Biografia e Obras
Nascido em Caranaíba-MG, em 22/11/46, ainda pequeno foi com a família residir em Conselheiro Lafaiete, que também se situa no estado mineiro. Casado com Maria das Graças e pai de três filhos, Aline, Marcelli e João Carlos. Profissional da Indústria ferroviária, residiu e trabalhou em períodos anteriores, nas cidades de Belo Horizonte-MG e Três Rios-RJ.
Com os trabalhos: “Os Sapatos” e “As Aparências Enganam”, participou de duas antologias: “Grandes Escritores da Casa do Novo Autor” e “Talentos da Maioridade”, ambos em regime de cooperativismo. Atualmente tem um romance que se chama “Garra Italiana”, que pode ser acessado gratuitamente na página:
www.uol.com.br/cultvox/novos-autores.htm
Relação dos Livros
- Amor e Ódio: Aventura romanesca de ficção, vivida na Cruzeiro do pós-guerra de 1946 e pós-Estado Novo de Getulio, tendo como enfoque principal o holocausto judeu.
- Os Três Inocentes: Aventuras contemporâneas bem humoradas, no estilo “inglês Pickwickiano”, também vivida nesta adorável cidade.
- Quatro Dias de Cão em Cruzeiro: a guerra do narcotráfico com a polícia local (ficção).
– Contos: a religião católica escrita com criatividade. Um destes contos, se encontra hoje na França, participando de um concurso
- Estórias: a minha proposta de que ainda se pode fazer humor, sem apelar para a pornografia explícita.
– Garra Italiana: História que enaltece a valentia e a força da fé de um povo sofredor e trabalhador, vivida no inicio do século.
– Crônicas: fatos, pessoas, monumentos etc., que de alguma forma merecem atenção ou homenagens.
– Poemas: poesias com temas variados.
– A Busca do Santo Graal: Aventura arturiana, vivida em pleno século vinte, na cidade de Cruzeiro Com auxilio de um túnel do tempo..
– Os sapatos: Peça teatral sobre drogas.
– História do Frigorífico Cruzeiro: Grande indústria do passado que ajudou muito na formação da cidade de Cruzeiro, e que com o tempo, eu senti que sua memória estava apagando.
– Você Sabia: em fase de elaboração.
– Grandes Vultos Cruzeirenses: em fase de elaboração.
– Maria, a Inigualável.
site em construção: www.retalhosdomeuser.com
http://www.saladepoetas.eti.br/poetas/assis/assis.index.htm
joaobdeassis@superig.com.br
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Minhas Escritas
Minha escura ribalta...
João de Assis
Meu olhar sem esperança se dissolve
ao longo da estrada, que sinuosa,
serpenteia pela encosta verde
das terras do Minho...
Estrada esta que teve serventia dupla:
para nos unir, quando um dia resolvi te procurar...
e para nos separar,
quando tomastes a decisão de partir...
triste decisão!
Você partiu numa tarde cinza, sem sol e de
nuvens pesadas, que prenunciavam
duas tempestades:
a climática, que viria para fecundar as
terras de nossa aldeia,
e a nociva, aquela que só serviria para fenecer
aos poucos, meu coração!
Portugal
João de Assis
Ai quem me dera pudesse um dia conhecer-te...
Terra de meus ancestrais; raiz do nosso pau brasil...
Berço de imortais escritores e poetas ilustres...
Terra, onde o fado encanta e brilha em noites mil...
De Camões herdou a poesia épica e histórica...
De Pessoa, o canto afinado da lira romantica...
Nos deu Caminha de presente - escritor de ética...
Anchieta, veio de quebra, e fez o Poema à Virgem...
Terra do fino vinho, verde e tinto, Madeiras e Açores...
Tem em Coimbra, sinonimo de um passado de cultura...
Por ela e com ela brindou o mundo, formando estadistas...
És tu Portugal, terra linda, gloriosa e dos meus amores...
À Beira do Tejo...
João de Assis
Hoje rasgo meu peito... não temo mais recordar...
Reflito nas imagens que retenho nas pupilas...
E te vejo, meu bem, a passear por entre aqueles campos
verdejantes que margeiam o Tejo...
O terno Tejo que com suas águas, um dia
também lavou nossa nudez...
Nosso descompromisso com a sociedade...
Nossa loucura...
Nossa paixão...
Amamos com intensa sofreguidão,
e ambos, com completa falta de juízo...
Talvez, meu bem, tudo entre nós dava certo,
porque não tínhamos que prestar contas à razão...
Hoje quando passo pelo meu doce Tejo,
relembro com saudades aquele tempo,
que sem juizo, amamos loucamente...
Ainda te vejo mergulhando nua naquelas
águas que hoje se completa, e em muito,
com as lágrimas que sentado em sua orla,
derramo...
Ah! meu bem... o que eu não daria
para, novamente, perder a razão...
Cruzeiro
24/09/2004
Da beira Tejo...
Maria Petrronilho
Nas águas cristalinas
brilhavam ao longe as velas!
passavam lentas
e eu corria,
como se fugir quisera
mas o teu beijo esperava
em recompensa!
Ofegante,
agarravas-me a cintura
e docemente
roçavas a meiga barba
na minha nuca
provocavas
arrepios, desejos, delírios
para que fossem
ainda mais intensos
os nossos beijos
e eu a rir esquiva-me
dos teus braços
e corria pela escarpa
depois parava
colhendo ervas
fingiindo
que me escondia,
que me perdera
e o terno idílio
recomeçava!
Agora passeio no cais
que não é mais
de tábuas soltas;
as águas foscas
são turmalinas desertas
donde o olhar alcança
a barra por onde foste
num dia triste
trago no peito
o lenço branco
com que acenei
adeus, adeus, meu bem!
as lágrimas às águas
do Tejo juntei
para que fossem contigo
aonde eu nunca irei!
Lisboa (Almada),
14/7/2005