Eu
A ansiedade sempre me acompanhou,
Porque ansiosa sou.
A angústia, continuamente, corroeu.
Hoje, não mais corrói tanto,
Apenas rói.
E roendo me constitui.
Ansiosa, mas me vendo,
Antes, durante e agora.
Sempre.
Pois...
Ansiosa ou não,
Sempr e (me) soube – eu mesma.
Sempre (me) senti e,
E fui capaz de (me) dizer:
Eu!
Núcleo central.
Ponto brilhante!
Cor do arco-íris.
Coisa, para (me) sentir e pensar,
Ansiar e (me) angustiar,
Nunca (me) me especular.
(de Assis Furtado – 10/12/13)