(Sócrates Di Lima)
Nunca deixei de ser exatamente o que sou,
Por traz de um rosto sem face, há um poeta,
E este poeta não tem medo de mostrar sua face correta,
E se eu penso que nada sou, ledo engano, aqui estou.
As pessoas que se fizeram mais íntimas,
Me revelei no oportuno momento,
E pelas poesiads mais ínfimas,
Me retratei e me pintei a contento.
Nenhuma satisfação tenho a dar a ninguém, em absoluto,
O poeta vive suas fases e eu vivi a minha com muita rima,
Cantei minhas cartas e vivi um amor impoluto,
Mas, enquanto vivo, Não há de passar Sócrates Di Lima.
Não mudei minha técnica,
E nem meus versos de amor e bem querer,
Sou forte e decidido o bastante, sem retórica,
Mentenho-me na poesia com meu mais intenso prazer.
Retrato minha alma em sintonia,
Com a vida, o amor e a poesia,
Faço dos meus momentos tristes, minha alegria,
Sigo meu destino entre a realidade e fantasia.
Quem nunca seguiu seus instintos, que atire a primeira pedra,
Sem hipocrisia, utopismo e surreslismo,
O homem só é homem quando seu caminho engedra,
E sem nada a temer vive seu outro "Eu" no seu próprio realismo.
O outro Eu, não se trata de dupla personalidade,
Cada um vive a sua fase de forma verosimilhante,
Mantem-se a sua única identidade,
E mostra na poesia o seu talento polivalente.
É por isso que sou dono do meu destino,
Dono dos meus passos, razões e emoções,
Sigo em busca do infinito na sequência de menino,
Enchendo de paz, amor e poesia, os româmanticos corações.
Quem sou?
Esta relatado nos meus próprios poemas,
Minha cara a tapa eu dou,
Mas ninguem me dita normas e nem muda os meus temas.
Estou aquém do meu mundo,
Do virtual, muito mais além,
No real, tenho e manterei amor profundo,
Pela poesia e tudo que dela provém.
Sócrates Di Lima, ainda, não passou.