EU ME VEJO TÃO SÓ
ABRO A JANELA E O SOL SE ESCONDE
JÁ NÃO TEM MAIS BRILHO E CALOR PELA MANHÃ
SINTO MEDO
JÁ NÃO SOU CRIANÇA PARA CORRER E ME ACOLHER EM TEUS BRAÇOS
LEMBRO QUE ME COLOCAVA  NA CAMA E SÓ SAIA QUANDO EU DORMIA
ATÉ QUE DESCOBRI:  VOCÊ NÃO EXISTIA!
ERA COISA DA MINHA CABEÇA INOCENTE
DE CRIANÇA CARENTE
QUE QUERIA ACONCHEGO
A VOZ DE UM PAI.
 
AGOSTO SE APROXIMA E NÃO CONSIGO
HOMENAGEAR UM HOMEM PATERNO
A REFERÊNCIA QUE EU DEVERIA TER
INFELIZMENTE NÃO TENHO
FICA AQUI A REFLEXÃO EM CADA PAI
NUNCA ABANDONE  FILHOS E OU FILHAS
AS MARCAS QUE NA CAMINHADA DEIXAM
SÃO  PEGADAS FRAGMENTADAS
SEM IDENTIDADE, E NUMA REALIDADE PERVERSA
HUMANOS SEM O DOMÍNIO DO ATO PROTEÇÃO.
 
 
Leah Ribeiro Pinheiro
Enviado por Leah Ribeiro Pinheiro em 21/07/2013
Reeditado em 05/02/2018
Código do texto: T4397034
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