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Obras

Num tempo em que a espetacularidade do culto religioso era uma tônica, e todas as artes concorriam para a criação de uma "obra total" sintetizada no templo decorado, onde a celebração ocorria em meio a música e oratória sagrada, e a arquitetura resplandecia em mobílias entalhadas, pratarias, pinturas, estatuária e retábulos dourados, cabe lembrar que Mestre Ataíde não foi apenas pintor, mas grande parte de sua carreira foi empregada nas tarefas de douramento de talha e encarnação de estátuas. Em várias igrejas mineiras o artista deixou sua marca em vários aspectos da decoração, e às vezes chegou a projetar a arquitetura de retábulos e objetos litúrgicos como castiçais e crucifixos. Também foi ilustrador, pintando iluminuras em Livros de Compromisso de irmandades. Nestas outras áreas, sua obra mais afamada foi a encarnação de uma série de estátuas nasCapelas dos Passos do Santuário do Bom Jesus de Matosinhos, que haviam sido esculpidas por outro grande nome do período, Aleijadinho.

Entretanto, é certo que a memória de Mestre Ataíde permanece principalmente ligada à pintura de tetos de igrejas, além de alguns painéis e telas portáteis. A organização básica do conjunto é quase sempre a mesma: a partir do alto das paredes o pintor produz no teto uma pintura que sugere ilusionisticamente a continuidade da arquitetura até que ela se abre para o céu, onde é representada uma epifania. A técnica do ilusionismo arquitetônico para decoração de tetos fora desenvolvida na Itália, sistematizada pelo jesuíta Andrea Pozzo, e por seu impacto visual e poderes evocativos recebeu viva aceitação tanto na Europa como no Brasil colonial. Em Minas Gerais a técnica foi introduzida aparentemente por Antônio Martins da Silveira no forro da capela-mor do Seminário Menor de Mariana, datado de 1782, inaugurando um esquema retomado inúmeras vezes pelos artistas posteriores. Mestre Ataíde melhor exibiu a força do seu gênio na elaboração desse tipo de composição, que exigia grandes capacidades de organizar coerentemente imagens diversificadas em uma escala monumental, além de bons conhecimentos de perspectiva e das leis do escorço.

Porém, a falsa arquitetura recebeu vários tratamentos na mão de Mestre Ataíde, algumas vezes parecendo mais sólida, como na Matriz de Santo Antônio em Itaverava, noutras se dissolvendo numa profusão de festões, guirlandas e rocalhas e outros detalhes puramente decorativos que subvertem a lógica arquitetural, a exemplo da Matriz de Santo Antônio em Santa Bárbara. Geralmente esses elementos estruturantes são povoados por várias figuras secundárias - anjos, santos, mártires, doutores da igreja e outras figuras da história sagrada. O coroamento dessas composições é invariavelmente um grande medalhão centralizado onde é apresentada uma cena divina, usualmente com as figuras deCristo ou da Virgem dominando a composição.

Também desenvolveu outras soluções. Como no caso do teto de Rosário dos Pretos em Mariana, onde criou uma moldura arquitetural perspectivada mas a cena no medalhão central foi apresentada em visão plana frontal, sem escorço nas figuras. Essa solução era corriqueira em Portugal, onde era chamada de "quadro recolocado", pois tinha apenas e precisamente o efeito de um painel de altar posto no teto, sem explorar os recursos de uma cenografia pictórica mais expansiva e mais ilusória. Em parte isso se devia às dificuldades da criação de um bom escorço, técnica reservada somente aos pintores mais habilidosos, mas também, na opinião de Myriam de Oliveira, seria uma natural continuidade de uma tradição especificamente portuguesa de não escorçar figuras humanas. Esta opção técnica teria possibilitado uma comunicação mais direta com os santos, "retirados assim das alturas celestiais pela terrena sensibilidade da alma portuguesa... pouco afeita aos arroubos místicos."

