Primeira parte        
 
A minha trajetória em comparação ao que já aconteceu no planeta Terra, é apenas um grão no infinito. A mais sublime missão, e a mais importante, pode ser identificada nas sábias palavras de quem defende a Terra, defende a vida, o Frei Beto:  

"O limite do corpo humano não é a pele, é a Terra. Somos células da gaia, resta fazer implantar-se esta certeza na consciência, lá onde o espírito adquire densidade e expressão."
 
Nasci em 1966, no Portal do Sertão- cidade princesa da Bahia, em Feira de Santana. Minha família composta até os vinte e dois anos ,por minha mãe, minha irmã caçula (cinco anos mais nova que eu)  e o meu irmão ( dois anos mais velho que eu).
Meu irmão,  desde os meus quinze  anos , foi morar em  Salvador , cursar Engenharia civil na U F B A (Universidade Federal do Estado da Baha), só nos visitava uma vez por mês, pois os custos com passagem não permitia que viajasse  mais vezes.

Inicialmente já demonstro duas das dificuldades da família: a financeira e também deixo perceptível  a  ausência paterna . O que esta história tem a ver com a consciência relacionada a Terra? Refiro-me a questão de sermos células, que fazemos parte do mesmo planeta, se somos um, toda ação que desequilibre o ser humano, desequilibra a Terra, e devemos encarar os nossos problemas com o olhar descritivo de que na Terra existem mais pessoas que passam pelas mesmas situações, e assim, perceber o papel desafiador de melhorar a vida de cada ser humano.



 O que aprendi diante do exposto?

 Aprendi que devemos respeitar o direito inerente a vida,  saber repartir entre os pares  ( o pai e a mãe) as responsabilidades para com os filhos, que devemos ensinar aos filhos o verdadeiro amor em família e a prova deste amor deve ser dada  com ações concretas.Ou seja, minha mãe não tinha condição de manter um filho estudando em Salvador, outra cidade, onde os custos com moradia e outras necessidades eram um desafio muito grande, mas este filho tinha um "pai", que apenas o gerou, não assumiu a responsabilidade de PAI. Na época eu era apenas uma adolescente, mas já percebia a alegria de um jovem começando a vida acadêmica, uma família  sem condições , mas principalmente uma mãe que desejava o melhor, mas não sabia como corroborar, frente a toda demanda que carregava sozinha. Assim, eu fazia o que era possível:
* cuidava da casa, mantendo sempre limpa,
*ia à feira com minha mãe,
*lavava a roupa do meu irmão quando ele chegava de viagem, enfim.
A grande razão da minha responsabilidade frente a esta situação estava explícita, eu sabia o que era possível fazer ,pelo menos os afazeres de casa, enquanto minha mãe desdobrava a carga horária no trabalho. 


Assim, cada um deve buscar fazer aquilo que possibilite melhoria quando a situação não é favcorável, pois assim, estará contribuindo com um mundo melhor, com um planeta melhor.
Minha irmã, ainda pequena, estudava, brincava, meus muitos sorrisos proporcionados com suas traquinações de criança.

 
 
                                                 

 
 


 
Leah Ribeiro Pinheiro
Enviado por Leah Ribeiro Pinheiro em 02/01/2013
Reeditado em 07/06/2023
Código do texto: T4063338
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