CENTENÁRIO DE NASCIMENTO DE JOSÉ PEREIRA DA COSTA

Francisco de Paula Melo Aguiar (*)

Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o que, com frequência, poderíamos ganhar, por simples medo de arriscar.

William Shakespeare

Tomei a iniciativa de lembrar ao povo de Santa Rita, Estado da Paraíba, de que no dia 21 de setembro de 1912, nasceu o senhor José Pereira da Costa (faleceu no dia 01/10/1977, com 65 anos de idade, encontra-se sepultado no Cemitério Santana – Santa Rita – PB), que viveu durante sua vida exercendo a profissão de “Pescador”, de cujo trabalho criou sua grande prole do casamento com a senhora Cândida Pereira da Costa (nasceu no dia 12 de dezembro de 1920 e faleceu em 17 de março de 2002, encontra-se sepultada no Cemitério Santana – Santa Rita – PB), cujos filhos e filhas são: Reginaldo – O filho do pescador, ex-vereador por várias legislaturas à Câmara Municipal de Santa Rita, atual Deputado Estadual na Casa de Epitácio Pessoa e Prefeito eleito de Santa Rita, que tomará posse em 01 de janeiro de 2013), Edinaldo, Vando, Everaldo, José, Nildinha, Ivoneide, Donza, Nil e Irene. Todos tem o sobrenome; “Pereira da Costa” e são cidadãos e cidadãs de vida e família constituída nos moldes da sociedade brasileira, vivos e honrados.

Por analogia a saga presente do ilustre homenageado, enfoco o pensamento de Charles Chaplin, onde “a vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos”. Nunca se deve ter medo do amanhã, se o presente é construído sobre a rocha.

Assim sendo, em 21 de setembro de 2012, o “Pescador”, como era conhecido José Pereira da Costa, completou justamente cem anos de nascimento, motivo pelo qual, relembro neste momento, das lutas e sacrifícios que o referido cidadão passou em sua vida em Santa Rita para criar sua prole, levando-se em consideração de que naquele tempo não existiam os programas assistencialistas: bolsa escola, bolsa família, vale gás, qualificação de mão de obra, escola para todos, minha casa, minha vida, distribuição de pão e leite, fies, prouni, universidade para todos, etc. A olho nu, verifica-se de que o mesmo faleceu com apenas 65 (sessenta e cinco) anos de idade, tamanha foi sua luta para manter condignamente seus filhos no caminho do saber ser cidadãos de boa índole. Seu diploma de doutor foi sua “tarrafa” e seu ambiente de trabalho foi sempre os rios: Paraíba, Gurinhém, Curimataú, Mamanguague e os açudes da redondeza. Viveu como um simples cidadão, honesto, honrado e fazedor de tarrafas, porém, nunca deu trabalho a polícia, pois, o Forum Judicial da Comarca de Santa Rita que o diga através de seus cartórios processuais, é um exemplo de simplicidade a ser seguido pela comunidade de hoje.

E o tempo passa e leva tudo ao seu tempo, de modo que tem razão a escritora Clarice Lispector, quando afirma que “até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro”. O ser humano é a maior invenção criada por Deus e capaz de modificar a si e o mundo em todos os sentidos.

Atualmente, com 65 (sessenta e cinco) anos de idade é esta idade básica para o INSS/Governo Federal aposentar um cidadão e começar a gozar os privilégios do repouso permanente e remunerado tendo em vista o tempo de trabalho, porém, para o homenageado que completou 100 (cem) anos de nascimento aqui retratado, foi diferente, morreu muito jovem, não teve tempo de esperar pela velhice, de modo que invoco a grande Cecília Meireles, in “Poemas” (1957), para homenageá-lo na pessoa de seus filhos, filhas e descentes e ascendentes, relembrando: Como se Morre de Velhice

Como se morre de velhice

ou de acidente ou de doença,

morro, Senhor, de indiferença.

Da indiferença deste mundo

onde o que se sente e se pensa

não tem eco, na ausência imensa.

