Vicente Rao
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VICENTE PAULO FRANCISCO RAO
(85 anos)
Advogado, Político e Jurista
* São Paulo, SP (16/06/1892)
+ São Paulo, SP (19/01/1978) - GEMEOS
 
 
Filho de Nunciato Rao e Raquel di Sicila Rao, casou-se com Ana Apodias Rao.
 
Formou-se em filosofia pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de São Paulo em 1911. Em 1912 formou-se em direito pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo.
 
Começou no escritório de Estevam de Almeida, pai do poeta Guilherme de Almeida e de Tácito de Almeida. Colaborou no Diário do Comércio, fazendo comentários jurídicos, assim como Plínio Barreto, até se tornar redator.
 
Atuação e Serviço Público
 
Em 1926 participou da criação do Partido Democrático (PD) de São Paulo, organização descontente com o predomínio do Partido Republicano Paulista(PRP).
 
Partidário de Getúlio Vargas, com a vitória da Revolução de 1930, assumiu como chefe de polícia de São Paulo.
 
O Partido Democrático rompeu com Getúlio Vargas em janeiro de 1932 e formou, junto com o Partido Republicano Paulista, a Frente Única Paulista (FUP), reivindicando a Constituição do país e a restituição da autonomia a São Paulo.
 
Em julho de 1932 ocorreu em São Paulo a Revolução Constitucionalista, organizado pela Frente Única Paulista. O movimento foi derrotado em outubro de 1932 e Vicente Rao foi exilado para a França.
 
Em 1934, de volta ao Brasil, fundou com Armando de Sales Oliveira o Partido Constitucionalista de São PauloVicente Rao foi indicado para o Ministério da Justiça e Negócios Interiores do governo de Getúlio Vargas (1934-1937).
 
Em 1934, Vicente Rao participou da fundação da Universidade de São Paulo(USP), tornando-se professor da Faculdade de Direito.
 
Vicente Rao elaborou a Lei de Segurança Nacional de 1935 que estabeleceu sanções para jornais e emissoras de rádio subversivos, além de permitir a cassação de patentes de oficiais das forças armadas. Foi também o responsável pelo fechamento da Aliança Nacional Libertadora (ANL), alegando o caráter comunista da organização.
 
Em janeiro de 1936, Vicente Rao criou a Comissão Nacional de Repressão ao Comunismo. Em fevereiro, a comissão requereu a prisão de Pedro Ernesto Baptista, então prefeito do Distrito Federal, do coronel Filipe Moreira Lima, do jornalista Maurício Paiva de Lacerda e do educador Anísio Teixeira, entre outros.
 
Saiu do ministério em janeiro de 1937 e continuou suas atividades como advogado e professor da Universidade de São Paulo. Com o Estado Novo, em 10 de novembro de 1937, sofreu perseguições políticas. Foi demitido da Faculdade de Direito, por ter manifestado contra o novo regime.
 
Vicente Rao retornou à vida pública em 1951 no segundo governo Vargas assumindo o Ministério das Relações Exteriores. Como ministro, promoveu o reconhecimento da Organização dos Estados Americanos para a solução dos conflitos surgidos na América Latina. Deixou o ministério após a morte de Getúlio Vargas em 24 de agosto de 1954.
 
Homenageado em São Paulo com a Avenida Professor Vicente Rao, no bairro do Brooklin Velho.