"Jesus nazareno"
Jesus o Nazareno.
Depois de terminar seus afazeres, reparar uma mesa quebrada e umas cadeiras desengonçadas, trabalho feito com muito amor e carinho influenciado e ensinado por seu pai José, Jesus foi até ao pé do mar da Galileia.
Mar bonito e abundante em peixe nativo que os circundantes pescam para sua subsistência, esse é o seu mar, o mar da abundância e onde Jesus se virá a identificar como pescadores de homens. Se contextualizar-mos poderemos pensar em um líder de métodos ortodoxos ou no mínimo com cariz violento, mas não, Jesus pauta-se por colher e desfrutar do meio ambiente que o rodeia. Jamais a violência normal das brincadeiras das turbas e dos jovens de sua geração , normalíssimo em todas as épocas, isto claro analisado no contexto demográfico em que Jesus cresce, suas atitudes são diferentes, aliás, não fora sem motivo que Maria, sua mãe, fora escolhida por Deus para dar vida a Seu filho que se desposou de sua divindade e encarnar na humanidade, sua peculiar educação sempre foi influenciada por algo celestial que os envolveu, os anjos tiveram o cuidado de facultar a esta família especial um ambiente de serenidade e amor. Claro que friso, apenas influencias e não por condutas pré-determinadas ou definidas, ainda hoje é possível assumir e sentir este tipo de apoio e influencia, basta estar-mos em perfeita harmonia com a vontade de Deus e sua vontade se expressa em nossa conduta de vida com os resultados inerentes de uma vida casta aos prazeres do mundo.
Mas Jesus assumiu este papel no céu sem que seu vinculo com a humanidade o separasse da génese que o rodeia, com a sua educação primorosa, á época, é que começa a se sentir escolhido, seu código parental o liga á sua família terrestre, não podia Deus , ou os anjos, o predeterminar como Deus encarnado. Seria demasiado óbvio que sua missão estaria comprometida, Ele sentiu todas as necessidades e fraquezas de um ser humano, mastigou a humildade de uma família pobre, estava habituado a viver as dificuldades do viver do resultado do trabalho, essa é no entanto uma ordem Divina” do suor do teu rosto comerás”.
Ao chegar á rebentação da água sentiu o fresco que o mar lhe transmitia, sentiu necessidade de partir até á outra margem, sua dependência com a família já não era ter que rodear a saia de sua mãe, gíria usada para os meninos que não têm autonomia na sua adolescência, Jesus desde cedo se auto-determinou, não fora sem motivo que ficou no templo e questionou os doutores da lei, sua mente se desenvolveu acima da média pela esfera que o rodeou, fora-lhe dado a oportunidade de consultar o “Tora”, coisa rara na época, era um privilégio de poucos ter acesso á cultura escrita, a tradição era transmitida por contos e histórias, era assim que se perpetuavam as genealogias e conhecimento geral, dialogava-se.
Convidou os amigos para embarcarem até á outra margem , tinha desejo de partilhar, sua conduta o identifica com uma necessidade extrema de levar aos outros a sua paz, o seu amor em prol de quem necessita, e nos identificar-mos á sua época ser-nos-á fácil entender as necessidades daquelas gentes, rudes no trabalho e solícitos em se fechar em si mesmos. Temos que entender que o povo estava sujeito a uma ditadura governamental, o regime dos “Césares”, tudo era taxado em larga escala, o povo estava oprimido, sentia vontade de revolta mas lhes faltava um líder. Depois de passado o mar, difícil pois naquele não havia vento, a vela não pode ser içada passaram o largo a remo. As pessoas da outra margem os questionaram sobre sua deslocação, Jesus já era sobejamente conhecido como letrado, sua estadia no templo a debater com os fariseus não fora despercebida, temos que concordar que as noticias se espalhavam, era uma forma de cultura. Não era sem motivo que quando Jesus disse “ Vem e segue-me”, sua autoridade de líder se afirmou, as pessoas e os jovens viam Nele um ser diferente, alguém que se determinava e afirmava, Sua vontade era de fazer os outros conhecerem quem o enviou, conhecerem o Pai celestial o criador de todas as coisas o vir e o porvir. Jesus sentia essa necessidade de proclamar a palavra de Deus. “Posso todas as coisas naquele que me fortalece”, Jesus sabia as suas capacidades, lhes foram outorgadas pelas leituras e conhecimento da lei, sabia as profecias, se identificou com elas, decerto não foi fácil, afinal fora um menino como os outros, com as mesmas traquinices sempre condicionadas e direccionadas por sua mãe, uma mãe especial que Deus escolheu no meio de seu povo, afinal aquele é a sua geração de eleitos, os seus filhos amados em quem Se comprazia. Ao longo da história desta terra sempre houve um grupo restrito de pessoas que adoravam e aceitavam a Deus como seu mantenedor, fora assim hoje e a história da humanidade se escreveria com outros capítulos, mas um ser outrora líder de hostes celestiais sempre se pautou por contrariar os desígnios de Deus o criador. Desde o primeiro momento que lucífer foi expulso do céu, ele e seus seguidores e não foram poucos um terço de anjos será certamente um numero considerável, Jesus sempre esteve em sua mira, foi tentado que Herodes o eliminasse, e decerto muitas outras vezes este anátema tentaria a vida do salvador, ele sabia que seria este que poria fim ao seu reino de destruição, mas os anjos o refreava, não lhe era permitido abrir guerra directa conta Jesus o filho de Deus.