Biografia de Florbela Espanca
(textos transcritos literalmente de duas fontes:
Wikipedia e Uol Educação)
a) Wikipedia:
“Batizada como Flor Bela Lobo, foi uma poetisa portuguesa. A sua vida, de apenas trinta e seis anos, foi plena, embora tumultuosa, inquieta e cheia de sofrimentos íntimos que a autora soube transformar em poesia da mais alta qualidade, carregada de erotização, feminilidade e panteísmo. “O seu pai herdou a profissão do sapateiro. Ele era casado com Mariana do Carmo Toscano. A sua esposa não pôde dar-lhe filhos. Porém, João Maria resolveu tê-los – Florbela e Apeles, três anos mais novo – com outra mulher, Antónia da Conceição Lobo, de condição humilde. “Ambos os irmãos foram registados como filhos ilegítimos de pai incógnito. Entretanto, João Maria Espanca criou-os na sua casa, e Mariana passou a ser mdrinha de baptismo dos dois. João Maria nunca lhes recusou apoio nem carinho paternal, mas reconheceu Florbela como a sua filha em cartório só dezoito anos depois da morte dela. “Florbela frequentou a escola primária em Vila Viçosa. Naquele tempo, passou a assinar seus textos como Flor d’Alma da Conceição. Em 1907, escreveu seu primeiro conto: “Mamã!” No ano seguinte, faleceu a sua mãe, Antónia, com apenas vinte e nove anos. “Flor ingressou então no Liceu Masculino André de Gouveia em Évora. Foi uma das primeiras mulheres em Portugal a frequentar o curso secundário. Durante os seus estudos no Liceu, Florbela requisitou diversos livros na Biblioteca Pública de Évora, aproveitando então para ler obras de Balzac, Dumas, Camilo Castelo Branco, Guerra Junqueiro, Garrett. “Em 1913 casou-se em Évora com Alberto de Jesus Silva Moutinho, seu colega da escola. Em 1916, a poetisa reuniu uma selecção da sua produção poética, inaugurando assim o projeto “Trocando Olhares”. “A poetisa completou o Curso Complementar de Letras e matriculou-se na faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. Foi uma das catorze mulheres entre trezentos e quarenta e sete alunos inscritos. “Em 1919 publicou “Livro de Mágoas” (sonetos). A tiragem (duzentos exemplares) esgotou-se rapidamente. “Um ano mais tarde, sendo ainda casada, a escritora passou a viver com António José Marques Guimarães, alferes de Artilharia da Guarda Republicana. Em 1920 interrompeu os estudos na faculdade de Direito. E em 1921 pôde finalmente casar-se com António Guimarães. “Em 1923 veio a lume a sua segunda coletânea de sonetos, “Livro de Sóror Saudade”, edição paga pelo pai da poetisa. Para sobreviver, Florbela começou a dar aulas particulares de português. “Em 1925, divorciou-se pela segunda vez. Esta situação abalou-a muito. O seu ex-marido, António Guimarães, abriu mais tarde uma agência, “Recortes”, que coleccionava notas e artigos sobre vários autores. O seu espólio pessoal reúne o mais abundante material que foi publicado sobre Florbela. “Ainda em 1925, a poetisa casou com o médico Mário Pereira Lage, com quem vivia desde 1924. Preparava na época um volume de contos, provavelmente “O Dominó Preto”, publicado postumamente, em 1982. Começou a traduzir romances para as editoras Civilização e Figueirinhas do Porto. “No mesmo ano, Apeles Espanca, o irmão da escritora, faleceu num trágico acidente de avião. A sua morte foi para a autora realmente dolorosa. Em homenagem ao irmão, Florbela escreveu o conjunto de contos de “As Máscaras do Destino”, volume publicado postumamente (1931). A sua doença mental agravou-se bastante. Em 1928 ela tentou o suicídio pela primeira vez. E em 1930 