O meu sentindo de Milton Nascimento

O que dizer de Milton Nascimento?

Milton, você canta “qualquer maneira de amor vale a pena”.

E... esse amor que tenho por você é algo que vale a pena.

É um amor, qualquer coisa além do artista.

E a tietagem não pode explicá-lo.

Ela muito medíocre para poder fazê-lo.

É o amor da beleza do seu canto.

Da sonoridade da sua voz,

Para mim ancestral.

Do encanto da sua poesia,

Qualquer coisa, de arquetípica, para mim.

E, que me acompanhou naquilo que fui me fazendo, pela vida.

Sujeito!

“Agora não pergunto mais pra onde vai a estrada

Agora não espero mais aquela madrugada

Vai ser, vai ser, vai ter de ser, vai ser faca amolada

O brilho cego de paixão e fé, faca amolada”.

E, pus “a mão na mágoa, põe a mão no povo

Põe a mão na massa pra fazer...” – aquilo que me tornei.

Mulher!

“Maria, Maria

É um dom, uma certa magia

Uma força que nos alerta

Uma mulher que merece

Viver e amar

Como outra qualquer

Do planeta”.

Sempre na sua companhia fui me entendendo e amadurecendo para não aceitar “Qualquer sacanagem ser coisa normal”.

Por tudo isso e, também, por aquilo que conheço da tua história pessoal é um amor, com o sabor das palavras de outro amado poeta,

Que tem “qualquer coisa de triste”, mas não somente.

Tem qualquer coisa de alegre também.

Não sei. É o indizível..., porque não há palavras suficientes para dizê-lo.

Sei que é um sentimento de síntese daquilo que é ancestral da raça humana e, que, arquetipicamente, em mais uma de suas canções, une todos NÓS.

“Ponha fé na vida, ponha o pé na terra

Fale com quem fala o mesmo que você

Sonhe com quem sonha o mesmo que você

Viva com o povo da raça Brasil”

“Venha para a rua ver o movimento

De João, Maria, Tereza e José

Gente que nasceu, amou, sofreu aqui

Todo dia carregando a mesma cruz”.

Que, uma vez, juntos pede a si mesmo, sonha e age.

“Mate a minha sede, mate a minha fome

Faça do meu corpo o seu corpo irmão

Com um nó bem dado como um cipó

Que ninguém consegue nunca desatar”.

“Sonhe com um sonho que ninguém sonhara

Sonhe com um povo gêmeo siamês

Que nenhuma força pode separar

Que nasceu unido e unido vai viver”.

“Põe a mão na água, põe a mão no fogo

Põe a mão na brasa do meu coração

Põe a mão na mágoa, põe a mão no povo

Põe a mão na massa pra fazer o pão”.

Francisca de Assis Rocha Alves
Enviado por Francisca de Assis Rocha Alves em 21/07/2013
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