Autorretrato (EC)
Por diversas vezes já tive oportunidade de analisar minha ‘vida pregressa e a atual’. Já tive oportunidade de dialogar por diversas vezes com minha queridíssima esposa opinando que se, no juízo final for exibido um filme de nossa passagem no ‘plano material’, muitos desencontros, desavenças, suposições errôneas, procedimentos considerados falhos, etc. seriam devidamente esclarecidos e possivelmente alguns devidamente ‘remissados’. Porém, como nem tudo são flores, obviamente que alguns outros procedimentos que foram ‘encampados’ como corretos, na análise efetuada não soariam tão perdoáveis como à primeira vista poderiam parecer.
Grosso modo isto significa dizer que, procedimentos que para o próprio executor soam como de conduta totalmente ilibada, ‘friamente’ analisados poderiam não ser considerados como tal...
Como exemplo ‘simplório’ poderíamos dizer: Matar passarinhos a estilingadas em tempos remotos soava como procedimento divertido e inocente para muitos, o que, convenhamos, analisada à luz da razão, não é um procedimento tão ilibado assim...
Vejo-me num auto-retrato como sendo um ser humano com defeitos e virtudes, que agradam a alguns e desagradam a outros. Sempre enfatizo que até o momento em minha vida, fui mediano!
Nunca fui o melhor em nada do que participei...
Na escola, nunca fui o melhor aluno...
Nos esportes, nunca fui o melhor atleta...
Nos flertes nunca fui o mais cobiçado e me vejo, nesta esfera normal do procedimento jovem (e até de alguns não tão jovens assim...) confesso, sem qualquer resquício de vergonha pois consegui ser muito feliz, incluso como abaixo da linha do razoável para os padrões machistas haja vista ter ‘engatado’ um relacionamento sério uma única vez, que me levou ao matrimônio e relacionamento afetivo que já ‘beira os quarenta anos’. E faria tudo outra vez!
Reconheço que sou um tanto quanto sistemático em minhas ações e creio que, devido a este ‘posicionamento’, tive e continuo tendo, alguns desencontros no campo dos relacionamentos de uma forma geral. Alguns definem minha postura como distêmica, sou também tachado como dissimulado e ‘sonso’, como bipolar (aquele, de duas caras...), como esquisito, como dono do mundo, como irascível, como imprevisível...
Porém, como para tudo nesta vida há sempre o contraponto, há muitos (felizmente...rs,rs) que me vêem como extremamente educado, colaborador, inteligente(?????), pacato(??????), muito família, responsável, respeitador e até, ‘Maria vai com as outras’...rs,rs
‘Nos finalmente’, como nem Aquele que aqui esteve para pregar o AMOR, A UNIÃO, O RESPEITO AO PRÓXIMO, A SOLIDARIEDADE, A COMPREENSÃO, A HUMILDADE... conseguiu agradar a todos, sem qualquer humildade, sintetizando meu autorretrato, me enxergo como UM CARA LEGAL, AMIGO DOS AMIGOS e com virtudes e defeitos como qualquer ser humano comedido!
Este texto faz parte do Exercício Criativo - Auto-retrato
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