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ROGÉRIO SGANZERLA
(57 anos)
Cineasta
* Joaçaba, SC (26/11/1946)
+ São Paulo, SP (09/01/2004)-SAGITÁRIO
 
Foi um dos maiores símbolos do Cinema Marginal feito em São Paulo na década de 60, sinônimo de transgressão, picardia e genialidade na tela grande.
 
Ainda muito jovem, foi acolhido por Décio de Almeida Prado, que na época dirigia o Suplemento Literário do jornal O Estado de São Paulo, e seu texto de estréia foi sobre Os Cafajestes (1962), filme de Ruy Guerra. Continuou no Suplemento e colaborou também com o Jornal da Tarde.
 
Trabalhou quatro anos como crítico de cinema no jornal O Estado de São Paulo. Estreou na direção de longas com O Bandido da Luz Vermelha (1968), uma filme baseado na historia do criminoso João Acácio Pereira da Costa, que se apresentava com uma lanterna vermelha ao cometer seus crimes. O filme se tornou um de seus maiores sucessos e lhe deu fama. Fundou a produtora Bel-Air, responsável por filmes do diretor como O Abismo (1977), Nem Tudo é Verdade(1986) e Tudo é Brasil (1997).
 
Conseguiu, ao lado de Júlio Bressane, solidificar a argamassa do chamado Cinema Marginal. O movimento que apareceu com A Margem (1967), de Ozualdo Candeias, surgiu como uma espécie de reação ao Cinema Novo de Glauber Rocha e David Neves.
 
 
Seu último filme, O Signo do Caos (2003), sobre a passagem de Orson Welles pelo Brasil (1942), quando não conseguiu concluir It's All True por ter seu material de filmagem apreendido, recebeu o Troféu Candango de melhor direção no 36º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro (2003), mas ele não pôde comparecer ao36º Festival devido ao seu estado de saúde. Na ocasião, ele foi representado pela atriz Djin Sganzerla, sua filha com a atriz Helena Ignez.
 
Vítima de Câncer no Cérebro que o martirizou durante seus últimos seis meses de vida, morreu em 09/01,/2004 aos 57 anos, no Hospital do Câncer em São Paulo, onde estava internado desde o último 15/12/2003 para se tratar da doença. Seu corpo foi cremado no Cemitério da Vila Alpina, em São Paulo.
 
Casado havia 35 anos com a atriz Helena Ignez, vivia com a esposa e suas duas filhas, Djin e Sinai, a enteada, Paloma Rocha, filha do casamento anterior de Helena com Glauber Rocha.