ÉRICO VERÍSSIMO
ÉRICO LOPES VERÍSSIMO
(69 anos)
Escritor
* Cruz Alta, RS (17/12/1905)
+ Porto Alegre, RS (28/11/1975)
Escritor
* Cruz Alta, RS (17/12/1905)
+ Porto Alegre, RS (28/11/1975)
Casou-se em 1931 com Mafalda Halfen Volpe, com quem teve dois filhos, Clarissa e Luis Fernando.
Estudou em Porto Alegre. Ao voltar para a sua cidade natal, trabalhou num banco, tornando-se mais tarde sócio de uma farmácia. Ali, entre remédios, dedicava suas horas vagas à leitura, principalmente de Ibsen, Shakespeare, Bernard Shaw, Oscar Wilde e Machado de Assis, que muito influenciaram sua formação literária.
Em 1928, estreou com o conto Ladrão de gado, na Revista do Globo. Dois anos depois transferia residência para Porto Alegre, ingressando como redator da Revista que o acolhera como escritor.
Mais tarde, nos anos 30, passou a ocupar o cargo de Secretário do Departamento Editorial da Livraria do Globo. Em 1932 publicou Fantoches, conjunto de contos, em sua maioria, sob forma dialogada.
Clarissa, história das descobertas de uma adolescente vinda do interior para estudar em Porto Alegre, foi sua primeira novela, publicada em 1933. A volta de Clarissa à sua cidade natal é o tema de Música ao Longe, obra publicada em 1934, que mereceu o Prêmio Machado de Assis.
No ano seguinte, foi editado Caminhos Cruzados, obra polêmica devido à acusação de que Erico Verissimo teria imitado a técnica do Contraponto de Aldous Huxley, que traduzira anos antes.
Apesar das controvérsias e da crítica imediata da Igreja Católica, Caminhos Cruzados foi premiado pela Fundação Graça Aranha. É nesta obra que aparecem pela primeira vez a ironia e a sátira, resultando uma forte crítica social. Neste mesmo ano foi publicado A Vida de Joana D`Arc, romance para os jovens.
Em 1936 escreveu Um Lugar ao Sol, onde o autor coloca em cheque ideais antigos de personagens já conhecidos das obras anteriores. Um ano depois publicou As Aventuras de Tibicuera, uma história romanceada do Brasil, dedicada ao público infanto-juvenil.
Com Olhai os Lírios do Campo, editado em 1938, Erico Verissimo tornou-se realmente popular. Trata-se da história de um jovem médico ambicioso que faz um casamento por interesse, abandonando a mulher com quem vivia e que realmente o amava: Olívia.
Outro livro infanto-juvenil foi publicado em 1939. Viagem à aurora do mundo, obra que aborda a pré-história através de uma viagem fantástica de um cientista amalucado e alguns jovens.
Publicou, no ano seguinte, Saga, que narra a luta de Vasco, personagem de Música ao longe, para libertar-se da condição de ser humano frágil e insatisfeito através da Guerra Civil Espanhola.
A convite do Department of State, visitou os Estados Unidos, registrando suas impressões de viagem em Gato Preto em campo de neve, publicado em 1941. Solicitado a permanecer nos EUA, Erico Verissimo passou a lecionar Literatura brasileira na Universidade da Califórnia e fez palestras em vários institutos culturais da América. Em 1946, regressando ao Brasil, publicou novo livro de viagens: A Volta do Gato Preto.
O autor gaúcho ainda exerceu o cargo de Diretor do Departamento de Assuntos Culturais da União Pan-Americana em Washington, onde difundiu a Literatura e a cultura brasileiras.
Seu trabalho mais notável é O Tempo e o Vento, romance dividido em três partes que começou a escrever em 1949 e terminou em 1962. A primeira parte da trilogia ? O Continente - narra a saga da família Terra-Cambará, que se identifica com a própria história do Rio Grande do Sul. Os personagens deste livro impõe-se ao leitor por sua força épica e telúrica. A segunda, O Retrato, centralizada na figura do Dr. Rodrigo Cambará, retrata um período importante na história do Brasil, o início do século XX. A última parte, O Arquipélago, trata dos conflitos individuais de cada personagem, tendo como pano de fundo os dias tumultuados do Brasil contemporâneo.
Destacam-se ainda Noite (1954), romance de abordagem psicanalítica; México (1957) e Israel em abril (1969), relatos de viagem; O Senhor Embaixador (1965), O Prisioneiro (1967) e Incidente em Antares (1971), obras de denúncia social e política e Solo de Clarineta (1973), seu livro de memórias. Erico Verissimo morreu quando escrevia o segundo volume desta obra.
Seus livros foram traduzidos e publicados em quase todo o mundo: EUA, Inglaterra, França, Itália, Alemanha, Áustria, Japão, México, URSS, Holanda, Noruega, Argentina, etc.
Deve-se destacar, ainda, o humanismo e o modelo realista que marcaram os 40 anos de produção literária de Erico Verissimo.
Estudou em Porto Alegre. Ao voltar para a sua cidade natal, trabalhou num banco, tornando-se mais tarde sócio de uma farmácia. Ali, entre remédios, dedicava suas horas vagas à leitura, principalmente de Ibsen, Shakespeare, Bernard Shaw, Oscar Wilde e Machado de Assis, que muito influenciaram sua formação literária.
Em 1928, estreou com o conto Ladrão de gado, na Revista do Globo. Dois anos depois transferia residência para Porto Alegre, ingressando como redator da Revista que o acolhera como escritor.
