25º Conto Real-
1978- 20 anos--Formatura do Curso de contabilidade e casamento com o pai dos meus três filhos.
O ano de 1977 passou-se normalmente. Fui aprovada para o terceiro ano de contabilidade e estava muito satisfeita. Eu estava sozinha ainda. Não havia arrumado namorado. No próximo ano completaria 20 anos. No final de 1977 houve uma festa na casa do meu ex namorado, o do caminhão. Como era de se esperar , fizeram questão de nos convidar. Uma das minhas irmãs arranjou um amigo que iria pra lá e lógico, eu fui com eles.De casa até na roça era uns trinta minutos de carro. Qual não foi a surpresa quando lá chegamos. A sala estava cheia de casais dançando e a radiola, como dizia naquele tempo estava ligada. O som corria solto, e a animação tomava conta da festa. Mas tal não foi a minha decepção quandi o vi dançando com uma moça. Foi nessa noite que deceidi que voltaria o namoro com ele. Só que esse dia nunca devia ter acontecido na minha vida. No final , quando viemos embora eu despedí-me da mãe dele muito triste. Toda sua família percebera que eu não gostara do que vira. O meu orgulho estava ferido. A surpresa maior foi no outro dia quando ele chegou a noitinha me chamando para conversar. Ele percebeu que eu estava decepcionada e dali a alguns instantes já tínhamos voltado o namoro. Decidimos ficar noivos.A promessa foi que na sua próxima vinda a minha casa já traria as alianças. Eu realmente não sei o que sentia. Era um misto de dor e triunfo.Havia muito pouco de alegria em mim. Chegou o ano de 1978 e eu já estava estudando o último ano de contabilidade. Então houve um baile no Degrau. Como estava um pouco incerta sobre o que queria fui ao baile. Cheguei a aceitar o pedido de danças de alguns rapazes, inclusive dancei muito tempo com esse que hoje é o meu marido. Então ele falou que gostava de mim , mas nãopodia se casar, por questões financeiras. Se ele tivesse me pedido pra namorar e esperar mais um tempo eu teia aceitado. Mas ele não pediu. Então essa noite passou e ficou eternamente na minha memória. Aquele dia houve um enlace em nossas almas e eu não soube discernir. Também fiquei sabendo que logo depois daquela noite ele foi embora pro Pará e por lá ficou , e eu nem lembrava mais dele. Fiquei noiva do caminhoneiro. Meu pai ficou todo feliz. Podia ver no rosto dele toda a sua alegria. Fiz vinte anos em março daquele ano- 1978.
Ainda estava no ginásio. O meu ex namorado Cândido aproximou-se um dia de mim. Estava encostada no muro do corredor, onde os alunos se encostavam para olhar as luzes da cidade embaixo. De lá de cima eu localizava a minha rua, a minha casa, parece que eu via até dentro da minha casa. O Cândido então aproximou-se. Me cumprimentou e eu respondi. Logo me disse que soube que eu estav noiva, me pediu que eu desmanchasse o noivado que ele iria se casar comigo. Eu respondi que não. Que não o queria mais. Essas foram nossas últimas palavras, pois não conversei mais com ele.
