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LUIZ BANDEIRA
(74 anos)
Cantor, Compositor, Instrumentista, Produtor Fonográfico e Rádio-Ator
* Recife, PE (25/12/1923)
+ Recife, PE (22/02/1998)-CAPRICORNIO
 
Luiz Bandeira foi um cantor, compositor, violonista e produtor fonográfico pernambucano, nasceu em 25/12/1923, no Recife, PE. Passou parte de sua infância em Maceió, AL, onde participou de grupos de repentistas nas freiras locais.
 
Iniciou sua carreira artística no programa de Abílio de Castro"Valores Desconhecidos", na Rádio Clube de Pernambuco em 1939, ingressando logo depois para o cast profissional daquela emissora, incentivado pelo maestro Nelson Ferreira, então diretor-artístico da emissora, e pelos compositores Capiba eCarnera.
 
Naquela rádio foi violonista, radioator, cantor e compositor, inclusive fazendo também frevos para propaganda, além de integrar o conjunto vocal Garotos da Lua, formado por Inaldo VilarimErnani ReisJosé RabeloMadeirinha e Djalma Torres.
 
Em 1942 ingressou como cantor para a Orquestra de Nelson Ferreira, apresentando-se no carnaval e nas festas dos clubes sociais do Recife. Em 1948 transferiu-se para o Rádio Jornal do Commercio, onde foi arranjador do conjunto vocal As Três Marias, (Maria TherezaMaria do Amparo e Maria Luiz Oliveira), de grande sucesso na época, trabalhando ainda como cantor e corretor de publicidade.
 
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Em 1950 fixou residência no Rio de Janeiro, levado por Caribé Rocha, onde estreou no Copacabana Palace, passando a cantar com o conjunto de Moacir Silva. Em 1955 compôs "Na Cadência Do Samba", também conhecida como "Que Bonito É", que foi por muitos anos executada como tema de jogos de futebol exibidos por um  jornal de cinema, o famoso "Canal 100", e dois anos depois "O Apito No Samba", que veio a receber posteriormente letra de Luís Antônio.
 
Para o carnaval de 1956 fez sucesso com "Madeira De Lei", samba em parceria com Renato Araújo, gravado por Heleninha Costa. Para o ano seguinte, já com saudade de sua terra, estourou nas paradas com "Recado à Olinda".
 
Para o Carnaval do Recife compôs, em 1957, "É De Fazer Chorar", gravado por Carmélia Alves em 1957 (Copacabana nº 5699, Matriz 1725), que tinha na outra face o frevo instrumental, "Carabina", também de autoria do próprio Luiz Bandeira.
 
A distância do Recife foi sempre uma preocupação constante, como pôde expressar nos seus frevos que se transformaram em verdadeiros cartões postais da sua cidade como é o caso de "Voltei Recife", frevo canção de 1959, seguindo-se de "Novamente" em 1967.
 
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Em 1979 foi vencedor do primeiro Frevança - Encontro Nacional do Frevo, com o frevo-canção "Linha De Frente", gravado por Claudionor Germano (Cactus LP 9999), figurando no mesmo ano no disco "O Bom Do Carnaval" (CID 4077), com os frevos "Recife Meu Amor" e "Linha De Frente".
 
Voltando a residir no Recife, a partir de 1984, colocou no ano seguinte, melodia na letra do então governador Gustavo Krause"Fogo Do Galo", frevo canção de grande sucesso em homenagem ao Clube de Máscaras Galo da Madrugada. No mesmo ano, em 09/12, fez um recital no Teatro Valdemar de Oliveira, dentro do programa"Encontro Às Segundas", onde acompanhado pelo maestro Edson Rodrigues, apresentou toda sua obra de compositor até aquela data.
 
Em 1985 voltou a ser o vencedor na categoria de melhor interprete e de melhor frevo canção, no 7º Frevança - Encontro Nacional do Frevo e do Maracatu, com o frevo de sua autoria, "Dina", interpretado por ele mesmo.
 
No Recife procurou resgatar sua obra com a publicação dos discos, "Voltei Recife"(Polydisc 512.404.117), em 1985, e "Como Sempre Fui - 50 Anos De Vida Artística" (Intuição 804.405), em 1991.
 
Em 1998, foi homenageado pelo Serviço Social da Indústria (Sesi), com o CD"Luiz Bandeira - Sua Música e Seus Amigos" (Seleto 199.003.058), uma produção musical de Edson Rodrigues, responsável por todos os arranjos, na qual estão gravadas as composições suas.
 
Além de músicas carnavalescas, também é autor de sucessos gravados por Luiz Gonzaga"Onde Tu Tá, Neném", por Clara Nunes"Viola De Penedo", e muitos outros nomes da música popular brasileira.