Friaça
ALBINO FRIAÇA CARDOSO
(84 anos)
Jogador de Futebol
* Porciúncula, RJ (20/10/1924)
+ Itaperuna, RJ (12/01/2009) - libra

 
Centroavante dotado da versatilidade de atuar em todas as posições do ataque, Friaça se caracterizava pela rapidez, pontaria e potência do chute. Graças a essas qualidades, tornou-se um dos maiores artilheiros do Vasco, onde atuou a maior parte de sua carreira em três períodos distintos durante onze anos, tendo marcado mais de cem gols em quase duzentos jogos vestindo a camisa cruzmaltina.
 
Na Seleção, atuou entre 1947 e 1952, escalado geralmente como ponta. Foi vice-campeão mundial em 1950 e campeão pan-americano de 1952. Seu único gol foi justamente na final da Copa do Mundo de 1950, no Maracanã. Foi o primeiro gol brasileiro em uma final de Copa do Mundo. O gol de Friaça no início do segundo tempo colocou a Copa nas mãos do Brasil, mas depois aconteceu a tragédia da virada do Uruguai.
 
Friaça veio para o Vasco com 19 anos após se destacar pelo Ipiranga, de Carangola(MG), num amistoso contra o Vasco. Nos seus primeiros anos em São Januário, Friaça atuava mais pelo Expressinho, como era conhecido o time misto do Vasco, que fazia muitos amistosos pelo Brasil, além de disputar e vencer competições como o Torneio Relâmpago e Torneio Municipal. Afinal, em 1947, Friaça foi guindado a titular do Expresso da Vitória, em revezamento com Dimas, outro jovem promissor que despontava em São Januário. Assim, participou com destaque das conquistas do Torneio Municipal de 1946 e 1947, do Torneio Relâmpago de 1946, do Campeonato Carioca de 1947, invicto, e do Campeonato Sul-Americano de Clubes de 1948, também invicto. Em 1949, Friaça foi para oSão Paulo e naquele mesmo ano se sagrou campeão paulista e artilheiro do campeonato. Depois de passar pela Ponte Preta, de Campinas, voltou ao Vasco em 1951 e foi campeão carioca no ano seguinte. Após um breve empréstimo ao Guarani, de Campinas, em 1953, voltou novamente para o Vasco, onde permaneceu até o encerramento de sua carreira em 1954.
 
Friaça sempre foi um homem alegre, mas ficou debilitado principalmente por causa da morte de um dos filhos em acidente de asa delta, na metade dos anos 1990. Depois da tragédia, nunca se privou do cigarro e da bebida, que prejudicaram sua saúde.
 
Morreu em 12 de janeiro de 2009 de Falência Multipla dos Órgãos no Hospital São José do Avaí, em Itaperuna (RJ), onde ficou internado durante 45 dias. Deixou mulher e três filhos. O município de Itaperuna decretou luto de três dias.