César Ladeira
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CÉSAR ROCHA BRITO LADEIRA
(58 anos)
Radialista e Produtor de Rádio
* Campinas, SP (11/12/1910)
+ Rio de Janeiro, RJ (08/09/1969) - SAGITÁRIO
 
Aluno da Faculdade de Direito quando, em 1931, quando ficou seduzido pelo rádio que começava a tomar um impulso extraordinário em todo o Brasil, e estreou como locutor na Rádio Record de São Paulo.
 
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A Rádio Record de São Paulo, adquirida em 1931 por Paulo Machado de Carvalho, assume o papel de porta-voz do movimento insurrecional e pelas vozes de três locutores: César Ladeira, Nicolau Tuma e Renato Macedo, tendo por fundo musical a marcha Paris Belfort, levava a todo país o noticiário dos revoltosos paulistas furando o bloqueio da censura varguista.
 
Sua fama transpôs as fronteiras do estado de São Paulo e espalhou-se por todo o país em 1932, durante a Revolução Constitucionalista, quando sempre à meia-noite, transmitia com entusiasmo as idéias do movimento. César Ladeira causou impacto neste ano. Depois, com a vitória do governo central, quase foi deportado com Paulo Machado de Carvalho, criador do rádio-jornalismo.
 
Em 1933, chegava ao Rio de Janeiro para assinar contrato na Rádio Mayrink Veiga, como locutor e diretor artístico. Atuava como um embaixador da musica paulistana, trazendo para a então capital da república os novos valores lá revelados. Desta forma aqui chegou Zézinho em 1933, passando logo a integrar o famoso regional da Rádio Mayrink Veiga.
 
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Mesmo com o término da revolução e tendo se mudado para o Rio de Janeiro,César Ladeira - campinense de nascimento - não encerraria sua ligação com o ideal dos bravos heróis de 1932.

Em 1957, na ocasião da celebração dos 25 anos da Revolução Constitucionalista, o locutor lançaria um LP chamado: São Paulo de 32.

Neste álbum totalmente narrado por ele, temos uma crônica de sua própria autoria chamada 25 Anos Depois além de poemas de 
Guilherme de Almeida e Oliveira Ribeiro Neto.
 
Em 1935 estréia no cinema em Alô, Alô Brasil.
 
Em 1936 é a vez de César Ladeira buscar uma turma da pesada: Aimoré, Garoto,Nestor Amaral e Laurindo Almeida.
 
O locutor brasileiro nasceu da voz de César Ladeira, plena de "erres" iniciais carregados, copiados dos argentinos que os empregam só para distingui-los dos"agás" aspirados do espanhol. A voz grave de César Ladeira já era a mensagem em si. Ele começava na Rádio Mayrink Veiga do Rio de Janeiro, depois da Hora do Brasil, e enfiava propaganda e cantores durante duas horas.
 
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Deu novo ritmo à programação da emissora, dividindo-a em horários definidos e especializados, e um epíteto consagrador a cada artista do seu elenco. Desta forma, alguns cantores passaram a ser identificados: A Pequena Notável para Carmen Miranda, O Cantor Que Dispensa Adjetivos para Carlos Galhardo, O Caboclinho Querido para Sílvio Caldas, A Garota Grau Dez para Emilinha Borba e O Cantor das Mil e Uma Fãs para Ciro Monteiro.
 
Despertou o gosto dos ouvintes para a crônica vibrante, o editorial e o comentário. Difundiu programas literário-musicais de fim de noite, estimulando a cultura e colocando a Rádio Mayrink Veiga na preferência dos ouvintes.
 
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Carlos Lacerda, César Ladeira, Luiz Vieira
Locutor mais imitado do rádio brasileiro, em 1948 transferiu-se para a Rádio Nacional do Rio de Janeiro, onde apresentou com grande sucesso o programa Seu Criado, Obrigado, ao lado de Daisy Lúcidi, durante dez anos, a Crônica da Cidade, por 20 anos e escreveu vários programas musicais.
 
César Ladeira participou ainda de alguns filmes brasileiros e criou a Empresa Brasileira de Comédias Musicais, produzindo o Café Concerto, espetáculo de luxo encenado nas boates cariocas Casablanca e Acapulco. Em 1967, apresentava-se em teatros de comédia na extinta TV Tupi Rio do Rio de Janeiro.
 
Foi marido da atriz Renata Fronzi. Seus filhos, Cesar Fronzi Ladeira e Renato Fronzi Ladeira, foram os criadores da banda de rock A Bolha.
 
É nome de rua em sua cidade natal.