Vitória da Conquista e lá fundou um colégio, para onde levou alguns de seus alunos de Caetité. Sem condições de acompanhar o Padre Palmeira, Humberto passou a estudar na escola particular do professor Ernestino, onde se preparou para entrar na escola de aprendiz de marinheiro em Salvador/BA. O professor, considerando-o apto, levou-o a fim de prestar exames para a carreira de marinheiro, recomendando-o ao comandante. Não sendo chamado, retornou para Caetité.
Foi aluno do curso preparatório para aviador em Brumado/BA, por apenas três meses, sob a direção do Padre Antonio Fagundes. Posteriormente, entrou na academia de formação de pilotos em Manguinhos, no Rio de Janeiro, no Aero Clube do Brasil. Tendo preenchido todas as formalidades exigidas, foi diplomado piloto aviador internacional sob o nº 2327, em 10 de maio de 1951. Em São Paulo, tirou a carta de piloto (brevê) de aeronave de recreio ou desporto de nº 8194 para os tipos de aeronave indicados, conforme registro de matrícula de aeronautas no livro 46, fls. 157, em 16 de junho de 1950, fornecida pela Diretoria da Aeronáutica Civil.
Muito inteligente e espirituoso, desenvolveu-se e tornou-se um homem de várias profissões. Foi para São Paulo e lá trabalhou como inspetor da CMTC (Cia. Municipal de Transporte Coletivo). Foi agente investigador de polícia, concursado em 1956, depois passou a ser aviador civil da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo.
Casou-se com Dilmar Santos Mafra, porém, por não ter sido o casamento exitoso, construiu nova família. É pai da professora Dulce Lousada Mafra e de José Humberto Meira Mafra filho – administrador de empresas.
Humberto Mafra é considerado o primeiro e o único aviador credenciado de Brumado. Realizou vários voos na região. Inaugurou os campos de pousos (terra batida) nas localidades de Condeúba, Contendas do Sincorá, Ituaçu, Barra da Estiva, Paramirim e Oliveira dos Brejinhos, para pouso de pequenas aeronaves. Foi também taxista em São Paulo/SP e em Brumado/BA, motorista autônomo de caminhão, delegado de polícia em Malhada de Pedras, por indicação de Gerson Pereira Santos, prefeito de Malhada de Pedras, de quem também foi assessor.
Foi candidato a prefeito daquela cidade em 1976 pelo MDB, por indicação do deputado estadual Manoelito Teixeira, contudo não obteve sucesso eleitoral. Presidiu o diretório do PMDB de Malhada de Pedras. É espírita praticante, convicto da sua doutrina, professa a fé que condiz com o seu pensamento e aceitação da reencarnação, como ensina o dogma do espiritismo.
Gosta de caçar e pescar e é exímio jogador de Pôquer. Diz ele ter sido orientado por seus pais para o exercício da honestidade, do respeito e da solidariedade às pessoas. Tem cachorro, porém com a finalidade de guarda, não é animal de estimação, mas de serviço.
A maior loucura que já cometeu foi saltar três vezes de paraquedas em São Paulo, no curso de pilotos. Conta-se que Humberto, na adolescência, era um garoto peralta e praticava muitas travessuras. Uma delas foi amarrar um sapo cururu no badalo do sino da Igreja, de sorte que, quando o sapo pulava, o badalo era acionado e produzia o som no sino. Vários fiéis foram ao padre para saber o que estava acontecendo, e muitas hipóteses foram levantadas, dentre elas, a de que uma alma penada estava a pedir missa, além de outras da criatividade dos fiéis. Ao verificarem a ocorrência, deram conta de que um sapo foi amarrado ao badalo do sino, sem que soubessem quem o fizera.
Antonio Novais Torres
antorres@terra.com.br
Brumado, em 13/10/2013.