Pinto Martins
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EUCLIDES PINTO MARTINS
(31 anos)
Aviador
* Camocim, CE (15/04/1892)
+ Rio de Janeiro, RJ (12/04/1924) - ARIES
 
Euclides Pinto Martins foi um aviador brasileiro. Ainda jovem e em fins de 1922 foi escolhido como parte da tripulação do avião Dornier DO-X fretado pelo jornal The New York World, que patrocinava a tentativa de uma viagem aérea pioneira entre as Américas do Norte e do Sul. Nasceu em Camocim, CE, no dia 15/04/1892. Entretanto, só foi batizado três meses depois, em 28/07/1892, na Igreja Matriz de  Macau, RN. O fato ocorreu porque seu pai, Antônio Pinto Martins, natural de Mossoró, RN, foi convidado para representar a Companhia de Salinas Mossoró Assú, em Macau. Por isso, Pinto Martins foi batizado na Matriz de Macau e registrado no Cartório Civil daquela cidade.
 
Sua mãe chamava-se Maria Araújo do Carmo Martins e dedicou-lhe muito amor e carinho. Pinto Martins era um menino  bem criado e de inteligência incomum. Aos cinco anos já começava a estudar na escola pública local. Três anos depois, em agosto de 1900,  seus pais se mudaram para Natal  e o jovem teve que continuar seus estudos primários no Colégio Americano, conhecido como Colégio das Capas Verdes.
 
Em 1903, já com onze anos, se transferiu para o Colégio Atheneu Norte Rio Grandense e, paralelamente, ingressou num curso noturno de náutica. Observem aí o seu gosto pelas viagens e aventuras.
 
Em 1907 embarcou no navio Maranhão saindo no ano seguinte, para ser segundo piloto do navio Pará. Infelizmente, um acidente de bordo interrompeu esta rápida carreira naval e, Pinto Martins, com problemas na carótida, desembarcou em Natal sendo aconselhado pelos médicos a abandonar a carreira.
 
No início de 1909, seu pai o mandou para os Estados Unidos com US$ 300,00 e uma recomendação para que uma empresa de amigos lhe repassasse uma certa quantia mensal para sua manutenção. Pinto Martins não perdeu tempo e matriculou-se no Drexell Institute na Filadélfia onde, três anos depois se formou em Engenharia Mecânica.
 
Além de estudar, Pinto Martins trabalhava como estagiário na Baldwin Locomotive, uma fábrica de vagões. Ali, o jovem  aprendeu a falar inglês rapidamente e se inseriu na sociedade local, conquistou uma namorada e se casou com Gertrudes Mc Mullan.
 
Pinto Martins regressou ao Brasil logo após a formatura em 1911. Desembarcou  do navio Booth Line, em Fortaleza. Convidado por seu pai, viajou para Natal, onde passou a trabalhar como engenheiro na Inspetoria Federal de Obras Contra a Seca e na Estrada de Ferro.
 
Como seu pai era maçom, Pinto Martins acompanhou-o e ingressou na loja maçônica "21 de Março".
 
Em Natal,  nasceu em 1914 sua primeira filha, Ceres, que viria a morrer, tragicamente, aos 31 anos de idade num acidente de avião em Porto Rico, com seu marido.
 
A vida de Pinto Martins foi marcada por constantes viagens e mudanças. No final da I Guerra Mundial, 1917, ele se mudou para Recife, PE, onde viveu por 2 anos. Ali, ingressou na Loja "Segredo e Amor"  (Loja Maçônica). A maçonaria foi outro fato marcante na vida de Pinto Martins.
 
Em 1918, faleceu sua jovem esposa e Pinto Martins, muito sentido,  retornou aos Estados Unidos. Apesar da dor da perda, acalentava no peito o desejo de uma grande aventura entre o Brasil e os Estados Unidos.
 
Procurou parcerias e acabou se associando a  Ladislau do Rego, que juntos, compraram um navio com  a idéia de criar, no Brasil, uma companhia de navegação de cabotagem. Lamentavelmente, o negócio não deu certo, pois o navio afundou.
 
