POR UMA QUESTÃO DE INFORMAÇÃO
Por uma questão de informação, resolvi procurar nos arquivos do Museu Histórico e Pedagógico “Prof. Flávio da Silva Oliveira”, um arquivo sobre a história de Porto Ferreira, e encontrei um belo relato escrito pelo meu amigo “Orestes Rocha”, de saudosa memória. Texto este publicado no Jornal “A Semana” - 8-12-2006, cujo título foi: RETRATO DO PASSADO. Baseando no texto acabei criando um simples acróstico, resumindo a história, mas inserindo também o conteúdo extraído.
Com a facilidade de pesquisar na web, digitei a palavra no link da Google, e encontrei a informação sobre o nome completo de Dom Pedro II, e as explicações de todos que foram agregados, mas na verdade ficou conhecido com o título final de Dom Pedro II.
Dom Pedro II
Dom Pedro II
O imperador do Brasil, já previa o fim da
Monarquia quando visitava
Porto Ferreira com a sua comitiva, isto
Em 1888, e a povoação toda engalanada.
Dr. Chicão Amaral foi seu compadre, e no vapor
Rio Bonito desceu até a Fazenda Paulicéia
Onde sua majestade pernoitou.
Curiosidade: o nome completo de D.Pedro II, e seus significados:
Pedro de Alcântara João Carlos Leopoldo Salvador Bibiano Francisco Xavier de Paula Leocádio Miguel Gabriel Rafael Gonzaga.
Pedro – Homenagem ao pai dele.
Alcântara – Homenagem a S. Pedro de Alcântara (padroeiro da Família Real Portuguesa, da Família Imperial Brasileira e Padroeira do Brasil, juntamente com Nossa Senhora Aparecida).
João – Homenagem ao avô paterno.
Carlos – Homenagem à avó paterna (Dona Carlota Joaquina).
Leopoldo – Homenagem à própria mãe (Leopoldina).
Salvador – A primeira lembrança que nos vem é a de Nosso Senhor Jesus Cristo, o Salvador. Todavia há, também, um São Salvador de Horta – 1567 – que tem esse nome por ter passado muitos anos no convento Francisco desse lugar, na Espanha.
Curiosamente São Salvador de Horta, ainda menino, perdeu pai e mãe, que foi o que aconteceu com D. Pedro II.
Bibiano – Homenagem à Santa Bibiana (virgem e mártir), cuja data festiva é em 2 de dezembro, data de nascimento do Imperador.
Francisco – Homenagem aos dois santos:
Xavier – São Francisco Xavier.
Paula – São Francisco de Paula.
Leocádio – Homenagem à Santa Leocádia (virgem e mártir), principal padroeira de Toledo. Segundo a tradição, ela pertencia à nobreza daquela cidade.
Miguel – Homenagem a São Miguel Arcanjo
Gabriel – Homenagem a São Gabriel Arcanjo
Rafael – Homenagem a São Rafael Arcanjo
Gonzaga – Homenagem a São Luiz Gonzaga
p.s: os nomes dos três arcanjos tradicionalmente constam da maioria dos nomes dos príncipes e princesas brasileiros.
1888 – VISITA ILUSTRE
Porto Ferreira vivia seus dias de mais intenso progresso com a chegada dos trens da Companhia Paulista em 1880 e a navegação fluvial que a mesma empresa inaugurou em 1884 e tinha aqui seu porto principal.
Era grande a movimentação nas docas, próximas à ponte de madeira. Ali os trens chegavam, trazendo principalmente o sal, e levavam café dessa grande região de Ribeirão Preto, conhecida por “Capital Mundial do Café”.
Trens, vapores e grandes lanchas em conexão chegavam e partiam com mercadorias e viajantes, oferecendo centenas de empregos. Constantemente novas famílias aqui chegavam e fixavam residência.
Com destino a Belém de Descalvado, dom Pedro II já havia passado por aqui, 1883. Logo depois da libertação dos escravos, em 1888, ele visitou Porto Ferreira, quando foi recebido pela povoação toda engalanada.
Em companhia da Imperatriz Tereza Cristina e de muitos convidados, almoçou no barracão das oficinas da Companhia Paulista, que tinha ornamentação de muito bom gosto, e em nome da população foi saudado pelo chefe das oficinas, senhor Alfredo Willian. Sua majestade agradeceu pela grande prova de estima de que era alvo, também prevendo a queda da monarquia e a vinda do governo republicano. Mostrou seu espírito liberal, pedindo aos convidados que se servissem antes dele e da imperatriz, de um belíssimo dourado que enfeitava ainda mais a grande mesa.
Na tarde daquele mesmo dia, no vapor Rio Bonito, desceu até a fazenda Paulicéia, do Dr. Francisco do Amaral, seu compadre, que era conhecido por Dr. Chicão do Amaral. Depois de alguns dias, retornou a São Paulo. Interessante é que a família do Dr. Chicão, depois da saída de dom Pedro, arranjou os moveis do quarto, onde sua majestade pernoitou, e durante muito tempo nele ninguém nunca mais entrou e conservou do mesmo modo.