Nas margens de Maio
Vim ao mundo em linguagem simbólica
desenhando meus pés nas areias universais.
Nos baloiços da vida
tenho estradas e loucuras
nas veias correm-me histórias
cânticos nos lábios e abismos nos braços.
Amo o longe e a coragem
vou onde quero ir e vim ao mundo
sou criança, amiga, amante e mulher.
Durmo, sonho com imagens dos rios
tenho o limite do insuportável
e a linguagem dos verbos.
Sou a princesa do meu reino
nas margens de Maio a soletrar saudade!