Emílio Garrastazu Médici
(1905 - 1985)
Presidente militar da república brasileira (1969-1974) nascido em Bajé, RS, considerado o mais repressor dos governos militares pós 31 de março. Ex-aluno do Colégio Militar de Porto Alegre e da Escola Militar de Realengo, no Rio de Janeiro, RJ, tornou-se aspirante (1927), general (1961) e a general-de-exército (1969). Comandou a Academia Militar de Agulhas Negras, a III Região Militar e o III Exército e chefiou o Serviço Nacional de Informações (SNI). Foi adido militar em Washington, delegado na Junta Interamericana de Defesa e na Comissão Mista Brasil-Estados Unidos. Com a morte do presidente Costa e Silva, foi indicado ao Congresso pela junta militar no poder para assumira como presidente. Empossado na presidência em novembro (1969), suspendeu o recesso do Congresso e das assembléias legislativas, determinado pela junta militar, concitou os partidos a se organizarem, embora sob vigilância, e manteve a plena iniciativa do executivo federal na elaboração das leis e as eleições indiretas para os governadores dos estados. Ampliou as exportações e desenvolveu uma política de atração de capitais estrangeiros, quer como investimento quer como empréstimo, permitindo uma meta desenvolvimentista do governo que foi alimentada como o milagre brasileiro. Desenvolveu, também, um vasto programa de construção e pavimentação de rodovias, a expansão da indústria siderúrgica, a implantação de dois pólos petroquímicos, em São Paulo e na Bahia, e a construção de hidrelétricas, onde concluiu o acordo com o Paraguai para a construção da usina de Itaipu, destinada a ser a maior hidrelétrica do mundo. Criou o Plano de Integração Nacional, o PIN, que propiciou a abertura das rodovias Transamazônica, Santarém-Cuiabá e Perimetral Norte, e a construção da ponte Rio-Niterói, projetada no governo Costa e Silva. No campo social, criou o Programa de Integração Social, o PIS, para participação dos trabalhadores nos lucros das empresas com base em contribuições calculadas pelo faturamento bruto e recolhidas a um fundo ao qual foram associados todos os trabalhadores, na proporção de seus salários. Paralelamente aos êxitos econômicos de sua administração, e o clima de otimismo proporcionado pela conquista do tricampeonato mundial de futebol (1970), deram ao seu governo instrumentos para manter um rígido controle político interno, com a censura total dos meios de comunicação, e prisões arbitrárias, tortura e desaparecimento de presos políticos publicadas na imprensa internacional. Foi sucedido no governo pelogeneral Ernesto Geisel (1974) e morreu no Rio de Janeiro, RJ, em 9 de outubro (1985).
Nascimento 4 de dezembro de 1905
Bagé, Rio Grande do Sul
Morte9 de outubro de 1985 (79 anos)
Rio de Janeiro, RJ
Bagé, Rio Grande do Sul
Morte9 de outubro de 1985 (79 anos)
Rio de Janeiro, RJ