Dilma Vana Rousseff

(14 de dezembro de 1947)

dilmrous.jpg  Economista e política brasileira nascida em Belo Horizonte, capital do Estado de Minas Gerais, filiada ao Partido dos Trabalhadores, o PT, 31ª Presidente e no Brasil e primeira mulher eleita para o cargo na história do país. Segunda dos três filhos do advogado e empreendedor búlgaro naturalizado brasileiro Pedro Rousseff, refugiado político filiado ao partido comunista búlgaro, e da professora fluminense de Nova Friburgo, Dilma Jane Silva, foi educada de modo tradicional para os padrões de uma família de classe média alta da capital mineira. As ótimas condições financeiras adquiridas por seu pai no Brasil, principalmente durante a construção da siderúrgica Mannesmann, permitiu-lhe crescer tendo aulas particulares de piano e línguas. Aos quatro anos iniciou o pré-escolar (1952) na Escola Isabela Hendrix e matriculou-se (1955) no ensino fundamental no colégio de freiras Nossa Senhora de Sion, em Belo Horizonte. Iniciou o curso clássico (1964) no Colégio Estadual Central, atual Escola Estadual Governador Milton Campos e logo depois, quando tinha apenas 16 anos de idade, começou a se envolver com o movimento estudantil de oposição ao recém instalado governo militar. Ainda naquele ano ingressou na Política Operária, um movimento para a implantação do comunismo no país, uma organização fundada no início da década (1961) e oriunda do Partido Socialista Brasileiro.  Após o golpe militar o grupo dividiu-se, enquanto alguns defendiam a luta pela convocação de uma assembleia constituinte, outros preferiam a luta armada. Seu grupo optou pela luta e fundou o Comando de Libertação Nacional, o COLINA. Com 19 anos (1967) casou-se no civil com o jornalista mineiro e também ativista dos movimentos contra o regime político do país, Cláudio Galeno de Magalhães Linhares (1942- ). Com a edição do famigerado AI-5 (1968), optou pela luta armada, ingressando na Vanguarda Armada Revolucionária Palmares. Perseguidos, ambos mudaram-se para o Rio de Janeiro, conforme orientação do COLINA, com então 21 anos e no 2º ano do curso de Economia. Em sua permanência no Rio, conheceu Carlos Franklin Paixão de Araújo, então com 31 anos, chefe da dissidência do Partido Comunista Brasileiro com quem iniciou, ainda casada, um romance (1969). Descoberta, presa e condenada, permaneceu quase três anos na cadeia (1970-1972) como prisioneira política subversiva. Neste período foi torturada sob as ordens da paramilitar Operação Bandeirante e depois nas dependências do DOPS, no presídio Tiradentes, em São Paulo. Libertada e influenciada pelo ex-guerrilheiro e depois várias vezes deputado e influente político gaúcho Paixão de Araújo, com quem mantinha o relacionamento amoroso desde os tempos da clandestinidade (1969) e com teria sua única filha, Paula (1976), mudou-se para Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, onde participou ativamente da vida política do estado. Foi uma das fundadoras (1979) do Partido Democrático Trabalhista, o PDT de Leonel Brizola (1922-2004) e divorciou-se oficialmente de Cláudio Linhares (1981). Exerceu o cargo de Secretária Municipal da Fazenda do Município de Porto Alegre (1985-1988) no governo Alceu Collares (01/011986-01/01/1989)e, mais tarde, foi Secretária Estadual de Minas e Energia (1993-1995 / 1998-2002), tanto no governo de Alceu de Deus Collares (1927- ) (15/03/1991-01/01/1995) como no de Olívio de Oliveira Dutra (1941- ) (01/01/1999-01/01/2003), durante o qual se filiou ao Partido dos Trabalhadores (2001). No ano seguinte teve participação ativa na equipe que formulou o plano de governo de Luiz Inácio Lula da Silva para a área energética. Assumiu o Ministério de Minas e Energia (2003) até ser nomeada ministra-chefe da Casa Civil (2005), sendo a primeira mulher a ocupar a posição. Indicada pelo então presidente Luis Inácio (1941- ), e caiu nas graças do presidente mais popular da história do país, tornando-se sua herdeira política. Candidatou-se à Presidência da República nas eleições seguintes (2010) e foi eleita no segundo turno, em 31 de outubro, com a mais de 56 milhões de votos, cerca de 12% a mais do concorrente José Serra, tornando-se, aos 62 anos, a primeira mulher presidente da história do país. Esperança da ala desenvolvimentista do governo, defende o Estado forte, intervencionista e indutor do crescimento econômico e tem como seguidores no governo que sai, os ministros de Relações Institucionais, Tarso Genro, e da Fazenda, Guido Mantega, e como oposicionista o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, que por esse motivo não deve continuar no cargo. Recebeu a faixa presidencial do ex-Presidente Luiz Inácio em 1° de janeiro para um mandato de quatro anos (1°/01/2011 - 1°/01/2015).