começou a escrever o seu “Diário do Último Ano”, publicado só em 1981. “Após o diagnóstico de um edema pulmonar, a poetisa perdeu a vontade de viver. Ela tentou o suicídio por três vezes, em 1930, na véspera da publicação da sua obra-prima, “Charneca em Flor”. Não resistiu à terceira tentativa. Faleceu em Matosinhos, no dia do seu 36º aniversário, a 8 de Dezembro de 1930. A causa da morte foi a sobredose de barbitúricos. A poetisa teria deixado uma carta confidencial com as suas últimas disposições, entre elas, o pedido de colocar no seu caixão os restos do avião pilotado por Apeles na hora do acidente. Seu corpo jaz, desde 17 de Maio de 1964, no cemitério de Vila Viçosa, sua terra natal.” Artigo transcrito da Wikipedia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Florbela_Espanca |
b) Uol Educação:
“Batizada Flor Bela Lobo, Florbela Espanca foi uma das primeiras feministas de Portugal e escreveu uma poesia carregada de erotismo e feminilidade, que alguns críticos encaram como um dom-juanismo no feminino. O sofrimento, a solidão, o desencanto, aliados a imensa ternura e a um desejo de felicidade são a temática presente em muitas das suas imagens e poemas. “Parte de sua inspiração veio de sua vida tumultuada, inquieta, e sofrimentos íntimos provocados pela rejeição paterna. Seu primeiro poema foi escrito em 1903: "A Vida e a Morte". “Filha de Antonia da Conceição Lobo, empregada de João Maria Espanca, que não a reconheceu em vida como filha. João admitiu a paternidade apenas 19 anos após a morte da poeta, quando foi inaugurado um busto dela, em Évora. E isso depois da insistência de fãs da obra de Florbela. “Com a morte de Antonia, de uma doença desconhecida, em 1908, João e sua mulher Mariana Espanca criaram a menina e seu irmão, Apeles Espanca, nascido em 1897 e registrado da mesma maneira. “Casou-se no dia de seu aniversário, em 1913, com Alberto Moutinho. Concluiu um curso de Letras em 1917 e foi a primeira mulher a cursar Direito na Universidade de Lisboa. Na capital portuguesa conheceu outros poetas e participou de um grupo de mulheres escritoras. Colaborou em jornais e revistas, como o "Portugal Feminino". Em 1919, no terceiro ano de Direito, lançou o “Livro de Mágoas”. Nessa época, Florbela começou a apresentar sintomas de desequilíbrio mental e sofreu um aborto involuntário. “Em 1921, divorciou-se de Alberto Moutinho, de quem vivia separada havia alguns anos, para casar-se com o oficial de artilharia António Guimarães. Nesse mesmo ano, seu pai se divorciou para esposar Henriqueta Almeida. “Em 1923, ela publicou o "Livro de Sóror Saudade". Florbela sofreu novo aborto, e seu marido pediu o divórcio. Em 1925, a poeta casou-se com o médico Mário Laje, em Matosinhos. A morte do irmão Apeles, num acidente de avião, lhe inspirou o poema "As Máscaras do Destino". “Tentou se matar duas vezes, em outubro e novembro de 1930, às vésperas da publicação de sua obra-prima. Após o diagnóstico de um edema pulmonar, suicidou-se no dia do seu aniversário. "Charneca em Flor" foi publicada em janeiro de 1931. Outras obras póstumas foram: "Cartas de Florbela Espanca", por Guido Battelli (1930), "Juvenília" (1930), "As Marcas do Destino" (1931, contos), "Cartas de Florbela Espanca", por Azinhal Botelho e José Emídio Amaro (1949), "Diário do Último Ano Seguido De Um Poema Sem Título", com prefácio de Natália Correia (1981), e "Dominó Preto ou Dominó Negro" (1982, contos).” Artigo transcrito do Uol: http://educacao.uol.com.br/biografias/florbela-espanca.jhtm |