Segue uma breve descrição de algumas de suas principais obras.
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Matriz de Santo Antônio em Santa Bárbara

Possivelmente sua primeira obra no gênero ilusionístico; nela já estabelece seu modelo formal geral, ao qual permaneceu fiel, com poucas variações essenciais, até o fim de sua trajetória. A ilusão arquitetônica se inicia logo na cimalha, ondeMestre Ataíde pintou dois consoles em cada lateral da igreja. Sobre cada um deles se ergue um destacado pedestal e uma coluna, que se ligam ao medalhão central apenas por um concheado que faz as vezes de entablamento. Outros apoios são figuras de atlantes, falsos pilares, púlpitos, formas vegetais e rocalhas. Entre esses suportes há, em cada lateral, um balcão com ornamentação vazada, onde aparecem anjos cantores.

A composição do medalhão central tem uma distribuição de pesos bastante simétrica, representando a Ascensão de Cristo, assistida pelos Doze Apóstolos e a Virgem Maria. No alto a composição é rarefeita, dominada pela figura solitária deCristo, cuja fisionomia feliz e descontraída contrasta com os olhares atônitos de sua pequena plateia, que se agrupa em círculo compacto logo abaixo em torno de um tipo de pedestal, onde estão impressas as marcas dos pés d'Aquele que acabou de subir aos céus.
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Detalhe da Assunção da Virgem, seu painel mais conhecido, na Igreja de São Francisco de Ouro Preto
Igreja de São Francisco de Assis em Ouro Preto

Talvez seja sua criação mais afamada. O medalhão central trata da gloriosaAssunção da Virgem, que aparece rodeada por uma orquestra de anjos de todas as idades. Maria tem traços mulatos, como ocorre com vários anjos, e está em atitude de oração assentada num trono de nuvens, rodeada por raios de luz e apoiada em um crescente lunar. A composição é complexa, ricamente colorida e perfeitamente integrada em si mesma e em relação à arquitetura da igreja; nas palavras de Carlos del Negro:
"O tom aconchegante e acariciante da luz que banha toda a composição do medalhão revela um certo grau de intimidade, consonância e vibração dos habitantes desse céu. Todas as figuras da composição só têm autonomia em função do conjunto. A orquestra é um segundo centro da composição pictórica pois determina a distribuição espacial do músicos. Poderíamos dizer que nesse forro ele pintou uma partitura e executou uma pintura. Essa talvez tenha sido a inovação mais importante da pintura de Ataíde: introduzir no universo iconográfico da pintura religiosa a música; entra-se no céu ao som musical de uma orquestra celestial. A transposição da música para o paraíso, revela o valor estético e sagrado que esta linguagem adquiriu no simbolismo religioso das Minas Gerais."
Entretanto, nem tudo era celebração na obra de um artista barroco. Em outras partes do teto Mestre Ataíde pintou admoestações, como os medalhões e faixas com os motos Vanitas Vanitatum e Memento Mori, que significam respectivamente"Vaidade das Vaidades" e "Lembra Que Morrerás", significando que vida na Terra é efêmera e ilusória, uma sofrida peregrinação antes da transcendência e da beatitude eterna. Outros elementos doutrinais que emolduram a jubilosa cena central, a qual ilustra a recompensa pela vida virtuosa, também reforçam a dialética simbólica que a pintura deveria transmitir: uma vela acesa simboliza o tempo que passa; uma ampulheta caída, a morte; um açoite, a necessidade de penitência. Os santos e mártires que fazem parte do conjunto também trazem consigo significados precisos, conforme a vida que levaram e a obra que deixaram. Tais convenções significantes eram na época de domínio público, e não admira que os templos decorados desta forma, com obras narrativas e alegóricas, fossem chamadas de "A Bíblia dos Analfabetos".