Pinto Martins permaneceu nos Estados Unidos enquanto seu sócio neste negócio fracassado, voltou ao Brasil, terminando assim sua primeira tentativa de fazer algo grandioso.
 
Pinto Martins não esmoreceu, casou-se novamente com a americana Adelaide SulivanAdelaide era advogada e doze anos mais velha que seu marido, tendo lhe dado em 1920, uma filha: Adelaide Lillian.
 
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Sampaio Correia II
O Avião
 
Euclides Pinto Martins não se conformou apenas com a navegação marítima. Colocou seu foco na aviação que se desenvolvia de forma espetacular por causa da guerra. Como parte desta idéia, entrou num curso de aviação e conseguiu o brevetde piloto em 1921. Com sua entrada no meio aeronáutico, conheceu  um veterano na área, Walter Hilton, instrutor de vôo na Flórida.
 
Com este novo amigo e a afinidade de idéias, Pinto Martins resolveu confidenciar a respeito de um velho sonho: Atravessar o Atlântico numa viagem de avião New York - Rio de Janeiro, desbravando assim essa rota aérea. A idéia encontrou eco na mente de seu colega e, juntos, começaram a trabalhar. Lutaram com força de vontade e, finalmente, conseguiram um banqueiro, Andrew Smith Jr., que asseguraria verbas para o atrevido projeto.
 
Assim, contrataram da Fábrica Curtis, um hidroavião biplano com 28 metros de envergadura e dois motores Liberty de 400 hp, cada. A máquina voadora pesava 8000 kg. Depois do avião pronto decidiram batizá-lo de Sampaio Corrêa em homenagem  ao senador e presidente do Aeroclube do Rio de Janeiro.
 
A tripulação era composta pelo piloto Walter Hinton, co-piloto Pinto Martins, mecânico de bordo Jonh Edward Wilshusen, da Fábrica Curtiss, e para retratar a travessia George Thomas Bye, jornalista do New York Word e o cinegrafista John Thomas Baltzel da Pathé News.
 

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A Viagem
 
O hidroavião com sua equipe deveria decolar no dia 16/08/1922, mas ao colocá-lo no Rio Hudson, houve uma pequena avaria na asa esquerda, adiando então sua partida. Por fim, no dia 17/08/1922, decolou do estuário do Hudson o majestoso Sampaio Corrêa, aplaudidos por milhares de pessoas.
 
A meteorologia que iniciava seus estudos, previa riscos de tempestades mas a equipe, afoita, não se importou e decolou  sumindo no horizonte, assistidos das margens do Rio Hudson entre as ilhas de Manhatam e New Jersey. Logo abaixo o depoimento da Revista Semana do Rio de Janeiro, sobre a decolagem:
 
"A Doca do North River, diante da Rua 86, parecia mais um formigueiro humano. Mais de um milhão de pessoas havia se aglomerado de encontro ao cais com os olhos fixos no grande pássaro mecânico. O hidroavião Sampaio Corrêa, pintado de novo, ostentava nos flancos as bandeiras consteladas das duas grandes repúblicas irmãs. Às 15:00 horas contadas uma por uma nos relógios da cidade, os possantes motores começaram a roncar soturnamente. Com quatro  ou cinco manobras hábeis o aparelho movia-se, evoluía entre embarcações apinhadas de gente, procurando a parte mais ampla e livre do rio. Houve então um prodígio. Erguendo-se daquele milhão de almas em desatino, dez talvez cem milhões de vivas atroaram os ares. Concentraram-se neles, durante largo tempo, todos  os rumores da metrópole tumultuosa e fervilhante. New York que palpitou naquele brado, partido daquelas bocas de todas as idades, de todos os feitios, de todas as condições. Dir-se-ia que era a boca da cidade que gritava".    
 
