Homenagem ao "Rei do Rádio" - Nelson Gonçalves
Texto feito com a Wikipedia e informações pessoais.
Dedicado a Gajocosta que o inspirou com sua imperdivel " Poesia Boêmia."
Todos o chamavam de “Metralha” porque era gago. Condição que favorecia a economia familiar, quando cantava em parques e feiras, ao som do violino do pai, que se fantasiava de cego.
Assim descobriu a vocação e iniciou a carreira, Nelson Gonçalves, terceiro colocado na história da discografia nacional e internacional do Brasil, atrás apenas da dupla Tonico e Tinoco e de Roberto Carlos.
Passou por duras provas e penas, como a de ter sido reprovado em todos – todos - os programas de calouros de que participou, em São Paulo e Rio de Janeiro. Ficou tão conhecido pelo ridículo de querer cantar, que Ari Barroso, autor de “Aquarela do Brasil” e diretor de um desses programas, chamou Nelson de lado e com ele teve uma séria conversa, insistindo para que ele desistisse.
Aceitava os empregos que apareciam: mecânico, garçom, tamanqueiro, para sustentar mulher e filhos.
Mas desistiu foi dos programas de calouros. Em vez disso, lançou o que hoje seria um CDzinho com duas musicas, e conseguiu um relativo sucesso. Era a década de 40 e o hotel Copacabana Palace convidou-o para ser cantor em sua boate.
Trabalhava assim todas as noites quando um diretor da rádio Mayrink Veiga, que lançava os grandes nomes da musica nacional, ouviu e gostou da voz de Nelson, bem como de seu repertório, pois era sua característica estar sempre “antenado” com os melhores compositores e conjuntos, característica que manteve até falecer em 18 de abril de 1998, no auge da fama.
De 1958 a 1965 foi viciado em cocaína, o que lhe valeu prisão em flagrante e um mês na Casa de Detenção, além de abalo na vida pessoal e destruição da vida profissional, a qual retoma com estrondoso sucesso cantando “A Volta do Boêmio”, que assim começa:
“Boemia
Aqui me tens de regresso...”