CONTO REAL- A PULSEIRA LILÁS
Voltando às minhas lembranças estou aqui para descrever-lhes outra estória. De acordo com o conto real anterior vocês já tiveram uma visão da fazenda onde eu nasci. Minhas lembranças daquela época distante não são muitas. As que eu for recordando vou postando aqui. Então?
Como já falei sobre a beleza e o encantamento da casa grande, do jardim, da natureza , enfim, de tudo que circundava a fazenda , relatarei um breve acontecimento que muito me impressionou. Meus pais tiveram até naquele momento da minha vida cinco filhos, dos quais sou a quarta e o quinto seria o meu irmão que veio a falecer já há vinte e oito anos, mas aí já é assunto para outro conto real.Mas na época acho que ele ainda era um recém –nascido , pois não me lembro muito dele.O que eu desejo compartilhar com vocês é o seguinte. Prestem atenção, pois na minha vida aconteceram fatos irrelevantes que é difícil acontecer com todas as pessoas aqui nesse plano em que vivemos. Parece que já nasci com uma missão a cumprir. Deixa eu contar agora. Numa bela manhã de Domingo, o sol nasceu com seus lindos, dourados e cálidos raios que desde cedo já iam aquecendo toda a natureza existente ali. Logo o calor ia aumentando gradativamente. Eta região quente! Acho que todos os lugares que serpenteiam rios atraem mais o calor. Então minhas irmãs e eu resolvemos tomar um banho no rio. Quer dizer, falo eu ,por que elas me levavam, isso eu já falei , elas três eram mais velhas que eu, logo eu pegava carona com elas nas idas e vindas dos passeios que faziam, acho que até mesmo para não dar trabalho pra minha mãe. Ìamos alegremente em direção ao rio,como já disse, o caminho até lá cheio de raízes,plantas, árvores, troncos alargados no meio do caminha, uma brisa que soprava nas aproximações de sua margem, íamos também tocando uma plantinha, quase que rasteira, falando assim: -fecha Maria que o boi evém...fecha Maria que o boi evém...quanta energia tínhamos em nossos dedinhos, pois não é que a plantinha fechava mesmo e ficava como adormecida? Rapidamente chegamos ao nosso destino e já mergulhávamos de roupa e tudo. Era uma nostalgia. Aquela água límpida e gostosa, que hoje em dia já não se vêem nos rios e no nosso meio ambiente. Era tudo saudável ,sem poluição, lixos, restos de esgoto. Era o nosso universo, a nossa alegria de criança. Mas só que eu ainda não falei que havia ganhado, não recordo mais quem me deu, acho que deve ter sido minha mãe, uma pulseirinha ,lilás, de plástico, um material parecido com silicone,no formato de uma cobrinha, aparecia até os dois olhinhos brilhantes.Eu era apaixonada com a pulseirinha , mas volto a dizer , acontecem coisas na minha vida que não sei explicar. Quase tudo que eu tive foi tomado de mim, de um modo ou de outro coisas que eram minhas foram arrancadas às vezes sem eu dar por conta. Breve estarei descrevendo outras estórias da minha vida que envolvem toda minha família, irmãos , amigos etc.Lembro que estava parada dentro da água ,justamente observando a pulseira, quando senti que a minha irmã, de nome síglia, a qual falarei depois sobre ela, avançou sobre a minha pequenina mão, tentando tirar a pulseira do meu braço.Não sei até hoje se sua intenção era pegar pra ela ou consumir com a mesma. Mas o que aconteceu foi que eu era mais fraquinha, não consegui me desvencilhar dela , e com uma força maior do que a minha, ela conseguiu arrancá-la da minha mão, e pasmem, sem pestanejar , soltou a pulseira nas águas caudalosas do rio. Lembro que tentei avançar no meio das águas para reavê-la mas a correnteza ia puxando cada vez mais ...mais...e foi-se embora a minha pulseirinha lilás em formato de cobrinha. Sei que a dor no meu coração foi demais. Senti uma tristeza muito grande. Já estava começando a conhecer a dor da perda desde cedo. Sei que nunca mais vi outra pulseira como aquela. Não tenho recordações da volta pra fazenda. Aqui termino este relato. Breve retornarei . beijos a todos vocês. Obrigada por lerem mais este conto real da minha estória.