A verdade é que, apesar de saberem estar na época de grandes temporais, nossos afoitos aventureiros, se atreveram a iniciar a viagem. Neste mesmo dia, 17/08/1922,  o avião foi obrigado a pousar em Nanten, por causa de um forte temporal. Pernoitaram ali, e decolaram de manhã com destino a Southport,  onde chegaram dia 19/08/1922. Prosseguiram viagem e dia 20/08/1922 chegaram em Charlston, sem dificuldades. Reiniciaram a viagem e tiveram que pousar em West Palm Beach devido a outro temporal. Partiram dia 21/08/1922 às 11:00 horas e amerissaram em Nassau, onde pernoitaram, seguindo de manhã com destino a Porto Príncipe no Haiti. Neste trecho foram surpreendidos por forte borrasca, perderam altitude e caíram no mar por volta das 20:00 hs, ao leste da ilha de Cuba, além do Cabo Maisi.
 
As coisas nesta noite ficaram pretas. Eles estavam em pleno Atlântico, escuridão total, riscos de tubarões e afogamento. Felizmente, não ficaram feridos na queda. O Sampaio Corrêa ainda flutuava e eles localizaram as pistolas sinalizadoras, encontradas com dificuldades no escuro. Assim os fogos de artifícios  iluminaram os céus do oceano, naquela noite, num desesperado pedido de socorro. Lamentavelmente, estes  sinais não foram vistos...
 
A situação tendia a complicar, pois no avião entrava água por buracos feito pela colisão com o mar. Foi neste clima de preocupação, que Pinto Martins com seus bons conhecimentos de náutica, lembrou-se que tinham uma lanterna grande, a qual achou numa parte do avião, ainda seca. O jovem intrépido subiu no nariz da nave naufragando e passou a  fazer sinais luminosos de socorro. Não demorou muito, pois perto dali, a Canhoneira da Marinha Americana Denver, viu os sinais luminosos e apitou, seguindo em socorro dos náufragos. Foram feitas tentativas, em vão, de rebocar o Sampaio Corrêa que acabou indo para o fundo do mar sob os olhares tristes dos aventureiros.
 
O próprio Pinto Martins deu a seguinte declaração ao Jornal do Brasil:
 
"... Sendo piores possíveis as condições atmosféricas, os aparelhos de altitude perderam a precisão. Reinava forte cerração e quando acreditávamos estar muito acima do nível das águas, nela batemos com violência. Com a força do choque o aparelho furou e foi invadido pela água..."
 
Avião perdido, os náufragos foram levados para a Base Naval de Guantânamo, em Cuba. Pinto Martins e seus amigos não enfraqueceram, continuaram com a idéia de provar que uma rota aérea ligando as Américas (norte e sul) era viável. Assim, acabaram conseguindo que o jornal The New York Word lhes dessem um outro avião para continuarem a viagem. Viajaram para Flórida, Escola Naval de Pensacola, onde outro avião adquirido pelo jornal os esperava. Era um hidroavião com seis anos de uso, que pertenceu a Base. Graças a esta doação, em 04/09/1922, em São Petersburgo,  na Flórida, receberam a nave e batizaram-na deSampaio Corrêa II.
 
Nossos aventureiros continuavam afoitos e logo decolaram da Flórida, pousando em Porto Príncipe no Haiti em 07/09/1922. Ali, com problemas  no sistema de  refrigeração do avião ficaram 30 dias parados, até que peças de reposição chegassem de navio vindo dos Estados Unidos. Em 07/10/1922 decolam novamente com destino a São Domingos, República Dominicana, onde pernoitaram, seguindo para Porto Rico.
 
Continuaram a viagem chegando em Guadalupe e partiram para Martinica onde pousaram em 12/10/1922. Avião no ar novamente, com muitas dificuldades causadas por chuvas, chegaram em Port Spain, Trindad e Tobago, no dia 15/10/1922. Ali, perderam mais 30 dias com troca de hélices e outros consertos.
 