Na ausência, areia movediça

onde se escreve igual sentença

para o que é vencido e o que vença.

Salva-me, Senhor, do horizonte

sem estímulo ou recompensa

onde o amor equivale à ofensa.

De boca amarga e de alma triste

sinto a minha própria presença

num céu de loucura suspensa.

Já não se morre de velhice

nem de acidente nem de doença,

mas, Senhor, só de indiferença.

Por analogia ao nascimento do homenageado, foi ano de 1912, justamente em 14 de abril, que aconteceu o naufrágio do Titanic, onde o mito do "navio inafundável" começou a ir por água abaixo, bastou chocar-se com um iceberg, a humanidade sabe que apenas 706 das 2.207 pessoas a bordo na viagem inaugural do navio de luxo sobreviveram. Porém, em Santa Rita o caso da “SAGA DO PESCADOR”, que completou 100 anos em 21/09/2012, foi diferente, todos os seus filhos estão vivos, são e salvos, dentre os quais o futuro político, social, cultural e administrativo da terceira maior cidade do Estado da Paraíba que a partir de 01 de janeiro de 2013 será entregue ao seu filho Reginaldo Pereira da Costa, na condição de Prefeito Constitucional, eleito depois de 44 (quarenta e quarto) anos de lutas, tentativas, decepcionais, traições e vitória no dia 07 de outubro de 2012, inclusive um fato curioso chamou-me atenção, justamente em fazendo a soma da data do nascimento (dia + mês + ano) do senhor José Pereira da Costa, pai do Prefeito eleito Reginaldo Pereira da Costa, tem como resultado final da prova dos noves foras como os antigos professores de nossa cidade e do nosso país ensinavam, antes da modernidade atual, resulta justamente em 25 (vinte e cinco), e cuja soma: 2+5 é igual 7 (sete), e por mera coincidência foi no dia 7 de outubro de 2012, que o “FILHO DO PESCADOR” , (apelido dado pelos adversários políticos em sua primeira campanha para Prefeito de Santa Rita em 1968) elegeu-se Prefeito de Santa Rita e realizou o seu grande sonho: “UM PREFEITO MOÇO PARA RESOLVER OS VELHOS PROBLEMAS DE SUA TERRA” (slogan da primeira campanha em 15/11/1968; Reginaldo Pereira da Costa, nasceu em 28 de outubro de 1940, no Bairro da Santa Cruz, na Rua Rodrigues Alves e completou 28 anos de idade no dia 28 de outubro de 1968, onde o então Prefeito Heraldo da Costa Gadelha e o povo comemorou o aniversário dele com um grande comício à Rua Professor Severo Rodrigues, esquina com a Rua Terêncio Ferreira, no Bairro Popular, do qual fui convidado e fiz um discurso em nome da juventude de Santa Rita), onde o seu pai centenário – JOSÉ PEREIRA DA COSTA, não viu realizar em carne e osso, porém a história e o povo de Santa Rita, assim escreveu em 07 de outubro de 2012 com “A MUDANÇA É AGORA”.

Finalmente, fica aqui o meu registro de parabéns a Família de José Pereira da Costa pela passagem do seu primeiro centenário de nascimento e prova inconteste de que o amor é capaz de construir e concretizar sonhos. Tem razão Fernando Pessoa, quando afirma que “às vezes ouço passar o vento; e só de ouvir o vento passar, vale a pena ter nascido”. Parabéns!

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(*)

BIOGRAFIA DO AUTOR

FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR

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CADEIRA 7 – PATRONO: CARLOS DIAS FERNANDES

REsp-1282265 PB (2011/0225111-0)

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https://ww2.stj.jus.br/websecstj/decisoesmonocraticas/decisao.asp?registro=201102251110&dt_publicacao=7/5/2013

https://ww2.stj.jus.br/websecstj/decisoesmonocraticas/frame.asp?url=/websecstj/cgi/revista/REJ.cgi/MON?seq=28033890&formato=PDF

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FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR
Enviado por FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR em 02/11/2012
Reeditado em 28/10/2014
Código do texto: T3965374
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