Uns tempos depois fiquei sabendo que ele se fora. Arranjou emprego em outro lugar e por lá virou detetive. Só o vi mais uma vez. Mas não conversamos. Eu já estav casada. Me casei no dia 05 de maio de 1978. A cerimônia foi simples. Minha mãe trabalhou bastante , lembro que ela ficou muito cansada. A casa que eu iria morar era em frente a da minha mãe. No dia do casamento minha casa já estava arrumada. Os presentes que eu ganhava ia colocando todos em cima da minha cama. Ao mesmo tempo que eu estava alegre, eu me sentia triste. Eu já não era mais a mesma. Da minha infância até aquele momento eu havia passado por várias transformações, O processo que eu passara durante toda a minha vida não fora dos mais alegres. Eu havia sofrido muito.Iria trilhar por um caminha que era para mim desconhecido: O casamento. Viajamos para vitória , no Espírito santo num automóvel amarelo emprestado por um amigo , casado com uma prima minha. E foi na minha viagem de lua de mel que meus olhos se abriram e eu comecei a enxergar a realidade. Comecei a sofrer calúnias desde a lua de mel.A descoberta do gênio dele foi um asurpresa para mim. Se mostrou muito agressivo e ignorante. Antes de uma semana já estávamos na minha cidade. E não demorou muito para que ele começasse novamente com as suas viagens para os quatro cantos do Brasil. Em Julho descobri que estava grávida da minha primeira filha. Naquele ano terminei o meu curso. Mas eu já estava com seis meses de gravidez, e já sabia o gosto da solidão. O meu marido mal chegava em casa, das viagens que ele fazia pro Norte, Nordeste, sul e Oeste...não ficava nem uma semana e já viajava de novo. A minha vida continuou assim. Da minha casa à casa da minha mãe. Me envolvi fazendo o enxoval do bebê. Como não sabia o que seria comprei um enxoval composto. Foi neste ano que perdi o meu pai. Em Dezembro de 1978 o meu pai se fora. E com ele foi um pedaço de mim. Os seus restos mortais estão enterrados aqui mesmo na cidade. Jamais esquecerei o sofrimento dele no hospital, em teófilo-Otoni. Não esqueceeri jamais o carro da funerária encostando na frente de casa , os homens pegando o esquife para colocá-lo no suporte, onde seu corpo foi velado a noite inteira e enterrado no outro dia.Não preciso falar do sofrimento dos meus irmãos e da minha mãe.O pior é queeu não podia nem me aproximar dele por que as pessoas não deixavam, com medo que eu sentisse fortes emoções e prejudicassem o bebê.Esse conto eu termino por aqui. Foi muito triste receordar esse fato real na minha vida. Abraços a todos. Voltarei no próximo conto real.
Autora:Margareth Rafael
A Primeira foto sou eu e a diretora do ginásio na época, recebendo o certificado.
A Segunda é a minha turma de contabilidade.
1978- 20 anos--Formatura do Curso de contabilidade e casamento com o pai dos meus três filhos.
O ano de 1977 passou-se normalmente. Fui aprovada para o terceiro ano de contabilidade e estava muito satisfeita. Eu estava sozinha ainda. Não havia arrumado namorado. No próximo ano completaria 20 anos. No final de 1977 houve uma festa na casa do meu ex namorado, o do caminhão. Como era de se esperar , fizeram questão de nos convidar. Uma das minhas irmãs arranjou um amigo que iria pra lá e lógico, eu fui com eles.De casa até na roça era uns trinta minutos de carro. Qual não foi a surpresa quando lá chegamos. A sala estava cheia de casais dançando e a radiola, como dizia naquele tempo estava ligada. O som corria solto, e a animação tomava conta da festa. Mas tal não foi a minha decepção quandi o vi dançando com uma moça. Foi nessa noite que deceidi que voltaria o namoro com ele. Só que esse dia nunca devia ter acontecido na minha vida. No final , quando viemos embora eu despedí-me da mãe dele muito triste. Toda sua família percebera que eu não gostara do que vira. O meu orgulho estava ferido. A surpresa maior foi no outro dia quando ele chegou a noitinha me chamando para conversar. Ele percebeu que eu estava decepcionada e dali a alguns instantes já tínhamos voltado o namoro. Decidimos ficar noivos.A promessa foi que na sua próxima vinda a minha casa já traria as alianças. Eu realmente não sei o que sentia. Era um misto de dor e triunfo.Havia muito pouco de alegria em mim. Chegou o ano de 1978 e eu já estava estudando o último ano de contabilidade. Então houve um baile no Degrau. Como estava um pouco incerta sobre o que queria fui ao baile. Cheguei a aceitar o pedido de danças de alguns rapazes, inclusive dancei muito tempo com esse que hoje é o meu marido. Então ele falou que gostava de mim , mas nãopodia se casar, por questões financeiras. Se ele tivesse me pedido pra namorar e esperar mais um tempo eu teia aceitado. Mas ele não pediu. Então essa noite passou e ficou eternamente na minha memória. Aquele dia houve um enlace em nossas almas e eu não soube discernir. Também fiquei sabendo que logo depois daquela noite ele foi embora pro Pará e por lá ficou , e eu nem lembrava mais dele. Fiquei noiva do caminhoneiro. Meu pai ficou todo feliz. Podia ver no rosto dele toda a sua alegria. Fiz vinte anos em março daquele ano- 1978.
