Rogério Marinho
ROGÉRIO PISANI MARINHO
(92 anos)
Advogado, Jornalista e Empresário
* Rio de Janeiro, RJ (15/05/1919)
+ Rio de Janeiro, RJ (25/07/2011) - TOURO
Rogério Pisani Marinho foi um advogado, jornalista e empresário brasileiro. Era irmão do empresário Roberto Marinho e filho mais novo de Irineu Marinho.
Rogério Marinho nasceu em 15 de maio de 1919, na Rua do Riachuelo, no Rio de Janeiro. Filho caçula de Irineu Marinho e Francisca Pisani de Barros, Rogério Marinho tinha apenas 6 anos quando o pai morreu. Na infância, morou na Rua Senador Vergueiro, em uma casa com ampla vista da cidade. Depois, por 22 anos, na Rua Haddock Lobo, na Tijuca.
Começou a estudar aos 6 anos, no Instituto La-Fayette, na Tijuca, indo depois para o Colégio São Bento, onde fez o curso de admissão e o ginasial. Optou por fazer faculdade de Direito, segundo conta, apenas para ter um diploma, tendo sido"um péssimo aluno com ótimos professores". O primeiro ano do curso de Direito foi feito no Colégio Universitário e o segundo na Faculdade de Direito. Formou-se em 1943, mas nunca exerceu a advocacia.
Rogério Marinho começou a trabalhar em O Globo em 1938, quando o jornal já era dirigido por seu irmão Roberto Marinho, 15 anos mais velho, e no qual já trabalhava, desde 1933, seu outro irmão, Ricardo. Suas primeiras funções no jornal foram na seção de esportes, onde trabalhou sob orientação de Mário Filho. Logo passou a integrar a equipe de Alves Pinheiro, na qual fazia todo tipo de tarefa, da apuração de reportagens à tradução de telegramas. Ainda em 1938, teve a ideia de utilizar o "bonequinho" nas críticas de cinema, criando a seção "Bonequinho Viu", até hoje publicada no jornal.
Em 1940, passou a trabalhar como redator, atuando também nas mais diversas áreas: além de reportagens variadas, fez críticas de cinema, de ópera e teve uma coluna esportiva assinada por pseudônimo. Uma de suas primeiras entrevistas foi feita com Ary Barroso, que retornava dos Estados Unidos. Entre os profissionais com quem trabalhou à época, estavam José Lins do Rego, Thiago de Mello e Pinheiro Lemos.
Entre julho de 1944 e maio de 1945, dirigiu com Pedro Motta Lima o tabloide O Globo Expedicionário, destinado a elevar o moral dos pracinhas e a prestar serviços como troca de mensagens e publicação de cartas. Segundo Rogério Marinho, havia a preocupação editorial de buscar matérias que fossem de interesse dos soldados. Alguns números do Globo Expedicionário foram publicados após o término da 2ª Guerra Mundial.
Em 1952, foi designado por seu irmão para assumir o cargo de diretor substituto, passando mais tarde a vice-presidente do jornal.
Quando Rogério Marinho ingressou em O Globo, o jornal era ainda um vespertino. Uma das "missões" confiadas a Rogério Marinho por seu irmão Roberto Marinho foi a de agilizar a saída do jornal, de forma a torná-lo o vespertino que primeiro chegasse ao público, fazendo frente a outros jornais, como Última Hora e Diário da Noite. Para isso, Rogério Marinho chegava ao jornal entre 3:30hs e 3:45hs, revisava todos os originais, ampliava ou condensava assuntos e, quando necessário, fazia alterações editoriais de última hora. Por volta de 1954, seus esforços conseguiram fazer com que O Globo passasse a chegar às ruas entre 7:00hs e 8:00hs.
Rogério Marinho teve a ecologia como uma de suas preocupações constantes. Foi membro do Conselho Deliberativo da Fundação Brasileira pela Conservação da Natureza entre 1975 e 1987, vice-presidente do Conselho de Curadores da Fundação Rio Congressos e Eventos - Rio Convention Bureau, entre 1984 e 1989, e membro do Conselho Nacional do Meio Ambiente a partir de 1986, quando foi designado pelo então presidente José Sarney.
Também participou como membro do Conselho Superior da Associação Comercial do Rio de Janeiro, do Conselho da Associação dos Amigos do Museu Imperial e do Conselho do Museu Nacional de Belas Artes. Foi agraciado com as seguintes medalhas: Ordem Mérito Naval, Ordem ao Mérito Santos Dumont e Grande Oficial da Ordem do Mérito Brasília.
Rogério Marinho casou-se, em 1948, com Elizabeth Pessoa Cavalcanti de Albuquerque, filha do marechal José Pessoa Cavalcanti de Albuquerque, idealizador da Academia Militar das Agulhas Negras. Os dois tiveram uma filha,Ana Luisa Pessoa Marinho, também jornalista, que lhe deu 2 netos, Eduardo Marinho Christoph e Bruno Marinho de Mello.
Morte
Rogério Pisani Marinho, faleceu às 06:48hs do dia 25/07/2011, segunda-feira, aos 92 anos, no Hospital Samaritano, em Botafogo, vítima de Insuficiência Respiratória Aguda. Rogério Marinho estava internado desde a última quarta-feira, 20/07/2011. O velório aconteceu no Cemitério São João Batista, a partir das 14:30hs, na capela 1, na Rua Real Grandeza, em Botafogo.