Luís Alves de Lima e Silva
Vou começar contando um pouco a história desse homem.
Ele foi militar. Lutara em guerras e revoluções que o império participasse afim de debelar os seus efeitos. Aliado conservador de D. Pedro II, Duque de Caxias se considerou um militar requisitado quando tratasse de questões que o país sofresse insubordinação de governos ditatoriais e subversões de líderes em seu próprio território. E essa requisitação e privilégio, portanto, era totalmente para as questões de defesa, que o país precisasse tomar. Mas não se fixasse na sua natureza política, até mesmo por que Caxias desde pequeno começara suas vocações para o lado militar, evitando assim entrar nos assuntos outros que dizia respeito a condução administrativa e politicária do Brasil.
Pois então, quando o imperador queria ouvir um militar para rever os pontos que a ação das forças do império tomasse, teria que consultar Caxias e os seus conselhos eram únicos e unitáros para o imperador.
Ele, o duque, quando lutava não tinha o costume de molestar as suas vítimas como era comum para os generais visando conter a insubordinação e o levante. Ele simplesmente avisava o individúo da derrota e dispunha para ele de duas escolhas: se entregar e aceitar os termos de uma anistia vigorosa, propiciando tanto sua regeneração nos ideais de revolução, como o aproveitamento do inimigo nas fileiras de seu exército para outras batalhas. Não queria perder pessoal e até o inimigo era útil, quando esse se entregasse às ordens de Caxias, queira sim ou queira não.
Caxias lutava pela manutenção do império, pelo qual respeitava muito. Mas se na época dele o Brasil fosse uma república, ele lutava mesmo assim pela manutenção da república, por que ele era aquele militar que visava a bandeira do Brasil, e, como já disse, ele não entrava nunca em questões políticas. Só uma vez, mas perdeu. Foi quando pediu ao imperador que anistiasse os padres durante a Questão Religiosa. Com muita insistência dele é que o imperador aceitou anistiá-los.
Caxias terminara a carreira esquecido numa fazenda, que ele mesmo escolhera para se recolher na velhice. O imperador D. II o decepcionara e, ele a haver perdido também sua mulher perdera todos os rumos de vitória e sabor com que dispunha na época que lutava como um guerreiro nas batalhas travadas para a manutenção da ordem e do direito do sistema político vigênte, contrabalaçado esse último pelas revoluções que o Brasil sofria.