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PETRÔNIO CORRÊA
(84 anos)
Publicitário
* São Sepé, RS (28/12/1929)
+ São Paulo, SP (01/12/2013) - CAPRICORNIO
 
Petrônio Corrêa foi um publicitário brasileiro, fundador da MPM Propaganda e considerado um dos mais importantes nomes da publicidade brasileira.
 
Petrônio Corrêa teve seu primeiro emprego no mercado de comunicação aos 20 anos, como redator do jornal A Nação, de Porto Alegre. Sua entrada para o setor de agências se deu em 1954, como gerente da filial gaúcha da Grant Advertising.
 
Em 1957, ao lado dos sócios Luiz Macedo e Antonio MafuzPetrônio Corrêa fundou a MPM Propaganda, que ganhou fôlego no Sul, transferiu sua sede para São Paulo em 1965 e, uma década depois, tornou-se a maior agência do país, liderando o ranking brasileiro por 15 anos. Depois disso, em 1991, a MPM Propaganda foi vendida para o Grupo Interpublic, que a fundiu com a Lintas. Nos anos 90, a marca deixou de existir.
 
No início dos anos 2000, já não usada mais pelo Interpublic, a marca MPM foi comprada pelo Grupo ABC, como parte do projeto do chairman Nizan Guanaes, que queria reeditar os anos de glória em uma nova operação com capilaridade nacional.
 
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Petrônio Corrêa e Júlio Ribeiro
Em 2003, o Grupo ABC lançou a MPM, presidida pela empresária Bia Aydar. Em 2009, a holding nacional resolveu fundir a MPM com a Loducca. Inicialmente, a agência adotou o nome Loducca MPM, mas as três letras de MacedoPetrônio Mafuz foram aposentadas alguns meses depois. Atualmente a marca MPM não é mais usada pela Loducca.
 
Gaúcho da cidade de São Sepé, Petrônio Corrêa presidiu Associação Brasileira de Agências de Publicidade (ABAP) entre 1979 e 1981, o Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (CONAR) entre 1981 e 1988 e atuava no Conselho Executivo das Normas-Padrão da Atividade Publicitária (CENP) desde 1998. Em agosto de 2013, ele se desligou do Conselho Executivo das Normas-Padrão da Atividade Publicitária, instância que presidia desde dezembro de 2009, quando passou a presidência executiva a Caio Barsotti, atual ocupante do cargo.
 
Em 2010, Petrônio Corrêa recebeu uma homenagem especial do Prêmio Caboré, por sua contribuição ao mercado brasileiro. Em 2012, Petrônio Corrêa teve sua biografia narrada no livro "No Centro do Poder", da jornalista Regina Augusto, diretora-editorial de Meio & Mensagem, lançado pela Editora Livros de Safra.
 
O nome do publicitário está ligado a importantes iniciativas em defesa de sua profissão e da liberdade de anunciar.
 
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No Centro do Poder
 
Se a publicidade brasileira atingiu reconhecimento mundial e estágio quase tão elevado como nosso futebol e nossa música, o P da antiga MPM, maior agência nos anos 1980, tem um papel fundamental nisso.
 
Petrônio Corrêa, diferente de outras estrelas da profissão, não se destacou criando anúncios e se achando, ou declarando-se, genial. Mas, além de obter o primeiro lugar no ranking com filiais por várias cidades do Brasil e de conviver muito próximo a empresários e ao governo, conseguiu se reinventar depois de vender a empresas para a multinacional Lintas. A marca era tão emblemática que Nizan Guanaes resolveu comprá-la quase uma década depois, pagando 1 milhão de dólares pelas três letras.
 
O forte do Petrônio Corrêa sempre foi sua capacidade de articulação, de juntar as partes. E fez isso de forma magistral, no que deveria ser a aposentadoria de um bem-sucedido homem de negócios. Sem ele, o Conar teria um peso muito menor, a regulamentação do mercado publicitário estaria muito diferente e todos estariam ganhando menos dinheiro. Também depois de se beneficiar muito da proximidade com o governo, assumida no livro, ajudou a regulamentar, de forma bastante profissional, a relação das agências com a máquina pública.
 
O texto de Regina Augusto é primoroso, fluido e com a responsabilidade de manter sua marca de jornalista isenta. Ou seja, é uma biografia que não se exime de por o dedo em várias feridas.
 
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Regina Augusto e Petrônio Corrêa
Morte
 
Petrônio Corrêa morreu no domingo, 01/12/2013, em São Paulo, SP, aos 84 anos, após sofrer uma parada cardíaca. Ele faria 85 anos no próximo dia 28/12/2013.
 
Segundo o filho Petrônio Filho, o publicitário sentiu uma forte dor no peito na manhã de domingo e foi levado ao Hospital Oswaldo Cruz, onde morreu às 12:12 hs. O filho diz que o pai sofreu uma queda há dois meses, quebrou uma costela e teve algumas complicações de saúde.
 
O corpo de Corrêa será velado na segunda-feira, 02/12/2013, no Cemitério Gethsêmani, em São Paulo, SP, a partir das 7:00 hs. O enterro será às 17:00 hs.