Em 21/11/1922, decolam para Georgetown na Guiana Inglesa, dali para Paramaribo, Guiana Holandesa, Caiena , Guiana Francesa e, finalmente em 01/12/1922, pousaram no Brasil, no Estado do Pará, no Rio Cunani, ao norte da foz do Rio Amazonas.

 
O episódio foi posteriormente narrado pelo próprio Pinto Martins a um repórter do jornal O Estado do Pará:
 
"Quando levantamos vôo de Caiena encontramos forte temporal pela proa. Rompemos o mau tempo com dificuldade, mas tivemos de procurar abrigo. Tomei a direção do aparelho (ele era co-piloto) e depois de reconhecer o Rio Cunani aí descemos às 3:30 hs. O tempo, lá fora, era impetuoso e ameaçador. Não nos foi possível prosseguir e passamos a noite matando mosquitos e com bastante fome, pois não contávamos interromper a rota…"
 
Os rapazes ávidos por aventuras, e estas não faltavam, prosseguiram para a Ilha de Maracá, Belém, e Bragança onde obrigados por um temporal, pousaram no Rio Caeté. Passaram três dias em Bragança seguindo viagem para São Luis, MA.
 
Às 12:00 hs do dia 14/12/1922, o Sampaio Correia II desceu na Baia de São Marcos, desembarcando na ilha de São Luis, no Maranhão, onde ficaram até dia 19/12/1922.
 
Finalmente, quatro horas e meia após a decolagem, dia 19/12/1922, pousaram em Camocim, terra natal de Pinto Martins. Depois das muitas já conhecidas homenagens, partiram no dia seguinte para Aracati, sem pousar em Fortaleza por dificuldades de amerissagem nas águas agitadas da enseada do Mucuripe.
 
Pernoitaram em Aracati e voaram para Natal onde dormiram um sono reparador. Logo bem cedinho, decolaram em direção ao sul. Mal viajaram 50 milhas quando o motor de bombordo apresentou um problema. Estavam sobrevoando ainda o território Potiguar, perto de Conguaretama, Bahia Formosa, e uma grave pane no motor esquerdo  os forçou a amerissar na citada Baía. Analisado o motor descobriram que algumas engrenagens estavam irremediavelmente danificadas e tinham que ser substituídas. Só conseguiram o conserto das peças em Recife, PE. Pinto Martins, que havia viajado para resolver o problema, retornou dias depois com as peças para reparar o motor.
 
Foi com muita dificuldades que decolaram de Bahia Formosa, rumo a Recife. Nova pane os forçou descer em Cabedelo, sendo que desta vez a coisa era bem pior. A viagem quase terminou por ali, não fosse o Comandante da Aviação Naval, Capitão de Mar e Guerra, Protógenes Guimarães que, vendo a situação desesperadora dos viajantes com o motor irrecuperavelmente danificado, doou-lhes um novo. Esta simpática doação possibilitou a continuação da viagem.
 
O futuro mostraria que este Comandante teria pela frente uma bela carreira e chegaria a ser Ministro da Marinha.
 
Trocado o malfadado motor, eles decolaram de Cabedelo e pousaram no Recife. Ali, como em todos os lugares que pararam, foram muito bem recebidos, com festas, visita ao Governador, enfim, todas as honrarias de heróis. Pinto Martins, em Recife, teve a alegria de abraçar seu pai e suas duas irmãs, Abgail e Carmen. Daí para frente, a viagem seria tranquila pois estavam no nordeste e a possibilidade de mal tempo era mínima.
 
Ficaram em Recife por 3 dias e seguiram viagem às 11:00 hs rumo a Alagoas, pousando em Maceió onde permaneceram até o dia seguinte. Dali até Salvador, após as festas costumeiras, foram apenas 3:50 hs. Na capital baiana, as festas e homenagens foram muitas. Autoridades diversas, inclusive o Cônsul Americano que prestigiou as cerimônias de saudações aos conquistadores da travessia.
 