 
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Matriz de Santo Antônio em Ouro Branco

A arquitetura ilusionística deste teto é única na obra do Mestre Ataíde, com predomínio de linhas retas em organização um tanto ilógica, complicando a observação da composição a partir de um único ponto de vista. Igualmente é original sua paleta de cores, incomumente clara e diáfana. Destacam-se por entre a arquitetura figuras de vigorosos atlantes e anjos. Balcões em torno, contra florões ornamentais, são ocupados por santos. O rico medalhão do centro mostra um grupo com a Virgem, o Menino Jesus e Santo Antônio de Lisboa. A Virgem, entronizada em nuvens, tem um semblante delicado, sereno e amigável. Ao seu lado está o Menino, em pé sobre uma mesa, diante de um devoto Santo Antônioem reverente genuflexão. As figuras são notáveis pelo seu desenho sensível e formas roliças, e transmitem uma impressão de recolhimento e amorosa placidez. A imagem do Menino Jesus é particularmente graciosa, com o ar travesso das crianças. Anjos ladeiam o grupo central.
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Matriz de Santo Antônio em Itaverava

A composição central é emoldurada por púlpitos nos cantos, onde pontificam santos. Púlpitos intermédios são ocupados por anjos músicos. A arquitetura de apoio é sólida e um tanto pesada, o que faz o medalhão central irromper de forma dramática no espaço. O tema do medalhão é A Santíssima Trindade coroando aVirgem Maria. A composição é equilibrada e simétrica. Conforme a iconografia corrente, a figura do Pai é a de um ancião encanecido, o Filho é a imagem deJesus com sua cruz, e o Espírito Santo voa como uma pomba acima de todos, de onde partem raios de luz que iluminam toda a cena. Ao centro e abaixo, a Virgemrecebe uma coroa. Em torno, alguns anjos assistem a cena.
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Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos em Mariana

A sua última criação neste gênero, datada de 1823. Sobreviveu o contrato firmado entre a irmandade e o artista, onde ficavam explícitas as condições da obra: determinou-se o traçado de um desenho e pintura com "elegante e moderna perspectiva" e "finas tintas de melhor gosto e valentia". No medalhão central da pintura seria representada a Assunção de Nossa Senhora ou "temática que se assentasse melhor" em uma "bonita e valente e espaçosa pintura de Prespectiva [sic?], organizada de corpos de arquitetura, ornatos, varandas, festões, e figurando, o que for mais acertado".

A falsa arquitetura reproduz a da Capela-mor de Santo Antônio de Itaverava com maior simplificação. A Virgem de braços abertos está entronizada sobre nuvens, contra um céu amarelo; seu manto esvoaça, rodeiam-na querubins. Nenhuma das figuras foi escorçada, mas Mestre Ataíde conseguiu uma impressão de perspectiva profunda pelo uso do contraste de cores e luzes. A obra não resultou do agrado da irmandade encomendante, que decidiu pagar-lhe apenas parte do valor acertado. Parece que houve uma disputa pessoal ainda obscura, e o artista recorreu à justiça, mas não teve o retorno esperado. Mais tarde outro artista repintou grosseiramente toda a composição.

 
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Sacristia da Igreja de São Francisco de Assis em Mariana

Dois painéis dividem o espaço deste forro, ambos tratando da Agonia de São Francisco. Em ambos um mesmo modelo, mostrando o santo, já estigmatizado, rodeado de anjos e dos símbolos de sua paixão: o cilício, a ampulheta, o crânio e o livro sagrado. Aqui já estamos em outra categoria de composição; não há arquiteturas ilusionísticas, mas grandes cenas abertas com fundos paisagísticos, onde fica perceptível sua habilidade em transmitir significados pelo simples uso das cores e distribuição de pesos. A figura do santo penitente e sofredor, pintada em cores escuras, contrasta com a claridade do céu e a vivacidade dos anjos que o atendem na sua hora extrema. Lélia Frota detalha a descrição:
 
"Estes dois painéis no forro da sacristia de São Francisco de Mariana estarão entre os mais belos trabalhos realizados pelo Ataíde. Reúnem de maneira ótima as suas mais evidentes qualidades: a grave expressividade do seu humanismo, concentrada na representação do santo mestiço; o refinamento da composição, centrada nas formas sutilmente oclusas de concha, e conciliando elementos muito díspares; o capricho tonal e um particularíssimo claro-escuro, que exibem uma invenção visual que vai do ar livre da paisagem e do céu até o intimismo mais sombrio do âmago da concha dissolvida em nuvens onde agoniza Francisco. Uma tênue diagonal divide em dois terços o quadro: no inferior, predominam os terras, a tônica é mais densa e dramática. No superior, são azuis, brancos, grises e rosas que ressaltam. E do grupo dos anjos assentados sobre a parte superior da concha nuvem se dirige a Francisco a graça que emana do símbolo triangular da Santíssima Trindade... A composição se apóia no eixo diagonal, tão caro ao Barroco, ondulando-o e ocultando-o sob os recortes irregulares da gruta em rocaille, continuada pelo tronco e ramos desiguais de uma grande árvore."
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A Última Ceia

