Diário das Madrugadas
Não sei definir o que está passando aqui dentro, mas posso garantir que é algo bom, uma força de renovação, uma vontade de lutar e mudar minhas atitudes... Relacionando tudo a minha volta, enfim a minha vida.
Não sinto mais aquela dependência de sentimentos inseguros, vejo com clareza os fatos e posso afirmar com veemência o que desgosto, o que não quero para mim.
Estou passando boa parte do meu tempo lendo, as palavras me refugiaram por um tempo, deram-me abrigo, discernimento e fé na vida.
Creio que é uma fase de reencontro, um embate, entre o meu passado e o presente, e o premio é um futuro melhor que almejo, mais futuro glorioso, repleto de felicidades, sem medo, sem estagnação e sobretudo, se magoas íntimas.
Admito que não sou uma mulher mais interessante da terra, aceito minhas limitações, minhas caretices, afinal elas são parte que compõem o todo de mim, um protótipo único e insubstituível.
Todavia, confesso que sou fraca, demasiadamente humana e volúvel e do mais fui estúpida, quando vi a verdade e a neguei aqui dentro, transformei-a, mas e daí; quem nunca se apaixonou e se iludiu, não conhece o doce e amargo sentimento de insensatez romântica!
Ressalto que sou de natureza romântica, apaixonada pela beleza humana, pela natural beleza da vida, e portanto, tentei expô-la tantas vezes nos meus languidos versos decaídos e torpes.
Minha inutileza cegou-me... mas agora, liberto-me dessas mazelas egoístas, é noite, tarde noite, o sono que não vem, essa nova filosofia redentora tranquiliza-me.
Flormorena 24-04-10