EU, TERAPEUTA DE MIM (Fato real)
Um dia... durante incontáveis dias, pensei...
Que iria precisar de terapeutas...
Uma noite de infindas noites,
Meus olhos foram impedidos de ver a luz da lua
e o brilho das estrelas...
Se era noite de inverno?
Não!!! Eram dias e noites de pleno verão.
Nesses dias... vivi uma longa espera.
E ainda mudando a estação,
Eu não sabia enxergar a primavera.
Coloquei óculos escuros para ir trabalhar.
Não queria mostrar meus olhos, diante dos alunos.
Simulei, algumas vezes, estar "doente" por
Faltar à repartição, sem outra justificativa.
As horas eram eternas e tinham "sabor"
Mais amargo que fel...
Nada (material) tinha importância, em casa.
Um dia, retornando de uma cidade da região,
Por alguns momentos, no ônibus, desejei que
O motorista não fizesse retorno algum,
Mas o percurso fosse somente em estrada reta,
Para que eu não mais voltasse...
Ainda que me levasse a lugar nenhum.
Transcorreram-se alguns anos além de duas décadas.
Um dia... resolvi conhecer o trabalho de
Uma profissional...
E por incrível que isso possa parecer.
A psicóloga que me atendeu,
Ocupou a poltrona que era para mim,
Enquanto eu fiquei de pé, contando sobre
Meus incontáveis dias e noites...
Sem luar, sem brilho das estrelas,
Sem tardes de primavera,
Sem sorrisos, sem "vaidades", e pior:
Sem liberdade...
Mas nesse dia, na Capital,
Tive a felicidade de ouvir da profissional:
"Parabéns pra você!" "Fez muito bem em "reagir"!
"Você pode ajudar outras mulheres!" "Continue assim!"
Nos despedimos entre sorrisos e abraços.
E o que era para ter sido uma longa consulta,
Seguida, talvez por meses de psicoterapias,
Foi um momento descontraído.
E eu só louvo e agradeço a Deus
Pela força, coragem, paciência, persistência,
Luz e paz interior que me concedeu.
E por estar bem de saúde, sem qualquer limitação,
E melhor: a essa altura da vida...
Sem fazer uso de nenhuma medicação.
Isis Dumont
Um dia... quando meu "canto" era aplaudido pelas lágrimas.
E minha poesia, estava apenas sendo "gestada".
Um dia... durante incontáveis dias, pensei...
Que iria precisar de terapeutas...
Uma noite de infindas noites,
Meus olhos foram impedidos de ver a luz da lua
e o brilho das estrelas...
Se era noite de inverno?
Não!!! Eram dias e noites de pleno verão.
Nesses dias... vivi uma longa espera.
E ainda mudando a estação,
Eu não sabia enxergar a primavera.
Coloquei óculos escuros para ir trabalhar.
Não queria mostrar meus olhos, diante dos alunos.
Simulei, algumas vezes, estar "doente" por
Faltar à repartição, sem outra justificativa.
As horas eram eternas e tinham "sabor"
Mais amargo que fel...
Nada (material) tinha importância, em casa.
Um dia, retornando de uma cidade da região,
Por alguns momentos, no ônibus, desejei que
O motorista não fizesse retorno algum,
Mas o percurso fosse somente em estrada reta,
Para que eu não mais voltasse...
Ainda que me levasse a lugar nenhum.
Transcorreram-se alguns anos além de duas décadas.
Um dia... resolvi conhecer o trabalho de
Uma profissional...
E por incrível que isso possa parecer.
A psicóloga que me atendeu,
Ocupou a poltrona que era para mim,
Enquanto eu fiquei de pé, contando sobre
Meus incontáveis dias e noites...
Sem luar, sem brilho das estrelas,
Sem tardes de primavera,
Sem sorrisos, sem "vaidades", e pior:
Sem liberdade...
Mas nesse dia, na Capital,
Tive a felicidade de ouvir da profissional:
"Parabéns pra você!" "Fez muito bem em "reagir"!
"Você pode ajudar outras mulheres!" "Continue assim!"
Nos despedimos entre sorrisos e abraços.
E o que era para ter sido uma longa consulta,
Seguida, talvez por meses de psicoterapias,
Foi um momento descontraído.
E eu só louvo e agradeço a Deus
Pela força, coragem, paciência, persistência,
Luz e paz interior que me concedeu.
E por estar bem de saúde, sem qualquer limitação,
E melhor: a essa altura da vida...
Sem fazer uso de nenhuma medicação.
Isis Dumont
Um dia... quando meu "canto" era aplaudido pelas lágrimas.
E minha poesia, estava apenas sendo "gestada".