REALISMO - MACHADO DE ASSIS
JOAQUIM MARIA MACHADO DE ASSIS
* 1839 – Morro do Livramento – Rio de Janeiro
+ 1908 – Cosme Velho – Rio de Janeiro
Escritor da Escola Realista
VIDA
- foi jornalista, funcionário público, tipógrafo-aprendiz, Presidente da Academia Brasileira de Letras, romancista, contista, cronista, poeta, teatrólogo e crítico literário.
- origem humilde, tinha problema de saúde – era epiléptico
- 1855 – freqüenta a livraria Paula Brito
- publica no Marmota Fluminense seu primeiro trabalho: a poesia Ela.
- 1856 – tipógrafo – aprendiz da Imprensa Nacional, dirigida por Manoel Antonio de Almeida
1858 – Revisor de provas da Editora Paula Brito e Correio Mercantil
- freqüenta Petalógica, sociedade fundada por Paula Brito
- estréia como crítico com publicação de O Passado, o presente e o futuro da Literatura
1860 – Quintino Bocaiúva convida-o para fazer parte do Diário do Rio de Janeiro
1861 – publica Queda que as Mulheres tem para os Tolos, teatro, na Marmota Fluminense
- 1864 – publicação de Crisálidas – poesia , é sua estréia
1867 – continua na imprensa – Semana Ilustrada e Jornal da Famaília
1869 – casa-se com D. Carolina Augusta Xavier de Novais
1870 – publica em O Novo Mundo de N. York Instinto de Nacionalidade
1873 – nomeado 1º oficial da Secretaria de Estado do Ministério da Agricultura
1879 – colabora na Estação
1880 – principia e publica Memórias Póstumas de Brás Cubas na Revista Brasileira
1881 – colabora na Gazeta de Notícias
1889 – promovido Diretor da Diretoria Geral do Comércio e Diretor Geral no Ministério da Viação
1897 – presidente nomeado da Academia Brasileira de Letras, recém-fundada
1900 – publica D. Casmurro
1902 – Diretor da Secretaria de Indústria e Diretor Geral da Contabilidade do Ministério da Viação
1904 – morre Dona Carolina
1908 – publica Memorial de Aires
- morre no Rio em Cosme Velho na sua casa
- conhecedor de Suift, Stern e outros
OBRAS
PRIMEIRA FASE
ROMANCES ROMÂNTICOS
- Ressurreição – 1872
- A Mão e a Luva – 1874
- Helena – 1876
- Iaiá Garcia – 1878 – fim da primeira fase
CONTOS
- Contos Fluminenses – 1870
- Histórias da Meia Noite – 1873
POESIA
- Crisálida – 1864
- Falenas – 1870
- Americana – 1875
TEATRO
- Desencantos – 1861
- Queda que as Mulheres têm pelos Tolos – 1861
- Teatro – 1863
- Quase Ministro – 1864
- Os Deuses de Casaca – 1866
- Caminho da Porta
SEGUNDA FASE
ROMANCES REALISTAS
- Memórias Póstumas de Brás Cubas – 1881
- Quincas Borba – 1891
- D. Casmurro – 1900
- Memorial de Aires – 1908
CONTOS
- Papéis Avulsos – 1882
- História sem data – 1884
- Várias Histórias – 1893
- Páginas Recolhidas – 1889
- Relíquias da Casa Velha – 1906
- Outras Relíquias – 1910
POESIAS
- Ocidentais- 1900
- Poesias Completas – 1901
TEATRO
- Tu, só tu, puro amor – 1881
CRÔNICA
- A Semana – 1914
CRÍTICA LITERÁRIA
- Notícia da Atual Literatura Brasileira
- Instituto de Nacionalidade
Estes são ensaios principais
- A Nova Geração - 1879 – (Realismo)
- Literatura Realista – O Primo Basílio, de Eça de Queiroz – Porto – 1878 – crítica à visão naturalista de Eça de Queiroz
- O Ideal do Crítico – afirma que todo crítico tem de ter consciência; valores máximos: tolerância, perseverança, coerência, independência.
