Renascimento!
Corpos mutilados dentro de sí, quantos já morreram com esse mesmo doce sorriso no rosto?
Quase como um retorno em camêra lenta, o ponto de partida parece mais proximo no retrocesso, sem tempo, perdendo a vontade.
Talvez enquanto o resto do mundo grite seus medos, avassalo-me em dores no silêncio, por trás de todas as marcas um coração ainda bate porque ainda tem sentido.
Nem tantas estradas assim, muitos buracos, muitos suicidios mentais , na covardia de não ter coragem. As pontas da laje, os carros em movimento, seria um favor , mas não agora.
A vontade de viver torna os rastros e as lembranças fontes de vida inesgotavél, não me cabe pensar no que há adiante e nem motivos, na minha história o enredo é composto de ressucitação.
Voltei dos mortos para a vida, tirada violentamente do escuro, por não ser capaz de compreender o tamanho da força que tem.
Onde estou agora?
Qual é a parte da vida?
Enquanto as águas escorrem, tranco meus medos, não da mesma forma que acorrentamos a alma.
Renasci, cresci conceitos mortos e secos, perdi o frio companheiro de outrora.
Aonde as flores renascem agora?
As vezes parece que repelir a solidão não é caminho e ultimamente tenho abraçado-a, a solidão dorme no espaço da cama que ainda é teu. Eu queria que estivesse lá, tudo ao redor ainda é teu, e eu ainda sinto.
Espero o tempo voar, escrever linhas intermináveis da mesma canção enquanto os corpos respirarem amor fora do mundo, se é história não precisa ser fim. Não agora.
Há tanto a crescer, e eu mal aprendi a andar.