MUDANÇA DE PARADIGMA 01- Paradigma Tradicional

Escreverei na forma de biografia a experiência que passei na vida, a mais significativa, a que mais trouxe consequências e pela qual me guio até hoje. Dou o nome de mudança de paradigma, pois é isso que realmente aconteceu. Foi uma experiência solitária, apesar de ter diversas pessoas ao meu lado e muitas diretamente envolvidas. Não sei se fiz o correto, pois eu não tenho a palavra final quanto a verdade universal, mas acredito que tenha agido de forma correta com todos.

Meu objetivo ao escrever assim de forma pública essa experiência é para obter opiniões de outras inteligências que veem a vida por outros prismas e podem ter uma verdade mais consistente que a minha. Sei que estou muito avançado no processo, cerca de 30 anos de maturação sobre uma ideia que se transformou em estilo de vida, em novo paradigma.

Começarei colocando o paradigma tradicional do qual eu era adepto. Eu casei com a mulher que escolhi, por amor. Acolhemos três filhos em nosso lar. Esperava viver até o fim com essa mulher escolhida, a minha esposa. Acreditava que viveria feliz com ela até o fim, sem brigas, sem discussão, sempre em harmonia. Nosso casamento seria feliz, não seria igual ao casamento da maioria que logo chegam ao fim. Eu veria o crescimento dos nossos filhos, o nascimentos dos netos, bisnetos e suas derivações familiares, sempre em harmonia com tudo e com todos. Não aceitava que o amor pudesse morrer e até se transformar em ódio, até o assassinato do ser amado, para mim era totalmente inconcebível.

A relação com minha esposa era muito transparente, claro que temos sentimentos e até algumas ações que não podem ser partilhadas, são coisas tão íntimas, às vezes de impossível realização, que é preferível ficar numa espécie de caixa preta. Esse aparato mental cada um deve ter, é impossível que sejamos transparentes em tudo, pois as vezes passam pensamentos que nem merecem ser divulgados para ninguém. Agora, naquilo que é significativo para um ou para ambos, merece ser compartilhado pelo casal.

Na questão financeira também deveria existir essa harmonia e até horizontalidade, isso é, o dinheiro que cada um ganha pode ser colocado numa conta conjunta para ser usado de forma igual por qualquer um dos dois, sem a questão de estar sendo colocado limite em função de que um ou outro ganha.

O lazer devia ser sempre realizado com a companheira e com os filhos dentro do maior grau de satisfação, inclusive com a participação dos demais parentes quando isso fosse possível. As viagens, as festas, os encontros de toda natureza, tudo deveria ter a participação da família assim constituída, em primeiro plano.

E a relação com a companheira jamais perderia o encanto, seguiria pelo tempo com o mesmo grau de carinho, nunca com a perspectiva de inclusão de outra pessoa para dividir esse espaço de harmonia. Era essa a informação que eu tinha da minha cultura, a respeito do casamento e que eu assumi como verdade e como paradigma de minha vida.

Agora vem uma parte importante deste trabalho que é a participação dos leitores. Fica o espaço para quem ler colocar sua opinião sobre o assunto e como forma de estímulo sempre farei algumas perguntas ao final:

1º) O seu paradigma de vida também é este?

2º) Se respondeu sim, consegue cumpri-lo com fidelidade?

3º) O que faltou nesse relato para completar o atual paradigma cultural com respeito ao casamento?

Sióstio de Lapa
Enviado por Sióstio de Lapa em 17/02/2013
Código do texto: T4144822
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