Roberto Simonsen
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ROBERTO COCHRANE SIMONSEN
(59 anos)
Engenheiro, Empresário, Político, Historiador e Escritor
* Santos, SP (18/02/1889)
+ Rio de Janeiro, RJ (25/05/1948) - AQUARIO
 
Roberto Cochrane Simonsen era filho de Sidney Martins Simonsen e Robertina da Gama Cochrane Simonsen, esta última de família nobre. Começou a sua educação primária em Santos, depois foi para o Colégio Anglo-Brasileiro, na capital paulista. Mais tarde, ingressou na Escola Politécnica de São Paulo, hoje integrante da Universidade de São Paulo, formando-se engenheiro.
 
Após formado começou a trabalhar na companhia ferroviária Southern Brazil Railway. Logo saiu para ocupar por dois anos o cargo de diretor-geral de obras na prefeitura de Santos. Ali foi também engenheiro-chefe da Comissão de Melhoramentos de Santos. No ano seguinte fundou a Companhia Construtora de Santos, fato que foi o início de seu ofício de empresário.
 
Em 1919 iniciou-se na diplomacia, integrando missões comerciais. Graças à sua amizade com o ministro da Guerra no governo de Epitácio Pessoa (1919-1922),Pandiá Calógeras, sua companhia, executou a construção de quartéis para o exército em diversos estados do país.
 
Participou ativamente do Movimento Constitucionalista Paulista, em 1932, em resistência ao golpe de estado desferido por Getúlio Vargas e outros na Revolução de 1930. Integrou o movimento intelectual pela fundação da primeira escola superior que ofereceria sociologia e política no Brasil, a atual Escola de Sociologia e Política de São Paulo, onde lecionou história econômica do Brasil, atividade que o levou a publicar alguns trabalhos acadêmicos sobre o tema.
 
Em 1933 ingressou na política, sendo eleito deputado constituinte por São Paulo. Exerceu o mandato de deputado federal na legislatura de 1933 a 1937. Quando o país voltou ao regime democrático, após a II Guerra Mundial, elegeu-se senador, cargo que ocupava quando faleceu.
 
Era, ainda, presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), presidente daFederação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e integrante do conselho superior da Escola de Sociologia e Política de São Paulo. Sua atividade empresarial continuava, como presidente da Companhia Construtora de São Pauloe da Cerâmica São Caetano.
 
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Membro de Instituições
 
Foi membro da Academia Paulista de Letras e Academia Brasileira de Letras, doInstituto Histórico e Geográfico de São PauloInstituto Histórico e Geográfico de Santos e Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Pertenceu ao Clube de Engenharia do Rio de Janeiro e ao Instituto de Engenharia de São Paulo.
 
No exterior era membro da National Geographic Society, de Washington, DC, Estados Unidos, da Royal Geographic Society, de Londres, Inglaterra e daAcademia Portuguesa de História.
 
Homenagens
 
Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) possui o Instituto Roberto Simonsen. Foi, ainda:
 
  • Comendador da Ordem Nacional do Mérito do Paraguai
    Comendador da Ordem Nacional do Mérito do Chile
    Medalha de Prata do Cinquentenário da Proclamação da República
    Estádio Roberto Simonsen (Estádio do SESI) em Manaus, AM
 
Academia Brasileira de Letras
 
Foi eleito a 9 de agosto de 1945 para ocupar a cadeira 3 da Academia Brasileira de Letras, que tem por patrono Artur de Oliveira, como seu segundo ocupante, sendo recebido por José Carlos de Macedo Soares, a 7 de outubro do ano seguinte.
 
Roberto Simonsen veio a falecer em pleno Salão Nobre da Academia Brasileira de Letras, quando proferia um discurso de saudação ao Primeiro-Ministro belga, Paul van Zeeland, que visitava o país.
 
Bibliografia
 
Sua produção foi toda voltada para os aspectos econômicos, e à sua atividade no magistério de economia. Publicou Roberto Simonsen os seguintes livros:
 
  • 1912 - O Município de Santos
    1912 - Os Melhoramentos Municipais de Santos
    1919 - Gado e a Carne no Brasil
    1919 - O Trabalho Moderno
    1923 - Calçamento de São Paulo
    1928 - A Orientação Industrial Brasileira
    1930 - As Crises no Brasil
    1931 - As Finanças e a Indústria
    1931 - A Construção dos Quartéis Para o Exército
    1923 - À Margem da Profissão
    1933 - Rumo à Verdade
    1934 - Ordem Econômica e Padrão de Vida
    1935 - Aspectos da Economia Nacional
    1937 - História Econômica do Brasil (2 Volumes)
    1937 - A Indústria em Face da Economia Nacional
    1938 - Conseqüências Econômicas da Abolição - Conferência promovida pelo Departamento de Cultura no Primeiro Centenário da Abolição. Rio de Janeiro. 'Jornal do Commercio' em 08/03/1938. Reimpressa na Revista do Arquivo Municipal de São Paulo. V. XLVII. P. 257 e Seguintes
    Discurso Pronunciado na Colação de Grau dos Primeiros Bacharéis em Ciências Políticas e Sociais, SP - Correio Paulistano, 19-12-1937
    1938 - Aspectos da História Econômica do Café
    1939 - A Evolução Industrial do Brasil
    1939 - Objetivos da Engenharia Nacional
    1940 - Recursos Econômicos e Movimentos de População
    1940 - Níveis de Vida e a Economia Nacional
    1941 - As Indústrias e as Pesquisas Tecnológicas
    1942 - As Classes Produtoras de São Paulo e o Momento Nacional
    1943 - Ensaios Sociais Políticos e Econômicos
    1943 - As Indústrias e as Pesquisas Tecnológicas
    O Plano Marshall e a América Latina, Relatório