Merece uma nota a sua tela "A Última Ceia", datada de 1828, regularmente citada na bibliografia como uma de suas obras mais importantes. Realizada para o tradicional Colégio do Caraça em Santa Bárbara, nos dizeres de Castro & Souza de Deus é uma obra em que fica explícita sua qualidade de criador original, introduzindo em uma cena altamente patética elementos de descontração e informalidade, dando "um toque de graça profana a uma passagem tão tocante da vida de Cristo". Diversos detalhes anedóticos dão vivacidade à composição, como as serviçais em atividade, uma delas uma mulata, e a animada interação coreográfica dos Apóstolos com Cristo. Outros introduzem associações heterodoxas para a doutrina católica, pois sobre a mesa aparecem ossos de carneiro, "em flagrante contradição com os rígidos preceitos do Catolicismo de outrora quanto à restrição de consumo de carne durante a Quaresma".

A tela foi emprestada para o Governo de Minas Gerais nos anos 70 por ocasião da inauguração do Palácio das Artes em Belo Horizonte, e temeu-se que ela nunca mais fosse devolvida, "pagando" desta forma os gastos públicos para levar o asfalto até o Caraça. O colégio estava na época ainda abalado pelo desastroso incêndio de 1968, que encerrou sua brilhante trajetória como educandário da elite brasileira, mas salvando-se porém a obra do pintor. O caso despertou uma reação veemente em Carlos Drummond de Andrade, que escreveu um poema sobre isso:"Ataíde à Venda?", do qual vale transcrever o fecho:
 
"Que vale ter Ataíde // e não ter teto e parede? // Ser um sacrário de arte, // a mais pura arte mineira, // orgulho do nosso Estado // e da alma brasileira, // sem ter como restaurar // a velha casa de ensino // onde ensinamos a amar // as criações do passado? // Debatem os lazaristas // o grave dilema, enquanto // Manuel da Costa Ataíde // e sua tela, suprema // esperança de resgate // da indigência caracense, // viram tema de comércio. // Corre, corre, Aureliano, // vai, Conselho de Cultura, // depressa, Assembleia, vai, // salva os padres agoniados // da prontidão que os achaca, // e salvando-os, preservando-os // da mercantil ameaça, // salva a arte, salva a glória, // salva o máximo tesouro, // a riqueza que não passa: // Cristo-Ceia do Caraça!"
 
A obra no final voltou à sua casa. O colégio foi restaurado e também a tela recebeu reparo pelo Centro de Conservação e Restauração da Universidade Federal de Minas Gerais.
 
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Cristo em oração no Horto das Oliveiras
Parte da série de esculturas de Aleijadinho encarnadas por Mestre Ataíde
Santuário de Matosinhos
Ataíde Hoje

As diversas apreciações críticas elogiosas que foram disseminadas em trechos anteriores tornam desnecessário descrever novamente em detalhe o elevado prestígio de que o artista desfruta entre a crítica especializada e mesmo o grande público que de algum modo se interessa pela história da arte do Brasil nos dias de hoje. Ele já foi inclusive tema de estudos de eruditos estrangeiros. Basta então lembrar que seu nome é consensualmente reconhecido como de importância central na história da pintura brasileira. Mais do que um patrimônio nacional, ele ainda inspira novos artistas, além de suas obras serem objeto de projetos escolares e serem infalivelmente mencionadas em guias turísticos ao lado das de Aleijadinho como entre os principais atrativos culturais da região de Minas Gerais.