Voltando às minhas lembranças estou aqui para descrever-lhes outra estória. De acordo com o conto real anterior vocês já tiveram uma visão da fazenda onde eu nasci. Minhas lembranças daquela época distante não são muitas. As que eu for recordando vou postando aqui. Então?
Como já falei sobre a beleza e o encantamento da casa grande, do jardim, da natureza , enfim, de tudo que circundava a fazenda , relatarei um breve acontecimento que muito me impressionou. Meus pais tiveram até naquele momento da minha vida cinco filhos, dos quais sou a quarta e o quinto seria o meu irmão que veio a falecer já há vinte e oito anos, mas aí já é assunto para outro conto real.Mas na época acho que ele ainda era um recém –nascido , pois não me lembro muito dele.O que eu desejo compartilhar com vocês é o seguinte. Prestem atenção, pois na minha vida aconteceram fatos irrelevantes que é difícil acontecer com todas as pessoas aqui nesse plano em que vivemos. Parece que já nasci com uma missão a cumprir. Deixa eu contar agora. Numa bela manhã de Domingo, o sol nasceu com seus lindos, dourados e cálidos raios que desde cedo já iam aquecendo toda a natureza existente ali. Logo o calor ia aumentando gradativamente. Eta região quente! Acho que todos os lugares que serpenteiam rios atraem mais o calor. Então minhas irmãs e eu resolvemos tomar um banho no rio. Quer dizer, falo eu ,por que elas me levavam, isso eu já falei , elas três eram mais velhas que eu, logo eu pegava carona com elas nas idas e vindas dos passeios que faziam, acho que até mesmo para não dar trabalho pra minha mãe. Ìamos alegremente em direção ao rio,como já disse, o caminho até lá cheio de raízes,plantas, árvores, troncos alargados no meio do caminha, uma brisa que soprava nas aproximações de sua margem, íamos também tocando uma plantinha, quase que rasteira, falando assim: -fecha Maria que o boi evém...fecha Maria que o boi evém...quanta energia tínhamos em nossos dedinhos, pois não é que a plantinha fechava mesmo e ficava como adormecida? Rapidamente chegamos ao nosso destino e já mergulhávamos de roupa e tudo. Era uma nostalgia. Aquela água límpida e gostosa, que hoje em dia já não se vêem nos rios e no nosso meio ambiente. Era tudo saudável ,sem poluição, lixos, restos de esgoto. Era o nosso universo, a nossa alegria de criança. Mas só que eu ainda não falei que havia ganhado, não recordo mais quem me deu, acho que deve ter sido minha mãe, uma pulseirinha ,lilás, de plástico, um material parecido com silicone,no formato de uma cobrinha, aparecia até os dois olhinhos brilhantes.Eu era apaixonada com a pulseirinha , mas volto a dizer , acontecem coisas na minha vida que não sei explicar. Quase tudo que eu tive foi tomado de mim, de um modo ou de outro coisas que eram minhas foram arrancadas às vezes sem eu dar por conta. Breve estarei descrevendo outras estórias da minha vida que envolvem toda minha família, irmãos , amigos etc.Lembro que estava parada dentro da água ,justamente observando a pulseira, quando senti que a minha irmã, de nome síglia, a qual falarei depois sobre ela, avançou sobre a minha pequenina mão, tentando tirar a pulseira do meu braço.Não sei até hoje se sua intenção era pegar pra ela ou consumir com a mesma. Mas o que aconteceu foi que eu era mais fraquinha, não consegui me desvencilhar dela , e com uma força maior do que a minha, ela conseguiu arrancá-la da minha mão, e pasmem, sem pestanejar , soltou a pulseira nas águas caudalosas do rio. Lembro que tentei avançar no meio das águas para reavê-la mas a correnteza ia puxando cada vez mais ...mais...e foi-se embora a minha pulseirinha lilás em formato de cobrinha. Sei que a dor no meu coração foi demais. Senti uma tristeza muito grande. Já estava começando a conhecer a dor da perda desde cedo. Sei que nunca mais vi outra pulseira como aquela. Não tenho recordações da volta pra fazenda. Aqui termino este relato. Breve retornarei . beijos a todos vocês. Obrigada por lerem mais este conto real da minha estória.