MODERNISMO - MÁRIO DE ANDRADE

MÁRIO RAUL DE MORAIS ANDRADE

* 1893 – São Paulo

+ 1945 – 25 de fevereiro – São Paulo

VIDA

Foi professor, funcionário público, poeta, romancista, contista, cronista, ensaísta, folclorista, crítico, musicista, ficcionista, colaborador de jornal, professor de piano.

Cognome: O Mestre

Diplomado pelo Conservatório Dramático Musical de São Paulo (hoje Mário de Andrade), onde foi catedrático de História da Música (Arte) e Filosofia.

1917 – estréia com versos insignificantes

1920 – primeiro livro Modernista escrito; publicado em 1922: Paulicéia Desvairada

1925 – Teoria Poética da Renovação – Escrava que não é Izaura – publicação

1926 - Losango Cáqui – onde aplica os princípios do livro anterior:

1 – simultaneísmo

2 – elipse

3 – valorização dos temas tradicionais

- fase de nacionalismo estético e pitoresco – folclore e etnografia em busca de um específico brasileiro que obsedava os renovadores:

-Clã do Jabuti – poesia

-Macunaíma – ficção

-Musicologia – estudo sobre música brasileira

1934 – chamado a dirigir o Departamento Municipal de Cultura da Prefeitura de São Paulo até 1937 (educação infantil, divulgação artística e reforma musical)

1938 – muda-se para o Rio de Janeiro, onde é crítico literário, Professor de Estética na Universidade do Distrito Federal, autor do plano da Enciclopédia Brasileira do Ministério da Educação

1940 – volta a São Paulo – funcionário do Serviço do Patrimônio Histórico

OBRAS

POESIAS

1917 - Há uma Gota de Sangue em Cada Poema

1922 – Paulicéia Desvairada – escrito em 1920 – documento do Modernismo

1926 – Losango Cáqui – exemplo de pesquisa artesanal

1927 – Clã do Jabuti

1930 – Remate de Males

1941 – Poesias

1946 - Lira Paulistana – exemplo de criação poética mais inocentemente, aos anseios de sua sensibilidade

1946 – O Carro da Miséria

1955 – Poesias Completas

FICÇÃO

1926 – Primeiro Andar

1927 – Amar, Verbo Intransitivo

1928 – Macunaíma – Rapsódia

1934 – Contos Belazarte – contos

1946 – Contos Novos – contos

ENSAIOS

1925 – A Escrava que não é Izaura – doutrinação poética

1935 – O Aleijadinho e Álvares de Azevedo

1943 – O Baile das Quatro Artes

1943 – Aspectos da Literatura Brasileira

1944 – O Empalhador de Passarinho

CRÔNICAS

1943 – Os Filhos da Candinha

MUSICOLOGIA E FOLCLORE

1928 – Ensaio sobre a Música Brasileira

1929 – Compêndio de História da Música

1930 – Modinhas Imperiais

1933 – Música Doce Música

1939 – Namoros com a Medicina

1941 – Música do Brasil

1959 – Danças Dramáticas do Brasil – 3 volumes

1963 – Música de Feitiçaria no Brasil

HISTÓRIA DA ARTE

1946 – o Padre Jesuíno de Monte Carmelo

- além de grande número de opúsculos, folhetos, etc. reunidos em volumes das “Obras”.

CARTAS

1958 – Cartas a Manuel Bandeira

- 71 cartas de Mário de Andrade coligidas e anotadas por Lígia Fernandes As

CARACTERÍSTICAS

1 – Foi o Líder do Movimento Modernista Brasileiro

2 – Primeira Fase: simultaneísmo, elipse, valorização do cotidiano, subversão dos temas tradicionais – Losango Cáqui

3 – Segunda Fase - nacionalismo estético e pitoresco, utilização do folclore e etnografia, busca de um brasileiro específico que obsedava os renovadores - Clã do Jabuti – poesia, Macunaíma – ficção, Musicologia – Ensaio sobre a Música Brasileira.

4 – Tudo que publica após 1930 - busca de uma expressão menos exterior, língua menos agressiva, manifestação mais sutil de temas sociais e descritivos, cada vez mais interiorizados pela meditação.

5 – Capacidade de fundir num movimento único a pesquisa de sua alma e a do seu país – Remate de Males.

6 – Fusão perfeita do coletivo e do pessoal – chega à perfeição procurada anteriormente – Meditação sobre o Tietê – poema, Primeiro Andar, Belazarte, Contos Novos – prosa de ficção.

- como contista chega à soberania na fixação do tema expressivo e na dosagem da emoção, na arte sutil da composição literária e nos recursos de estilo.

7 – Estilo muito pessoal e cuidado. Dá um toque especial e inconfundível aos seus livros de ensaio, um dos melhores da nossa Literatura, reunidos em Aspectos da Literatura Brasileira.

8 - Foi o espírito mais variado do Modernismo, mais versátil e culto, o que maior influência exerceu.

9 – Tinha grande senso do dever – caráter de missão em sua obra, a serviço dos ideais de arte e pensamento que lhe pareciam adequados à Renovação do País.

10 – Alto valor de pesquisa humana e valor de mensagem à maioria válida de sua vasta obra.

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