TRAIPU. NÃO HÁ TERRA COMO TU.

Nas minhas andanças pelas terras de Alagoas, a cidade de Traipu foi onde mais demorei. Ali cheguei no ano de 1980 e só saí em 1991, decorridos um pouco mais de 10 anos. Uma das minhas filhas, que ali chegou com pouco mais de um ano de idade, diz considerar-se traipuense, pois foi ali onde viveu sua infância. Nascida em Penedo, a minha porta de entrada em Alagoas, acompanhou-me por outras cidades alagoanas até que, por necessidade de melhor formação escolar, passou a morar em Maceió, em companhia de sua irmã. Algum tempo depois, em decorrência das minhas promoções funcionais, passei também a morar em Maceió, onde já conto com a família mais crescida. Elas produziram frutos, cuja safra rendeu-me três netos.

Como é natural, quem mora na capital sempre quer visitar o interior, principalmente cidades onde já passou, no decorrer da trajetória profissional. Traipu, a quarta cidade ribeirinha do São Francisco onde já morei, tem sido a preferida. Eu mesmo a intitulei de a “Princesinha do São Francisco”, em razão de suas belezas naturais e de seu povo hospitaleiro, que sempre nos acolhe com muito carinho e com o maior calor humano.

Ultimamente, quando ali chegamos, atravessamos o rio, num pequeno barco, e vamos até a famosa “Casa Branca”, no sopé da serra da Tabanga, de onde ficamos contemplando Traipu, ao tempo em que saboreamos uma gostosa peixada. Sim, a Casa Branca não é uma sede de governo, mas um bom restaurante, com atendimento familiar. Somos servidos gentilmente pelo casal proprietário. Ao atravessarmos de volta para a cidade, sentimo-nos no dever de visitar os inúmeros amigos que ali conquistamos durante uma década, após o que as nossas baterias humanamente caloríficas se reabastecem. Então, com o astral nas nuvens, dizemos enfaticamente: TRAIPU, NÃO HÁ TERRA COMO TU.

Irineu Gomes
Enviado por Irineu Gomes em 08/06/2012
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