Mais tarde, nos anos 30, passou a ocupar o cargo de Secretário do Departamento Editorial da Livraria do Globo. Em 1932 publicou Fantoches, conjunto de contos, em sua maioria, sob forma dialogada.
Clarissa, história das descobertas de uma adolescente vinda do interior para estudar em Porto Alegre, foi sua primeira novela, publicada em 1933. A volta de Clarissa à sua cidade natal é o tema de Música ao Longe, obra publicada em 1934, que mereceu o Prêmio Machado de Assis.
No ano seguinte, foi editado Caminhos Cruzados, obra polêmica devido à acusação de que Erico Verissimo teria imitado a técnica do Contraponto de Aldous Huxley, que traduzira anos antes.
Apesar das controvérsias e da crítica imediata da Igreja Católica, Caminhos Cruzados foi premiado pela Fundação Graça Aranha. É nesta obra que aparecem pela primeira vez a ironia e a sátira, resultando uma forte crítica social. Neste mesmo ano foi publicado A Vida de Joana D`Arc, romance para os jovens.
Em 1936 escreveu Um Lugar ao Sol, onde o autor coloca em cheque ideais antigos de personagens já conhecidos das obras anteriores. Um ano depois publicou As Aventuras de Tibicuera, uma história romanceada do Brasil, dedicada ao público infanto-juvenil.
Com Olhai os Lírios do Campo, editado em 1938, Erico Verissimo tornou-se realmente popular. Trata-se da história de um jovem médico ambicioso que faz um casamento por interesse, abandonando a mulher com quem vivia e que realmente o amava: Olívia.
Outro livro infanto-juvenil foi publicado em 1939. Viagem à aurora do mundo, obra que aborda a pré-história através de uma viagem fantástica de um cientista amalucado e alguns jovens.
Publicou, no ano seguinte, Saga, que narra a luta de Vasco, personagem de Música ao longe, para libertar-se da condição de ser humano frágil e insatisfeito através da Guerra Civil Espanhola.
A convite do Department of State, visitou os Estados Unidos, registrando suas impressões de viagem em Gato Preto em campo de neve, publicado em 1941. Solicitado a permanecer nos EUA, Erico Verissimo passou a lecionar Literatura brasileira na Universidade da Califórnia e fez palestras em vários institutos culturais da América. Em 1946, regressando ao Brasil, publicou novo livro de viagens: A Volta do Gato Preto.
O autor gaúcho ainda exerceu o cargo de Diretor do Departamento de Assuntos Culturais da União Pan-Americana em Washington, onde difundiu a Literatura e a cultura brasileiras.
Seu trabalho mais notável é O Tempo e o Vento, romance dividido em três partes que começou a escrever em 1949 e terminou em 1962. A primeira parte da trilogia ? O Continente - narra a saga da família Terra-Cambará, que se identifica com a própria história do Rio Grande do Sul. Os personagens deste livro impõe-se ao leitor por sua força épica e telúrica. A segunda, O Retrato, centralizada na figura do Dr. Rodrigo Cambará, retrata um período importante na história do Brasil, o início do século XX. A última parte, O Arquipélago, trata dos conflitos individuais de cada personagem, tendo como pano de fundo os dias tumultuados do Brasil contemporâneo.
Destacam-se ainda Noite (1954), romance de abordagem psicanalítica; México (1957) e Israel em abril (1969), relatos de viagem; O Senhor Embaixador (1965), O Prisioneiro (1967) e Incidente em Antares (1971), obras de denúncia social e política e Solo de Clarineta (1973), seu livro de memórias. Erico Verissimo morreu quando escrevia o segundo volume desta obra.
Seus livros foram traduzidos e publicados em quase todo o mundo: EUA, Inglaterra, França, Itália, Alemanha, Áustria, Japão, México, URSS, Holanda, Noruega, Argentina, etc.
Deve-se destacar, ainda, o humanismo e o modelo realista que marcaram os 40 anos de produção literária de Erico Verissimo.
Foi um dos escritores brasileiros mais populares do século XX.
O escritor faleceu subitamente vítima de um Infarto no dia 28/11/1975, deixando inacabada a segunda parte do segundo volume de suas memórias, além de esboços de um romance que se chamaria “A Hora do Sétimo Anjo”.
Carlos Drummond de Andrade faz homenagem ao amigo fazendo publicar o seguinte poema:
A Falta de Érico Veríssimo
Falta alguma coisa no Brasil
depois da noite de sexta-feira.
Falta aquele homem no escritório
a tirar da máquina elétrica
o destino dos seres,
a explicação antiga da terra.
Falta uma tristeza de menino bom
caminhando entre adultos
na esperança da justiça
que tarda - como tarda!
a clarear o mundo.
Falta um boné, aquele jeito manso,
aquela ternura contida, óleo
a derramar-se lentamente.
Falta o casal passeando no trigal.
Falta um solo de clarineta.
Falta alguma coisa no Brasil
depois da noite de sexta-feira.
Falta aquele homem no escritório
a tirar da máquina elétrica
o destino dos seres,
a explicação antiga da terra.
Falta uma tristeza de menino bom
caminhando entre adultos
na esperança da justiça
que tarda - como tarda!
a clarear o mundo.
Falta um boné, aquele jeito manso,
aquela ternura contida, óleo
a derramar-se lentamente.
Falta o casal passeando no trigal.
Falta um solo de clarineta.