Ainda estava no ginásio. O meu ex namorado Cândido aproximou-se um dia de mim. Estava encostada no muro do corredor, onde os alunos se encostavam para olhar as luzes da cidade embaixo. De lá de cima eu localizava a minha rua, a minha casa, parece que eu via até dentro da minha casa. O Cândido então aproximou-se. Me cumprimentou e eu respondi. Logo me disse que soube que eu estav noiva, me pediu que eu desmanchasse o noivado que ele iria se casar comigo. Eu respondi que não. Que não o queria mais. Essas foram nossas últimas palavras, pois não conversei mais com ele.
Uns tempos depois fiquei sabendo que ele se fora. Arranjou emprego em outro lugar e por lá virou detetive. Só o vi mais uma vez. Mas não conversamos. Eu já estav casada. Me casei no dia 05 de maio de 1978. A cerimônia foi simples. Minha mãe trabalhou bastante , lembro que ela ficou muito cansada. A casa que eu iria morar era em frente a da minha mãe. No dia do casamento minha casa já estava arrumada. Os presentes que eu ganhava ia colocando todos em cima da minha cama. Ao mesmo tempo que eu estava alegre, eu me sentia triste. Eu já não era mais a mesma. Da minha infância até aquele momento eu havia passado por várias transformações, O processo que eu passara durante toda a minha vida não fora dos mais alegres. Eu havia sofrido muito.Iria trilhar por um caminha que era para mim desconhecido: O casamento. Viajamos para vitória , no Espírito santo num automóvel amarelo emprestado por um amigo , casado com uma prima minha. E foi na minha viagem de lua de mel que meus olhos se abriram e eu comecei a enxergar a realidade. Comecei a sofrer calúnias desde a lua de mel.A descoberta do gênio dele foi um asurpresa para mim. Se mostrou muito agressivo e ignorante. Antes de uma semana já estávamos na minha cidade. E não demorou muito para que ele começasse novamente com as suas viagens para os quatro cantos do Brasil. Em Julho descobri que estava grávida da minha primeira filha. Naquele ano terminei o meu curso. Mas eu já estava com seis meses de gravidez, e já sabia o gosto da solidão. O meu marido mal chegava em casa, das viagens que ele fazia pro Norte, Nordeste, sul e Oeste...não ficava nem uma semana e já viajava de novo. A minha vida continuou assim. Da minha casa à casa da minha mãe. Me envolvi fazendo o enxoval do bebê. Como não sabia o que seria comprei um enxoval composto. Foi neste ano que perdi o meu pai. Em Dezembro de 1978 o meu pai se fora. E com ele foi um pedaço de mim. Os seus restos mortais estão enterrados aqui mesmo na cidade. Jamais esquecerei o sofrimento dele no hospital, em teófilo-Otoni. Não esqueceeri jamais o carro da funerária encostando na frente de casa , os homens pegando o esquife para colocá-lo no suporte, onde seu corpo foi velado a noite inteira e enterrado no outro dia.Não preciso falar do sofrimento dos meus irmãos e da minha mãe.O pior é queeu não podia nem me aproximar dele por que as pessoas não deixavam, com medo que eu sentisse fortes emoções e prejudicassem o bebê.Esse conto eu termino por aqui. Foi muito triste receordar esse fato real na minha vida. Abraços a todos. Voltarei no próximo conto real.
Autora:Margareth Rafael
A Primeira foto sou eu e a diretora do ginásio na época, recebendo o certificado.
A Segunda é a minha turma de contabilidade.