HELENA GRECO
(95 anos)
Ativista dos Direitos Humanos e Política
* Abaeté, MG (15/06/1916)
+ Belo Horizonte, MG (27/07/2011) - GEMEOS
Helena Greco nasceu em Abaeté, MG, em 15/06/1916, filha do italiano Antonio Greco e da mineira Josefina Álvares Greco. Foi casada com José Bartolomeu Greco por 64 anos, e com ele teve três filhos: Marília, Heloísa e Dirceu.
Farmacêutica de formação, graduou-se em Farmácia, em 1937, na Faculdade de Farmácia da Universidade Federal de Minas Gerais, sem nunca ter exercido a profissão formalmente, Helena Greco se tornou referência na luta pelos direitos humanos. Começou a militar aos 61 anos, em 1977, e não parou mais. O primeiro marco de sua participação política foi a luta pela anistia. Helena Greco foi presidente e fundadora do Movimento Feminino pela Anistia-MG, em 1977, e do Comitê Brasileiro de Anistia-MG, no ano seguinte. Em 1979, foi a representante do Brasil no Congresso pela Anistia do Brasil em Roma.
Teve participação ativa em praticamente todos os movimentos e lutas que envolvem o binômio direitos humanos e cidadania. Foi idealizadora e criadora de várias entidades, entre elas, a Coordenadoria de Direitos Humanos e Cidadania da Prefeitura de Belo Horizonte, o Conselho Municipal da Mulher, o Fórum Permanente de Luta pelos Direitos Humanos de Belo Horizonte, o Grupo de Trabalho Contra o Trabalho Infantil e o Movimento Tortura Nunca Mais.
Em 2002, foi homenageada pelo Programa Sempre Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com Medalha de Honra UFMG Ex-Aluno, por indicação da Faculdade de Farmácia. Helena Greco é mãe do professor Dirceu Greco, da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais.
Em 2005, Helena Greco foi uma das 52 brasileiras que integraram a lista doProjeto Mil Mulheres para o Prêmio Nobel da Paz, iniciativa da Fundação Suíça Pela Paz e Associação Mil Mulheres.
Helena Greco foi a primeira vereadora eleita da capital mineira, nas eleições de 1982 e uma das fundadoras do Partido dos Trabalhadores (PT) na cidade. Exerceu dois mandatos, de 1982 a 1992.
Foi agraciada com vários prêmios e distinções, entre os quais Prêmio Chico Mendes de Resistência (1995), Prêmio Cidadania Mundial (1999) e Prêmio "Che" Guevara (2002). Além disso, foi designada para receber o Prêmio Estadual de Direitos Humanos, em 1998.
A volta dos exilados e a segurança dos perseguidos políticos se tornaram a preocupação de todos os seus dias. Escapou de um atentado a bomba e de uma série de ameaças a sua integridade física. Com a restauração da democracia,Helena Greco seguiu na luta. Participou ativamente do Grupo Tortura Nunca Mais. Elegeu-se vereadora e criou a primeira Comissão Permanente de Direitos Humanos na Câmara Municipal de Belo Horizonte.
Morte
Helena Greco morreu em casa, em Belo Horizonte, aos 95 anos, após apresentar um quadro de pneumonia.
O corpo de Helena Greco, foi velado no Cemitério Parque da Colina, região oestede Belo Horizonte, na tarde de quarta-feira, 27/07/2011.
Conhecida no meio político como "Dona Helena", a ex-vereadora deixou três filhos - Marília, Heloísa e Dirceu Greco - , e três netos, Helena, Júlia e Gustavo Greco.