Adolfo Caminha

BIOGRAFIA

Adolfo Caminha (1867-1897) nasceu em Aracati, em 19 de maio de 1867 e faleceu no Rio de Janeiro em 1º de janeiro de 1897. Filho de Raimundo Ferreira dos Santos Caminha e Maria Firmino Caminha. Ingressou na Escola Naval, tornando-se Guarda Marinho (1885), posteriormente, tornou Segundo-tenente (1888). Integrou a Padaria Espiritual com o pseudônimo de Guanabarino, sendo expulso da agremiação em 1896. Envolveu-se em um caso amoroso conturbado, deixou a farda e mudou-se para o Rio de Janeiro onde viveu como funcionário público e jornalista.

PRODUÇÃO LITERÁRIA

 Contos - Judite e Lágrimas de Um Crente;

 Versos - Vôos incertos (1887);

 No País dos Ianques (1894) narração de viagem resultante de uma excursão aos Estados Unidos como oficial;

 Romances - A normalista (1893) – O Bom Crioulo (1895) Tentação (1896);

 Cartas Literárias (1895).

CRÍTICA SOBRE A PRODUÇÃO LITERÁRIA DE CAMINHA

Araripe Júnior

Observador e dispondo de grande sensibilidade artística para reproduzir os quadros da vida quotidiana, Adolfo Caminha, sem os exageros do realismo obscuro, e com um pouco mais de paixão pela forma, poderá colocar-se entre os mestres pintores de costumes, criando um domínio exclusivo para o seu talento.

Agripino Greco

Eterno inadaptado, insatisfeito em todos s meios, quaisquer que fossem os da imprensa, o da Marinha, o da província, o do Rio de Janeiro, o do estrangeiro, mostrou-se, descontente dos homens, ao menos curioso de todas as ideais, e os romances não apenas contrafecções do naturalismo, de um simples parasita da mesa de Zola.

Otto Maria Carpeaux

Depois da sensação algo escandaloso que os romances de Adolfo Caminha tinha provocado, o romancista foi quase esquecido. Poucos críticos têm-no estudado, e poucos fizeram jus ao seu talento rude, mas superior.

Sabóia Ribeiro

Um dos lados mais positivos de Adolfo Caminha é seu estilo simples, a sua linguagem enxuta, como hoje se diz. Partidário de uma arte acessível ao povo, máxime no campo da poesia e do romance, assim praticou, assim pregou. Seu estilo corrente, sem amaneiramento de qualquer espécie, não era nada comum, mas sim o estilo florido e ramalhudo.

Lúcia Miguel Pereira

Hoje, que Adolfo Caminha já não se segue, para quem o lê, há uma fila de romancistas com os mesmos processos, vemo-lo como uma das primeiras figuras de seu tempo, sofrendo sem desvantagem o confronto com Aluízio de Azevedo, para só falar do chefe do movimento naturalista entre nós.

valene
Enviado por valene em 09/09/2012
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