ROMEU TUMA
(79 anos)
Delegado de Polícia e Político
* São Paulo, SP (04/10/1931)
+ São Paulo, SP (26/10/2010) - LIBRA
 
Descendente de sírios, Romeu Tuma foi investigador e depois, delegado de polícia concursado da Polícia Civil do Estado de São Paulo. Bacharel em Direito pela PUC-SP, dois de seus quatro filhos seguiram a carreira política: Romeu Tuma Júnior foi deputado estadual por São Paulo, e Robson Tuma, deputado federal; ambos também delegados de polícia.
 
Foi diretor geral do Departamento de Ordem Política e Social (DOPS) paulista de 1977 a 1982. De acordo com o livro Habeas Corpus, lançado em janeiro de 2011 pela Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República, Tuma participou ativamente na ocultação de cadáveres de militantes políticos assassinados sob tortura e no falseamento de informações que poderiam levar à localização dos corpos dos desaparecidos políticos. Em 1982 tornou-se superintendente da Polícia Federal no Estado, e em 1985, torna-se diretor geral do órgão.
 
Durante sua gestão, o chamado "boi gordo" foi confiscado no âmbito do Plano Cruzado, foi descoberta a ossada do médico alemão Joseph Mengele, e houve a captura de Tommaso Buscetta, o mafioso cujas confissões ajudaram a desmantelar parte das máfias italiana e norte-americana presentes no Brasil. Permaneceu dirigindo a Polícia Federal até 1992, já no governo Fernando Collor de Mello quando também acumulou o cargo de Secretário da Receita Federal do Brasil.

 
Político
 
Em 1994, disputou sua primeira eleição e foi eleito senador de São Paulo pelo Partido Liberal (PL, atual PR), filiando-se posteriormente ao Partido da Frente Liberal (PFL, atual DEM).
Concorreu à prefeitura de São Paulo em 2000, obtendo o 4º.lugar. Reelege-se senador em 2002, onde manteve o cargo de corregedor do Senado até 2010.
Em 2007, filia-se ao Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). Candidatou-se à reeleição em 2010, mas teve problemas de saúde no inicio de setembro, inicialmente divulgado como problema de afonia, e ficou internado até o fim das eleições. Assim, não pôde fazer campanha corpo-a-corpo e tampouco gravar programas eleitorais, o que refletiu na sua inexpressiva votação (se comparada com outras eleições). Tuma obteve apenas 3,8 milhões de votos, ficando assim em 5º lugar, atrás de Aloysio Nunes e Marta Suplicy, eleitos senadores, e Netinho de Paula e Ricardo Young.
 
O jornal Folha de S. Paulo divulgou erroneamente a morte do senador no dia 24 de setembro de 2010. O diário assumiu o erro e lançou uma errata minutos mais tarde.

 
Morte
 
Faleceu em 26 de outubro de 2010, aos 79 anos de idade, no Hospital Sírio-Libanês na região Central de São Paulo, em decorrência de uma falência múltipla dos órgãos. Em sua vaga, assumiu o suplente Alfredo Cotait Neto, para cumprir o restante do mandato, que termina em 31 de janeiro de 2011.