Marcello Alencar
MARCELLO NUNES DE ALENCAR
(88 anos)
Advogado e Político
* Rio de Janeiro, RJ (23/08/1925)
+ Rio de Janeiro, RJ (10/06/2014)
LEÃO
Marcello Nunes de Alencar foi um político e advogado brasileiro. Como advogado, defendeu presos políticos durante o Regime Militar de 1964. Filiado ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB), foi suplente do senador Mário de Sousa Martinspelo extinto estado da Guanabara. Em 1969, com o advento do Ato Institucional Nº5 (AI5), ele próprio teve seu mandato cassado e direitos políticos suspensos.
Após a Lei da anistia e o fim do bipartidarismo no país, filiou-se ao Partido Democrático Trabalhista (PDT). Presidiu o extinto Banco do Estado do Rio de Janeiro (BANERJ) no início do primeiro governo de Leonel Brizola que o nomeou para ocupar a chefia municipal (na época os prefeitos das capitais eram indicados pelo governador). Em janeiro de 1986 passou o cargo para Saturnino Braga. Ainda em 1986 concorreu ao Senado Federal, perdendo para Nelson Carneiro e Afonso Arinos.
Retornou à prefeitura em 1989, ao ser eleito nas eleições municipais de 1988. Em sua segunda gestão recuperou as finanças da prefeitura, que teve a falência decretada por seu antecessor. Reformou praças, vias públicas, escolas e hospitais e implementou o Rio-Orla, projeto urbanístico que consistiu na remodelação dos calçadões das avenidas litorâneas com a implantação de ciclovias.
Marcello Alencar e Paulo Moura
Por não conseguir indicar o seu aliado Luis Paulo Corrêa da Rocha como candidato do Partido Democrático Trabalhista (PDT) a sua sucessão, deixou o partido e entrou em choque com Leonel Brizola.
Em 1993 se filiou ao Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) junto com o seu grupo político. Pela legenda tucana venceu o pleito estadual de 1994, derrotando Anthony Garotinho.
Como governador fez a Via Light, expandiu as linhas 1 e 2 do metrô, levando-o para Copacabana e Pavuna e, rompendo com seu passado trabalhista, privatizou uma série de empresas estatais como a Companhia de Eletricidade do Estado do Rio de Janeiro (CERJ), Banco do Estado do Rio de Janeiro (BANERJ), Companhia de Navegação do Estado do Rio de Janeiro (CONERJ), Companhia Estadual de Gás (CEG), Companhia Estadual de Trens Urbanos (FLUMITRENS) e o próprio Metrô, e ainda extinguiu a Companhia de Transportes Coletivos do Estado do Rio de Janeiro (CTC-RJ).
Deixou o governo estadual em janeiro de 1999.
Morte
Marcello Alencar, morreu na madrugada de terça-feira, 10/06/2014, aos 88 anos. Ele estava em casa, em São Conrado, na Zona Sul do Rio de Janeiro, e a causa de sua morte é desconhecida.
Nos últimos anos, o político esteve com a saúde muito debilitada, tendo sofridos três AVCs (Acidente Vascular Cerebral).
O corpo de Marcello Alencar será velado na quarta-feira, 11/06/2014, no Palácio da Cidade, sede da prefeitura carioca, em Botafogo. O velório será aberto ao público das 9:00 hs às 14:00 hs, segundo o deputado federal Otávio Leite (PSDB-RJ), que foi secretário municipal de governo de Marcello Alencar. O corpo será cremado em cerimônia familiar logo após o velório.
"Ele enfrentou, ao longo da vida, muitos problemas de saúde e sempre se recuperou. Teve três AVCs e passou por cirurgias importantes. Ele deixa todo um histórico de um carioca apaixonado pela cidade, de homem público, apaixonado pela coisa pública. Era uma referência. Era chamado de prefeito das ruas. Ia para os lugares, ouvia as pessoas!", disse Otávio Leite.