Dona da noite
Feito uma prostituta doce,
que só é fiel à si,
anda pelas luzes acesas;
feito um demónio solto,
entre quatro paredes;
inferno que não se aparta do fogo;
mistura de puta,
com capeta nos quadris;
geme, pra saciar a alma;
divide, o que nem mesmo ela tem do outro.
Sorri leve, com brilho molhado nos lábios;
aperta o travesseiro e agarra,
nua e suada;
a pele marcada de mão,
pela cintura tatuada,
do pescoço as coxas;
de praia, de sol bronzeada,
tão bem esculpida feito a lua;
seus lábios e mãos
são pérolas relachantes;
Ascurvas do teu corpo,
pros amantes,
estão feito a prata para o ouro.
Mas,mais pervertida
do que Vênus e Afrodite juntas,
não ama os homens,
nem tão pouco amantes;
ama momentos,
e as noites são valiosos diamantes.
Bem desenhada,
atrás dos seus negros decotes,
marca camisas e copos com batón.
Coquitel amargo, sorrioso doce,
sabatini importado,
cama e lama, misturados com sal.
Amante profissional;
pela manhã vai pela vida,.
Dama, menina;
e faz a noite quente renascer;
com seus cabelos enroladas
e o cheiro da fumaça do cigarro bandida
olhar felino,
imã de vira lata.
mistura cores com a voz,
faz desse inverno o céu
madrugadas perfeita em noite sequelasas,
janta pelada em quarte de motel.
Dança, "eu tranco aporta,
de Ana Carolina;
quando e quase dia,
quase apegada,mas vadia,
quando tudo acaba,
feitos os seus , é apenas só.