Partiram no fim de semana, 04/02/1923, às 12:55 pousando em Porto Seguro às 16:30 hs. Após reabastecer o avião e tendo tido uma noite tranquila, partiram às 8:50 hs para Vitória no Espírito Santo. Eram 12:12 hs quando tiveram inícios as festividades de  recepção aos viajantes.
 
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Walter Hilton e Euclides Pinto Martins
A Chegada
 
Faltava pouco para a chegada ao Rio de Janeiro e era necessário programar pois, uma esquadrilha da Aviação Naval, planejava escolta-los ao local da chegada. Autoridades estariam presentes, afinal seria a grande conquista de uma rota que viria a ser explorada, no porvir, por grandes empresas da aviação mundial.
 
Partiram, ansiosos, às 12:30 hs, com destino a Cabo Frio e depois ao Rio de Janeiro. Amerissaram em Cabo Frio às 15:15 hs em 07/02/1923 de fevereiro onde pernoitaram.
 
Às 10:35 hs decolaram voando sobre Araruama, Saquarema, Maricá e demais localidades costeiras fluminenses. Finalmente, às 11:32 hs do dia 08/02/1923, o avião é avistado sobrevoando a  Baía da Guanabara.
 
Ao pousar foram recebidos na lancha Independência do Ministério da Marinha onde o primeiro a ser abraçado pelo Senador Sampaio Correia foi Pinto Martins seguido por Hilton, o piloto, George Thomas, o jornalista e por fim o cinegrafista, John Thomas que, afinal, filmava o evento.
  
Vários dias de festas e glórias  aconteceram no Rio de Janeiro.
 
Viajou à Europa, voltou ao Rio de Janeiro e iniciou negociações para explorar petróleo.
 

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Morte
 
Apesar de tantas glórias, Euclides Pinto Martins teve muitas dificuldades consequentes de suas aventuras. Dívidas adquiridas precisavam ser pagas. Após o"Raid", a fama e a glória, ele sentia o peso de ser um homem comum e com pouco dinheiro. Sua mulher se recusava a morar no Brasil e entrou com a ação e divórcio. Estava sendo pressionado para pagar o dinheiro emprestado para financiar o evento, U$19.000. Foi neste clima que, tristemente, encontraram  Pinto Martins morto em seu quarto com um tiro na cabeça vitimado talvez por uma crise de depressão. Era o dia 12/04/1924, pouco mais de um ano depois de tão glorioso feito.
 
Nada mais se sabe a respeito de sua morte dada oficialmente como suicídio. Em profundo respeito a este grande conquistador nos limitaremos a reproduzir as palavras de seu pai sobre seu desaparecimento:
 
"Está provado que ele chegou a este estado de desespero levado por privações muito cruéis... Sua morte foi conseqüência da dignidade e altivez de seu caráter..."

 
Até hoje o episódio não está bem explicado, mas Monteiro Lobato, em seu livro "Escândalo do Petróleo e do Ferro", sustenta que Pinto Martins foi vítima dos poderosos lobbies interessados em atrasar o desenvolvimento brasileiro.
 
Em 1952, atendendo as aspirações dos seus conterrâneos, o presidente Café Filho sancionou lei no Congresso Nacional oficializando o nome de Pinto Martins para o aeroporto da capital cearense, que atualmente chama-se Aeroporto Internacional Pinto Martins. Justiça, mas ainda pequena, para o homem dinâmico que na década de 20 soube antever a importância econômica da ligação aérea regular entre os Estados Unidos e o Brasil. E que teve coragem de investir na exploração de petróleo, no Brasil, quando isso era por todos apontado como uma loucura. Sobre a relação de Pinto Martins com a exploração do petróleo, há algumas informações adicionais no livro de Monteiro Lobato "O Escândalo do Ferro e do Petróleo", que o coloca como um dos mártires dos estudos de prospecção de petróleo no país. A viagem New York - Rio de Janeiro também era considerada loucura, mas ele a concluiu.
 
A população de Camocim, CE, sua terra natal, considera-o um herói por seu ato de coragem e pioneirismo.