Um sonho no Cemitério

No dia 15/08/2011, mais ou menos umas quatro horas da manhã, me vi em um cemitério, tinha consciência que ao meu lado havia um irmão invisível que amostrava a sua cova, dizendo-me que estavam tirando ou pegando os ossos dele.

Era um homem de mais ou menos uns 45 a 50 anos, forte, claro, de bigode cheio e cabelos castanhos cortado baixo, este senhor vinha com uma sacola na mão. A cova estava aberta, pois tinham revirado a terra e dava para ver o caixão.

O irmão espiritual saia e eu o acompanhava, ele passava para o outro lado do cemitério, era pura escuridão, ele passava e quando dei um passo para ver onde ele ia, apareceu um fio luminoso que atravessava a área no sentido horizontal de um lado a outro impedindo-me de passar. Parecia uma espécie de raio laser, tinha uma cor luminosa limpada azulada.

Acordei lembrando-me do sonho, com uma impressão que os caixões intactos eles aproveitam novamente para uma empresa qualquer.

Repreendi-me, com tal ideia, e questionei comigo mesmo o que eles fazem com os ossos, porque o cara estava com sacola na mão, quem era o irmão que estava invisível, como eu sabia que ele estava ali? Enfim uma serie de questionamentos.

Não tinha a mínima ideia de quem fosse aquele, sabia apenas que era alguém que havia falecido, a algum tempo, mas porque estava mostrando e se queixando a mim se eu não o conhecia antes de falecer.

Questionei também sobre o local onde o irmão atravessava para o outro lado e sumia na escuridão, porque eu não podia passar o que haveria depois daquela escuridão?

Seria ali uma passagem para o mundo espiritual? O amigo tinha consciência de que não estava vivo e foi para onde deveria está?

Passaram mais ou menos uns três dias, vi este amigo novamente que me mostrava uma casa que ficava no alto, para chegar até a mesma tinha que subi umas escadas, por um momento pensei que era a minha casa, a casa onde morava com meus pais, depois descobri que o bairro era diferente, e que não tinha nada haver, pensei em falar com meu irmão para saber se conhecia ou conheceu alguém com aquelas característica, mas de repente esfriei.

No outro dia após o sonho meu ex-marido havia chegado de viagem e não sei qual a razão fixei o olhar para ele e contei o primeiro sonho, e depois o segundo, descrevendo tudo direitinho, ele se estremeceu e me disse: ”esqueça, esqueça, conheci já se foi, e morava nos Pernambués, etc. pediu-me para deixar para lá.

Tudo bem, depois que falei com ele a paz voltou, na verdade não tinha nada haver comigo.

Passou e novamente alguns dias depois eu me vi em uma casa, e parecia nossa casinha que fica em Caboto, perto de Candeias, estava na área dos fundos em pé, e de repente alem das montanhas que fica depois do mangue que não deixa de ser uma paisagem linda, pois ali passa um rio no meio do mar, não sei que alguém pode achar um mangue lindo, mas o do meu quintal como chamo é, porque ali pelo menos quando estamos presente os guaiamus, caranguejos, e outros bichinhos estão livre de ameaças de irem para a panela.

Ali, em pé, vi alem do horizonte, inexplicavelmente um céu azul claro, manchetado de um rosa lindo, não sei bem se era uma horta, mas muitas plantações rasteiras, um verde lindo, mas a área era tão bem dividida tão bem cuidada que parecia o paraíso, não sei explicar. Era madrugada, seria o amanhecer, tanta calma, tanta paz, muita harmonia, contemplando aquela maravilha me surpreendi com este pensamento: “algum dia tenho que viajar, então, não voltarei mais”. Acordei com os olhos marejados de lagrimas.

Escrevi esta seqüência de sonhos, acreditando que parecem responderem aos meus questionamentos, no final das contas deve haver realmente algo alem do horizonte, como fala André Luiz, o irmão deve ter passado para outra dimensão, e, eu não pude passar porque ainda era encarnada e tenho ainda algumas missões a cumprir.

Fiz uma pequena pesquisa querendo entender o significado da morte e percebi que a maioria das religiões e seitas acredita que ela é inevitável.

Segundo o budismo devemos treinar a mente enquanto se está vivo, para que possa enfrentar uma morte mais tranquila e serena e ter um renascimento mais afortunado, eles acreditam que tudo que se fizer nesta vida refletirá nas vidas futuras.

O Candomblé acredita na continuidade da vida por meio da continuidade vital. No entanto para os católicos e protestantes a morte é uma passagem, não existe morte, mas vivos ressuscitados. O Senhor nos toca e nos reerguemos para a vida eterna. Não aceitam a reencarnação, para eles a alma e o corpo são as mesmas coisas.

Para o espiritismo a morte não existe. O espírito usa o corpo físico como instrumento para se aprimorar. O corpo é uma veste e a reencarnação serve para o espírito se evoluir. O corpo morre e o espírito se desliga e fica no mundo espiritual estudando e se aprimorando para uma nova reencarnação.

Cemitério

São centros acumuladores de energias, sofrimentos, angustias e revoltas.

Nos cemitérios ficam sempre os espíritos que estão muito ligados ao corpo, sofrendo pela própria decomposição.

Ai muitas vezes está espírito que se não são bons também não são maus, geralmente acompanhantes de enterro. Também pode se encontrar espíritos das trevas esperando recém desencarnados que não merecem proteção, às vezes se aproveitando dos que ficam vagando.

Também se encontram ai equipes espirituais de auxilio sempre vigilantes para ajudar os que são mais receptivos.

Consegui hoje escrever estas coisas que de alguma forma não sei por que me pareceu necessária, espero que não me perguntem o por que, pois não saberei responder.

A minha proposta está sendo contar a quem quiser ler os meus sonhos, porque acredito que eles me dizem algumas coisas e algumas consigo interpretar e outras não tenho resposta, como este sonho acima.