ESTÊVÃO JOSÉ CARNEIRO DA CUNHA
FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR
Preliminarmente, é importante mencionar de que Estêvão José Carneiro da Cunha, militar e político brasileiro, nasceu no em 1762, em Recife, Estado de Pernambuco, filho de João Carneiro da Cunha, sargento-mor da Vila de Igarassu, em Pernambuco e faleceu no Rio de Janeiro em 12 de outubro de 1832, em pleno exercício do mandado de Senador do Império, representando a Paraíba. Foi um dos principais revolucionários de 1817, que na época era comandante da tropa de linha da Capitania da Paraíba, valendo salientar de que aderiu entusiasticamente a revolução mencionada juntamente com o seu cunhado Amaro Gomes Coutinho, Mártir da Revolução de 1817. Ressaltamos que no momento exalto para se travar a luta foi de opinião contrária, afirmando que seria melhor evitar inútil derramamento de sangue entre irmãos. Diante do fracasso da Revolução de 1817, ele fugiu para a Inglaterra e ai permaneceu até 1821. Os seus bens foram sequestrados a 24 de maio e a 21 de julho de 1817, os quais foram arrematados em hasta pública por 2:130$000 (dois mil, cento e trinta contos de réis) no dia 20 de maio de 1819, valendo salientar de que o seu principal patrimônio que foi vendido através de arrematação a titulo de represália tendo em vista a sua participação no movimento revolucionário de 1817 contra a então Coroa Portuguesa. Foi também ilustre membro das Academias do Cabo e Paraíso (Portugal), além de cavaleiro da Ordem de São Beto de Aviz. Depois que o Brasil declarou-se independente de Portugal, ele regressou ao Brasil e foi nomeado Presidente da Provincia da Paraíba de 1822 a 1824. E de 1826 a 1832 foi um dos dois senadores da Paraíba no Senado da Câmara (como o povo chamava o atual Congresso Nacional) até o dia de sua morte, ao lado do Marquez de Queluz (João Severiano Maciel da Costa, que era magistrado).
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Referência
BITTENCOURT, Liberato. Homens do Brasil. Volume II – Parahyba – Rio de Janeiro: Livraria e Papelaria Gomes Pereira, Editor, 1914, p. 89.