Memórias reminiscentes
Embora, a VIDA seja tão bela que não concebo o tédio.
Hoje é 26 de dezembro e ela não me parece bela.
Tão longa, a vida hoje, me parece.
Há dois anos, nessa data, a minha mãe, Alza Furtado Rocha ia-se (foi-se),
para não mais voltar.
Dia de nela e por Ela,
ter meu segundo encontro com o infinito.
O primeiro encontro foi em vida: encontro das nossas existências.
Infinito como Verdade.
Ela existiu e, é marcada por mim para,
que seja sempre memórias.
O segundo encontro foi na sua delicada e cuidadosa ida,
que mesmo pronta para ir,
esperou passar o Natal.
Para que nele, todos nós que a amávamos,
pela ternura nos encontrássemos.
Em encontro duplamente vivido:
O Advento de Cristo, o Deus de profissão de fé da nossa família e,
o seu próprio Advento - nascer pela segunda vez.
Nesse segundo encontro, o Infinito me veio longo e acumprido.
E sempre se acumpridando mais.
Mais e mais...
O Infinito como Eterno que de tão longo deixa uma áurea de melancolia à VIDA.
Mas, não somente melancolia. Muito mais.
Mais e mais...
Assim seja, para sempre...
(de Assis Furtado, 26/12/11)