CONTOS FAMOSOS (entre outros)
Do livro Papéis Avulsos:
Missa do Galo
O Espelho
O Alienista
As Bodas de Luiz Duarte
Mis Dólar
Confissões de uma Viúva Moça
Do Livro Várias Histórias:
Uns Braços
A Causa Secreta
Um Homem Célebre
A Cartomante
Teoria do Medalhão
O Caso da Vara
Viver
O Apólogo
POESIAS FAMOSAS
Carolina – dedicada à memória da esposa
Mosca Azul
OBRAS PÓSTUMAS
Crítica – 1910
Outras Relíquias – 1910
Teatro – 1910
A Semana – 1914
Estante Clássica – 1921
Páginas Escolhidas – 1921
Machado de Assis e Joaquim Nabuco – 1923
Cartas de Machado de Assis a Euclides da Cunha – 1931
Novas Relíquias – 1932
Correspondência de Machado de Assis – 1932
Crônicas – 1937
Crítica Literária – 1937
Crítica Teatral – 1937
Histórias Românticas – 1939
Páginas Esquecidas – 1939
Casa Velha – 1944
Contos Fluminenses – 2º Vol. – 1937
A Semana – 2º e 3º Vols. – 1937
Relíquias da Casa Velha – 2º Vol. – 1937
CARACTERÍSTICAS
I FASE – PERÍODO DE PREPARAÇÃO OU FASE ROMÂNTICA
1 – Vai dos primeiros escritos em versos até Iaiá Garcia
2 – chega a abordar temas indianistas na poesia dessa fase
3 - já acentua o gosto psicológico e a análise de costumes
4 – o humorismo, faceto, quase alegre
5 – o erotismo e o sensualismo etc.
6 – pudor nos arrebatamentos sentimentais
7 – depuração da forma
8 – preocupação indianista nas poesias: Crisálidas, Falenas, Americanas
II FASE – FASE REALISTA
1 – maturidade completa a partir dos 40 anos
2 – estilo severo e enxuto, sem prejudicar a espontaneidade narrativa
3 – linguagem pura, adequada entre o instrumento verbal e o pensamento do escritor
4 – análise psicológica – ponto mais importante em sua obra
5 – egoísmo – expressão máxima em seus personagens
6 – humorismo – característica marcante de Machado (influência de Swift e Stern)
7 – pessimismo – disfarçado pelo humorismo
8 – no seu último romance, Memorial de Aires, o autor se humaniza, espiritualiza-se, perdendo o ar de analista implacável das misérias humanas. Este traço aparece também no soneto dedicado a Carolina.
9 – é o maior e primeiro grande romancista do Brasil
10 – Característica parnasiana em Ocidentais – análise humano-psicológica e purista na forma. Em Ocidentais encontram-se suas melhores composições poéticas:
Círculo Vicioso
No mundo Interior
A Mosca Azul
Soneto de Natal
Suave Ma ri Magno
11 – No romance, aplica a boa divisão dos atos, cenas e intervalos
12 – inteligência na dosagem, força, depuração, síntese
13 – não mostrou a paisagem brasileira, mas esgotou o homem brasileiro
14 – sentido social se sua obra: reproduziu a organização patriarcal: a moça do tipo sinhá haveria de desaparecer com a transição do Romantismo e Parnasianismo
15 – identidade entre personagem e narrador
16 – Machado de Assis contista está no mesmo nível do romancista, inclusive a evolução é a mesma: de romântico ele passará a realista.
17 – os trabalhos de Crítica Literária Machado escreveu no início da carreira – quatro importantes
18 – D. Casmurro – o Grande Livro da Dúvida – Capitu traiu ou não?
19 – Esaú e Jacó – romance da Hesitação e Ambigüidade
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