ALBINO COELHO PINHEIRO
(65 anos)
Jornalista, Procurador, Pesquisador da MPB e
Especialista em Samba
e Carnaval
* Rio de Janeiro, RJ (23/09/1933)
+ Rio de Janeiro, RJ (24/06/1999)
Filho de Albino de Mesquita Pinheiro e Elza Maria Coelho.
Crítico, jornalista, pesquisador da MPB, especialmente do Samba e do Carnaval, um dos fundadores da Banda de Ipanema (1965), conhecido como General da Banda e Festeiro-Mor, foi um dos mais célebres personagens da música e da vida boêmia do Rio de Janeiro.
Foi o prefeito espiritual do Rio, título há muito tempo outorgado pela unanimidade dos cariocas ligados à cultura popular. "O maior prefeito que esta cidade já teve, sem nunca ter sido prefeito", como expressou em crônica o jornalista e escritor Fausto Wolff. No mesmo texto, Fausto se refere a Albino como o "maior poeta que não escreveu um verso, e maior compositor que não escreveu um samba."
Procurador aposentado, podia ser encontrado quase todos os dias tomando chope em algum bar tradicional e era um dos mais conhecidos agitadores culturais da cidade. Ele levou para Ipanema e toda a zona sul as tradições de boêmia da Lapa, das Gafieiras e do carnaval de rua do subúrbio.
Foi um dos responsáveis pela transformação de Ipanema no bairro da moda na década de 60. Em 1965, vendo o desaparecimento dos blocos e festas populares da zona sul, Albino e alguns amigos criaram a Banda de Ipanema, que ajudou a revitalizar o carnaval de rua.
Albino era responsável por um programa, Só Para Lembrar, exibido pela TV Educativa, onde focalizava os grandes mestres ¬ compositores, instrumentistas, cantores ¬ do cancioneiro carioca. Foi, também, jurado de festivais de música popular em todo o país, colaborando em jornais e revistas, além de ter sido comentarista dos desfiles das escolas de samba na televisão.
Dentre os vários trabalhos que Albino criou e produziu, o Projeto Seis e Meia, foi sem dúvida alguma, um dos mais importantes. Nesse projeto foram revelados vários intérpretes e compositores, que ficaram conhecidos do grande público.
Pinheiro costumava dizer que no Rio de Janeiro jamais morreria sozinho. Dito e feito. Cantando, dançando e chorando, a Banda de Ipanema o acompanhou ao Cemitério de São João Batista.
Participou do filme Memória Viva (1987), sob a direção de Octávio Bezerra.
Albino Pinheiro faleceu vítima de Infarto aos 65 anos, em 24 de junho de 1999. Ele sofria de Câncer na Medula Óssea há 2 anos.
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