A pesquisa sobre sua vida e obra continua e ainda há muito por desvendar. Textos especializados aparecem regularmente e há poucos anos foram descobertas pinturas suas desconhecidas, ocultas sob repinturas posteriores, realizadas nasCapelas dos Passos do Santuário de Matosinhos, as mesmas capelas onde estão as estátuas de Aleijadinho que ele encarnou. Os órgãos do patrimônio histórico brasileiro realizam ações de conservação e restauro do seu legado material, mas por outro lado, em alguns casos suas pinturas estão em mau estado de conservação, e exigem a atenção urgente das autoridades responsáveis e das comunidades onde estão para que esses tesouros da arte colonial brasileira não se percam para sempre.
 
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São Francisco em agonia, Igreja de São Francisco em Mariana, MG
Listagem de Obras
(Adaptada da cronologia do Instituto Itaú Cultural)

Pintura de Tetos, Panos de Porta e Outros Painéis:
 
  • Igreja da Ordem Terceira de São Francisco de Assis, em Mariana (1791/1792 - pano de porta; 1794/1795 - forro da sacristia)
  • Capela de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, em Piranga (1800)
  • Igreja da Ordem Terceira de São Francisco de Assis, em Ouro Preto (1801/1812 - forro da nave)
  • Igreja Matriz de Conceição do Mato Dentro (1805 - seis painéis)
  • Igreja Matriz de Santo Antônio, em Santa Bárbara (1806/1807 - duas imagens de Cristo)
  • Santuário do Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas (1818/1819 - retoques no forro da nave da Igreja; pintura parietal nas três primeiras Capelas dos Passos)
  • Igreja da Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo, em Ouro Preto (1818 - quatro painéis grandes)
  • Catedral de Mariana (1819/1821)
  • Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, em Mariana (1823 - teto da capela-mor)
  • Câmara de Mariana (1824 - um retrato do Imperador)
  • Igreja Matriz de Santo Antônio, em Ouro Branco
  • Capela de Nossa Senhora Mãe dos Homens, em Santa Bárbara (1827)
  • Colégio do Caraça (1828 - A Última Ceia)
 
Douramento de Talha:
 
  • Igreja da Ordem Terceira de São Francisco de Assis, em Mariana (1793/1794 - retábulo; 1794/1795 - altar-mor; 1804/1807 - trono e altar-mor)
  • Santa Isabel, Mariana (1795/1800 - altar)
  • Capela de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, em Piranga (1800 - altar)
  • Igreja da Ordem Terceira de São Francisco de Assis, em Ouro Preto (1801/1812; 1825 - tabernáculo)
  • Igreja da Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo, em Ouro Preto (1812 - capela e oratório; 1818 - prateamento de sessenta castiçais e oito palmas; 1824 - altar-mor; 1825 - arco do cruzeiro, quatro portadas e o presbitério; 1826 - altares laterais e dois púlpitos)
  • Catedral de Mariana (1819/1821)
  • Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, em Mariana (1823 - inúmeras peças; 1826 - termina o altar-mor)
  • Capela de Nossa Senhora Mãe dos Homens, em Santa Bárbara (1827)
 
Encarnação de Estátuas:
 
  • Santuário do Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas (1781; 1808/1809; 1818/1819)
  • Igreja da Ordem Terceira de São Francisco de Assis, em Mariana (1793/1794)
  • Igreja da Ordem Terceira de São Francisco de Assis, em Ouro Preto (1805 - estátuas de São Roque, Santo Ivo, São Francisco, o Pontífice, dois Cardeais e de São Luís)
  • Igreja Matriz de Santo Antônio, em Santa Bárbara
  • Igreja Matriz de Conceição do Mato Dentro
  • Matriz de Santo Antônio, em Itaverava (1811/1812 - estátua de Nossa Senhora)
 
Projeto do Retábulo Arquitetural:
 
  • Igreja da Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo, em Ouro Preto (1813)
 
Iluminação de Manuscritos:
 
  • Arquivo Eclesiástico da Arquidiocese de Mariana, onde estão preservados os Livros de Compromisso das Irmandades de Nossa Senhora das Mercês, da Freguesia de São Bartolomeu, e da Irmandade de Nossa Senhora da Lapa, de Antônio Pereira